O fixo e seus fluxos potenciais: economias de movimento enlacando a ocupacao esparsa de uma rede de localidades litoraneas entre Joao Pessoa--PB e Natal--RN
ocupação esparsa. pequenas localidades litorâneas. configuração espacial. economias de movimento. Sintaxe do Espaço.
O estudo investiga a relação entre disposição esparsa da ocupação edilícia e movimento natural (que decorre da configuração viária) tendo como caso estudado o recorte espacial em uma área abrangendo João Pessoa-PB, Natal-RN e outros 23 município, englobando 160 localidades de variados tamanhos. A ampliação do recorte de observação para além das bordas das cidades é primordial para explorar pequenas localidades quanto a suas possibilidades de expansão e surgimento de novos assentamentos em áreas ainda pouco edificadas. Além disso, contribui para a avaliação dos efeitos de atração e afugentamento de atividades humanas numa rede de localidades, considerando as possibilidades de movimentação e permanência em uma área mais ampla. A pesquisa também aborda como a configuração viária favorece ou restringe possibilidades de rotas, incluindo aquelas que transcendem as localidades e o recorte regional, levando em conta a confluência de fluxos internacionais com fluxos locais de pessoas, bens e mercadorias, em processo de tessitura desde o período colonial até o turismo contemporâneo. O intuito de aferir as relações entre as variações de movimento geradas pela configuração viária e os padrões de disposição das localidades no espaço levou a uma concepção ampliada de cidades enquanto economias de movimento, no qual são reconhecidos padrões de distribuição de localidades associados ao potencial de movimento da malha viária e avaliadas confluências entre destinos e caminhos interligando as localidades. A Análise da Sintaxe do Espaço (HILLIER; HANSON, 1984) foi aplicada à malha viária do recorte para construir um modelo de análise da configuração viária. A representação abrangeu142.731 trechos viários, utilizando a Análise Angular de Segmentos Normalizada para avaliar a facilidade de acesso e a propensão a rotas. Os resultados revelam associações entre os padrões de movimento e a distribuição edilícia, destacando a diferenciação entre alcances máximos das rotas. Os achados confirmam que a noção de cidades como economias de movimento é pertinente em contextos de ocupação esparsa, contribuindo para elucidar relações entre aspectos globais e locais da configuração espacial.