Esta pesquisa centra sua investigação no atletismo, especificamente a corrida de rua como conteúdo escolar à luz do ensino desenvolvimental. Destarte, a questão problema desta pesquisa consiste em como desenvolver uma ação pedagógica abordando a corrida de rua a partir da perspectiva do ensino desenvolvimental que se articule com a comunidade escolar? O estudo tem como objetivo geral desenvolver uma ação pedagógica abordando a corrida de rua a partir da perspectiva do ensino desenvolvimental que se articule com a comunidade escolar, e objetivos específicos analisar as particularidades desta ação pedagógica junto aos alunos do ensino médio participantes do estudo; descrever a proposta didática realizada, apresentar os procedimentos de construção do evento de corrida da escola, elencar os limites e possibilidades para o desenvolvimento da ação pedagógica à luz do ensino desenvolvimental e, a partir daí, elaborar um produto educacional que proponha orientações para a construção coletiva de um evento de corrida de rua da escola. A metodologia do presente estudo caracteriza-se por ser de abordagem quanti-qualitativa, descritiva e o método de pesquisa classifica-se como um experimento didático-formativo. Participaram da pesquisa, 38 discentes matriculados na disciplina eletiva de atletismo, ofertada em uma escola estadual para alunos de 1º e 2º ano do ensino médio com idades entre 15 e 18 anos. O experimento didático foi realizado em 11 encontros de duas aulas cada. Os dados obtidos demonstram que os discentes compreenderam e operaram mentalmente com alguns dos conceitos científicos que constituem a corrida de rua e dentre as principais categorias de conceitos apreendidos destacam-se primeiramente o conceito de corrida, características e tipologias, em seguida os aspectos biopsicossociais envoltos na modalidade, posteriormente os conhecimentos teóricos acerca de como iniciar na prática da corrida e, por fim, como organizar um evento de corrida de rua. Foi confeccionado um produto educacional na forma de cartilha contendo orientações didático-metodológicas para a construção coletiva de um evento de corrida de rua tendo como atores e autores a comunidade escolar. Concluiu-se que a abordagem didático-pedagógica adotada possibilitou indícios de formulação do pensamento teórico dos discentes participantes da disciplina eletiva de atletismo.

A Educação Física como componente curricular da educação básica passou e passa por um processo de transformação e ressignificação da sua real finalidade no contexto educacional. Durante muito tempo a disciplina teve por finalidade o adestramento de corpos como objeto para os interesses de uma sociedade capitalista, com isso encontramos uma realidade ainda atual em que o esporte é utilizado como treinamento com movimentos mecânicos e pré-estabelecidos. Nosso objetivo geral foi descrever a implementação da proposta didático-pedagógica da modalidade peteca, nas aulas de Educação Física, com alunos dos anos finais do ensino fundamental. Nossos objetivos específicos foram: Elaborar uma sequência pedagógica de peteca; descrever uma experiência com a implementação da modalidade de peteca nos anos finais do Ensino Fundamental; criar um e-book com uma proposta didático-pedagógica sobre o ensino da peteca e avaliar a participação dos alunos após o conteúdo peteca, nas aulas de Educação Física. A pesquisa classifica-se de natureza qualitativa, caracterizando-se como pesquisa-ação e foi realizada durante as aulas de Educação Física com alunos do 9º ano da E.E.F. Tarcila Cruz Alencar, na cidade de Juazeiro do Norte/CE. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram a observação participante através do diário de campo, a aplicação de questionários, a e os recursos imagéticos de vídeos e fotos. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e cadastrada na Plataforma Brasil, com o parecer de número 5.997.955, em 12 de abril de 2023. A mesma está de acordo com a Resolução de pesquisa com seres humanos CNS 466/12, considerando o respeito pela dignidade humana e proteção aos participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos. Os resultados foram analisados e descritos através dos registros e observações da professora-pesquisadora, por meio do diário de campo e dos questionários realizados com os discentes, bem como dos vídeos e fotos. A intervenção pedagógica atingiu seu objetivo em possibilitar novas possibilidades no trato do esporte no contexto escolar a partir da apresentação de uma proposta didático-pedagógica de ensino da modalidade de peteca que venha a auxiliar os professores de Educação Física escolar. Romper com os paradigmas do esporte de rendimento como proposta de ensino na educação básica é um desafio possível quando nos propomos a compreender e refletir sobre o sentido do esporte para fins educacionais. Ainda de acordo com os resultados obtidos o trato do esporte a partir de uma concepção crítico-emancipatória de ensino possibilitou maior participação dos alunos gerando inclusão e respeito às diferenças, estimulou a coeducação, autonomia e criatividade. O presente estudo vem contribuir com pesquisas relacionadas a práticas pedagógicas sobre o conteúdo de esporte na perspectiva critico-emancipatória como algo necessário e possível.

