EFEITOS DA VENTOSATERAPIA NO CONTROLE DA DOR, NA FUNÇÃO E NA QUALIDADE DE VIDA DE INDIVÍDUOS COM OSTEOARTRITE DE JOELHO – ENSAIO CLÍNICO PLACEBO-CONTROLADO ALEATORIZADO E CEGO
Osteoartrite de joelho, dor crônica, Medicina Tradicional Chinesa, Ventosa.
Introdução: A osteoartrite é uma das desordens crônico-degenerativas mais comuns em toda a população mundial, acometendo especialmente as mulheres. Entre as articulações que suportam o peso corporal, o joelho é a região mais acometida pela osteoartrite, com prevalência de 40% na população em geral. Tal condição desencadeia dor, rigidez articular e disfunções físicas, que acarreta em considerável impacto na qualidade de vida dos indivíduos. Como abordagem terapêutica não-farmacológica para o tratamento da osteoartrite de joelho (OAJ), a ventosaterapia tem sido largamente empregada para o controle da sintomatologia dolorosa. No entanto, ainda há uma carência de evidencias cientificas em relação aos seus efeitos nessa condição. A baixa qualidade metodológica entre os ensaios clínicos publicados com OAJ inviabilizam o seu uso na prática, especialmente pela falta de um grupo de ventosa simulada. Objetivo: Avaliar os efeitos da ventosaterapia no controle da dor, na função e na qualidade de vida de indivíduos com OAJ. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico placebo-controlado aleatorizado e cego. Serão recrutados 54 mulheres com diagnóstico de OAJ, baseado nos critérios clínicos do American College of Rheumatology e, aleatoriamente, alocadas em dois grupos (27 por grupo): ventosa (aplicação de ventosaterapia real) e ventosa-sham (aplicação de ventosaterapia simulada). A intervenção será realizada durante 10 minutos, 1 vez por semana, ao longo de 6 semanas consecutivas, totalizando 6 sessões. Ambos os grupos serão avaliados em três momentos: antes e imediatamente após o termino da intervenção e 4 semanas após o fim da intervenção (follow-up). Os desfechos analisados serão: intensidade da dor (escala numérica de dor), função física (questionário WOMAC; testes subir/descer escadas, caminhada rápida em 40 m e sentar/levantar da cadeira em 30 s), qualidade de vida (questionário SF-6), percepção global de recuperação e consumo de medicamentos. Para devida análise estatística dos resultados, a normalidade dos dados será avaliada e testes paramétricos ou não-paramétricos serão utilizados. Por fim, a comparação entre as médias das variáveis dependentes (desfechos) entre os dois grupos será realizada. Resultados Esperados: Espera-se que este estudo possa contribuir com melhor embasamento científico para a tomada de decisão clínica sobre o uso da ventosaterapia na OAJ. Além disso, espera-se que o protocolo descrito no presente projeto possa ser utilizado em novas pesquisas afim de analisar a eficácia do recurso.