IMPACTO DAS PRIMEIRAS DECISÕES PROJETUAIS NA OBTENÇÃO DE EDIFÍCIO DE ENERGIA POSITIVA EM CLIMA QUENTE
edifício de energia zero; sistemas fotovoltaicos; eficiência energética; viabilidade econômica; primeiras fases de projeto
Esta pesquisa em finalização demonstra o impacto das primeiras decisões projetuais na obtenção de edifício de
energia positiva (EEP) para uso de escritório em clima quente e úmido de baixa latitude, considerando o custo e
o balanço energético entre alternativas de eficiência energética de envoltória e de aproveitamento da envoltória
para autoprodução de energia fotovoltaica. A pesquisa parte da complexidade em assegurar o saldo positivo de
energia desde as primeiras decisões projetuais e suas implicações, devido à falta de prescrições quantitativas
específicas. Apenas os métodos avaliativos de desempenho disponíveis podem quantificar o desempenho,
porém são incompatíveis porque requerem a caracterização de parâmetros ainda desconhecidos no início do
processo projetual e não são capazes de lidar com as muitas possibilidades de projeto. A tese propõe uma
abordagem baseada na geração de um espaço de projeto pré-definido com os parâmetros mais impactantes, e
de recursos gráficos para a identificação de campos de solução projetuais. O espaço de projeto foi gerado
utilizando-se simulações de desempenho térmico por meio do metamodelo da INI-C, simulações paramétricas
de desempenho de sistemas fotovoltaicos no SAM, e cálculos auxiliares em planilha eletrônica. A avaliação do
balanço energético se detém nas combinações mais recorrentes e exequíveis de características de envoltória e
sistemas fotovoltaicos, que são posteriormente comparados quanto ao desempenho econômico. Este
documento de pré-defesa apresenta o método e os resultados quanto à abordagem de balanço energético e a
viabilidade energética, demonstrando que a abordagem é adequada. Constatou-se que a interdependência dos
parâmetros projetuais de um EPP implica na obrigação de reconhecer as limitações impostas pelas
condicionantes projetuais antes de tomar as primeiras decisões de projeto, sobretudo aquelas limitações que
impactam no número de pavimentos mínimos, como índices para viabilização do empreendimento, no potencial
de produção de energia, como a exposição à radiação solar, e na eficiência energética da edificação, dentre
outros. As primeiras decisões arquitetônicas podem inviabilizar o atendimento da meta de balanço energético já
nas primeiras etapas de projeto, e sua importância e complexidade variam de acordo com os condicionantes
projetuais, o que pode gerar mais ou menos requisitos de projeto para as decisões seguintes.