Nas últimas décadas professores de Educação Física tem buscado melhorar sua prática pedagógica no trato com os conteúdos da área. Apropriar-se, na prática, de pressupostos teóricos e metodológicos no processo de ensino e aprendizagem desses conteúdos contribuirá cada vez mais na valorização e legitimação da Educação Física na escola. A teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel (1963) que busca promover um processo de ensino e aprendizagem com sentidos e significados para os estudantes, superando uma aprendizagem mecânica dos conteúdos, tem ganhado espaço em pesquisas, estudos e aplicação prática em sistemas de educação. A presente pesquisa teve por objetivo analisar o ensino da ginástica em uma turma do 8º ano do ensino fundamental anos finais com base na perspectiva da aprendizagem significativa. A metodologia de caráter qualitativo, utilizou-se de processos das metodologias participativas, no caso específico deste trabalho, a pesquisa-intervenção. Participaram do estudo trinta estudantes do 8º ano do ensino fundamental dos anos finais de uma escola pública municipal do interior do Ceará. As intervenções aconteceram em 07 encontros com duas aulas geminadas. As aulas são de 50 minutos cada. Sendo assim a proposta foi desenvolvida em 14 aulas. Os instrumentos para coleta dos dados envolveram: questionários pré e pós-intervenção, diário de campo do professor e portfólios dos estudantes. Os dados coletados foram transcritos, revistos, organizados e classificados a partir da análise de categorias de codificação propostas por Bogdan e Binken (1994). Os principais resultados indicaram que ao privilegiar um modelo de ensino no qual o estudante esteja no centro do processo e o professor desempenhe o importante papel de mediador, favoreceu a aprendizagem significativa do conteúdo ginástica. Observou-se que proporcionar espaços de aula onde os estudantes externalizem seus conhecimentos, percepções e reflexões e que também possam dialogar entre eles e com o professor, contribuiu para esse ambiente de aprendizagem com significados. Identificou-se que ao tratarmos o conteúdo ginástica baseado em princípios da teoria em questão, possibilitou um melhor desenvolvimento do conteúdo nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal. Conclui-se que uma proposta de aulas no trato do conteúdo ginástica, baseada em princípios da aprendizagem significativa, contribuiu de forma relevante para reflexões e possibilidades no trato desse conteúdo. 

O presente trabalho abordou como tema o futebol, tendo como objetivo geral – desenvolver e avaliar uma proposta de aula (unidade didática) com o conteúdo futebol, a partir da concepção crítico-emancipatória, nas aulas de Educação Física do ensino médio. E teve como objetivos específicos: 1- desenvolver o conteúdo futebol em uma unidade didática, a partir da concepção crítico-emancipatória, nas aulas de Educação Física do ensino médio; 2- avaliar o conteúdo futebol em uma unidade didática, a partir da concepção crítico-emancipatória, nas aulas de Educação Física do ensino médio; 3- apontar os limites e as possibilidades de uma unidade didática sobre o futebol, a partir da concepção crítico-emancipatória, nas aulas de Educação Física do ensino médio. Para tanto, foi realizada uma pesquisa participante, utilizando-se como opção metodológica o método qualitativo descritivo. Fizeram parte desta pesquisa, os estudantes do 1º ano do ensino médio, da Escola Estadual Maria do Rosário Bezerra, situada no município de Boa Saúde/RN - Brasil, no período matutino, sendo esta turma composta por 35 estudantes regularmente matriculados. Já os instrumentos para a coleta de dados, foram: o diário de campo e questionário. Dessa forma, os dados foram apresentados com base na análise e interpretação dos dados, bem como, discutidos com o referencial teórico consultado, para dialogar com as informações obtidas, para que assim, se pudesse apontar os limites e as possibilidades da proposta com a unidade didática, assim como os caminhos para que mais estudos surjam e, contribuam para novos trabalhos sobre o tema. Com isso, por meio da análise dos resultados (questionários avaliativos – diagnóstico e final –, e intervenção pedagógica), foi constatado na unidade didática sobre o futebol, a partir da Concepção Crítico-Emancipatória, uma evolução significativa no aprendizado discente, quer seja do ponto de vista quantitativo, quer seja do ponto de vista qualitativo, conferindo a estes, sentidos e significados.

