Banca de QUALIFICAÇÃO: NATALYA CRISTINA DE LIMA SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NATALYA CRISTINA DE LIMA SOUZA
DATA : 04/06/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Sala virtual https:// meet.google.com/pbd-xxem-zzv
TÍTULO:

Experiências e potencialidades nos espaços de transição de Cursos de Arquitetura e Urbanismo brasileiros

PALAVRAS-CHAVES:

aprendizagem em ambiente universitário; espaços de transição; graduação em Arquitetura e Urbanismo

PÁGINAS: 178
RESUMO:

No contexto de uma perspectiva pedagógica contemporânea sobre aprendizagem em ambiente universitário, a literatura aponta que a distribuição de espaços de transição em Instituições de Ensino Superior (IESs) pode oferecer suporte às atividades estudantis, ajudando a estimular a aprendizagem informal que acontece além das salas de aula. Em Arquitetura e Urbanismo, tradicionalmente o termo “espaços de transição” é empregado no sentido da relação imediata rua-edifício, porém mais recentemente tem passado a abranger também partes da área interna das edificações, embora ainda não seja consensual uma categorização desses espaços, nem uma matriz estrutural que analise suas características socioespaciais. Tal lacuna se mostra especialmente evidente em instituições que mantém cursos com cargas horárias prática e teórica equivalentes, como os Cursos de Graduação em Arquitetura e Urbanismo (CG-AU). Para subsidiar a formulação do problema foram estabelecidas 03 questões genéricas que assumiram o papel de perguntas de partida voltadas para semelhança e diferenças nestes espaços em função das IESs. Como resposta provisória a tese em desenvolvimento defende que: embora os usuários e elementos físicos sejam diferentes e substituíveis em cada IES, as relações de comportamento socioespaciais nos espaços de transição dos CG-AU permanecem basicamente as mesmas (hipótese de trabalho). Assim, tem-se como objetivo geral identificar e descrever as características ambientais dos espaços de transição de CG-AU de IESs brasileiras, a fim de investigar seus potenciais educador e criativo. Derivados desta formulação, os objetivos específicos fomentaram o desenvolvimento dos capítulos que apresentam os resultados da pesquisa. Para alcançá-los, a investigação utilizou estratégias multimétodos e de etnografia espacial, a partir de um estudo de casos múltiplos que combinou painel de especialistas, entrevista semiestruturada, levantamento documental e de campo (com gravação de percurso e observação naturalística). Participaram 37 docentes e 28 discentes de CG-AU brasileiros, agrupados de acordo com o tempo de experiência profissional e de vinculação institucional, respectivamente. A análise dos dados evidenciou grande variedade de percepções e experiências tendo exigido uma análise sistêmica para discussão dos fenômenos, abrangendo técnicas ligadas ao texto (discursiva), a elaboração de montagens e de matrizes em escalas. Destaca-se a identificação de metáforas, tanto para compreender os relatos preliminares dos participantes, quanto para classificar os casos estudados em cinco tipologias. Ao todo, foram visitados 21 CG-AU em IEs nacionais, dos quais dez foram selecionados para análise aprofundada, considerando proposição de matriz que estuda o sistema de espaços de transição a partir de macro- e microescala de análise. Os resultados alcançados até o momento demonstram que a produção de montagens aproxima dados narrativos e imagéticos sob uma mesma temática, bem como a confecção de mapas, plantas e perspectivas, possibilitam uma visão panorâmica e associativas dos contextos e conceitos trabalhados. Espera-se que a análise final contribua para identificação de elementos potenciais dos espaços de transição que possam apoiar a aprendizagem em CG-AU.

MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1149643 - GLEICE VIRGINIA MEDEIROS DE AZAMBUJA ELALI
Interno - 2508732 - HEITOR DE ANDRADE SILVA
Externa à Instituição - CRISTIANE ROSE DUARTE - UFRJ
Externo à Instituição - WILSON RIBEIRO DOS SANTOS JUNIOR - PUC-CAMPINAS