A Ginástica para Todos (GPT) mediada através do ensino desenvolvimental pode contribuir com o desenvolvimento do pensamento teórico de adolescentes no Ensino Médio. Este trabalho tem a seguinte questão: Como ministrar uma unidade didática de GPT para uma turma do Ensino Médio à luz dos fundamentos da didática Desenvolvimental? O objetivo geral: analisar a organização de uma unidade didática de GPT à luz do Ensino Desenvolvimental para estudantes de uma turma do ensino médio. Os objetivos específicos: investigar o desenvolvimento de um experimento didático-formativo a partir da teoria do Ensino Desenvolvimental no conteúdo de GPT; explicar a elaboração do plano de unidade e dos planos de aula; categorizar os principais momentos das aulas através das anotações do diário de campo; demonstrar se os alunos assimilaram o conceito científico do conteúdo de GPT; compreender quais as percepções dos alunos em relação ao experimento didático-formativo. Foi desenvolvido um experimento didático-formativo a partir da teoria do ensino desenvolvimental no conteúdo de GPT em uma turma do 1º ano do Ensino Médio com 37 participantes de ambos os sexos na cidade de Juazeiro do Norte-CE. Ministrou-se oito aulas, distribuídas em quatro encontros de duas horas. Os resultados estabelecem que os planos de ensino e de aula estão baseados no ensino desenvolvimental, a  análise do diário de campo evidenciou um crescente entendimento com indícios de entendimentos nos momentos de reflexão, análise e internalização dos conceitos, os conceitos expressados pelos alunos demonstram haver indícios de formulações do pensamento teórico e as percepções sobre o experimento foram positivas relacionando-se com a comunicação íntima pessoal dos adolescentes. Aponta-se a necessidade de novas pesquisas nessa temática com um tempo maior e com outros conteúdos, além de pesquisar novos entendimentos sobre os aspectos nucleares das manifestações da cultura corporal.

A presença do esporte na Educação Física escolar resume-se basicamente às quatro modalidades em detrimento das demais, limitando o acesso dos educandos a conteúdos esportivos, como os esportes com raquetes. Assim, visualizamos no Tênis, a vivência de uma nova experiência esportiva. O objetivo desta pesquisa foi criar possibilidades para o ensino do tênis, adaptando espaço, regras, reciclando e/ou reaproveitando materiais, utilizando métodos modernos de ensino que contribuam para a aprendizagem das habilidades e lógica interna deste esporte, possibilitando o protagonismo e a autonomia do aluno, visto que, este conteúdo faz parte do nosso componente curricular, mas que seu ensino e aprendizagem se mantem “esquecido” no ambiente escolar, sob algumas conhecidas alegações como, desde a falta de materiais e espaços adequados, e a não vivência dos seus profissionais com este, além da predominância das tradicionais modalidades como conteúdos absolutos do esporte escolar. O presente estudo tem caráter descritivo, tipo relato de experiência. Este se deu ao longo das aulas de Educação Física que ocorreram na Escola Municipal de Ensino Fundamental Anaíza Luiz Calixto, localizada no município de Patos (PB) - interior do sertão paraibano. Já o conteúdo selecionado para o presente estudo, foi o tênis em virtude da necessidade de possibilitar o ensino-aprendizagem desta modalidade não tradicional no desporto escolar por meio de uma visão didático/pedagógica e métodos contemporâneos de ensino. No final do desenvolvimento da pesquisa, concluímos que: 1- É possível o ensino deste conteúdo mesmo diante de contextos escolares carentes de espaço e de materiais; 2- Mesmo sendo um esporte não tradicional na Educação Física escolar, mostrou-se ser um conteúdo de grande aceitação pelos alunos; 3- Por suas características de ser um esporte ativo, individual ou em duplas, possibilitou o protagonismo e a autonomia do aluno na sua prática. Por fim, percebemos que o tênis é um conteúdo possível de ser ensinado mesmo diante dos empecilhos presentes no ambiente escolar e que possui características motivadoras no seu ensino-aprendizagem, na sua vivência.

As meninas sofrem com uma série de preconceitos que são arraigados socialmente, os quais adentram os muros do ambiente escolar e as afastam da prática. A extrema competitividade com que o esporte é trabalhado na escola, perpetuando a seletividade e a ideia de que os melhores devem se sobressair e ter mais participação, como também as divisões por gênero acabam minando aquelas e aqueles que por ventura se sintam incapazes ou com habilidades restritas para a prática de atividades físicas. Ao analisar as questões de gênero e protagonismo feminino na prática do futebol na escola e ao desenvolver uma unidade didática através do fútbol Callejero, pretende-se equilibrar a participação de ambos os gêneros nas aulas de Educação Física, como também exercitar autonomia e emancipação. Entendendo que a sala de aula pode ser o objeto de pesquisa, com indivíduos atuantes e protagonistas do estudo, a pesquisa participante é o instrumento ideal para avaliar a prática e modificar uma determinada realidade. A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Miguel Mollick Italiano, situada do distrito de Piau, zona rural do município de Tibau do Sul, Rio Grande do Norte. A amostra da pesquisa se deu com alunos e alunas matriculados nos 9ºs ano do ensino fundamental II, com 18 alunos no total. Com base na análise de conteúdo foi feita a discussão dos dados coletados nas entrevistas, por meio da análise temática, fundamentada em Minayo (2014). Para a coleta de dados foram utilizados diários de campo e gravações das aulas. Para análise dos dados, além da análise de conteúdo dos diários de campo, também foi feita a observação através de filmagens e gravações. Observou-se através dos diários de campo, que ao longo da pesquisa os estudantes faziam diversas menções aos pilares base do fútbol Callejero: solidariedade, cooperação e respeito, como também houveram citações ao equilíbrio da participação feminina nas aulas. Ações de autonomia e protagonismo juvenil também aparecem no desenvolvimento da pesquisa. Conclui-se que os relatos conseguiram responder aos objetivos específicos desta pesquisa, indicando também a necessidade de mais estudos nesta área.

Atividades relacionadas às Ginásticas de Conscientização Corporal são pouco discutidas e exploradas nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental, embora possam favorecer o autoconhecimento e propiciar reflexões críticas acerca do atual modelo econômico-social. Diante disso, o objetivo desta pesquisa é apresentar e analisar uma experiência pedagógica centrada nas Ginásticas de Conscientização Corporal a partir do que é apresentado no Documento Curricular Referencial do Ceará para turmas de nono ano, apontando e refletindo acera de fragilidades e potencialidades observadas no processo. A pesquisa, de natureza aplicada com abordagem qualitativa, é pautada em um conjunto de onze relatos de experiência descritivo-exploratório com duas turmas de nono ano em uma escola pública de Fortaleza, no Ceará. Dos 71 alunos matriculados nas duas turmas, 32 concordaram em terem suas percepções, entendimentos, produções e sugestões compartilhadas nesta pesquisa. Um diário de campo da professora-pesquisadora, registros fotográficos, formulários de aperfeiçoamento semanais mais um conjunto de questionários respondidos pelos(as) alunos(as) foram utilizados como instrumentos de coleta de dados. Estes foram analisados de acordo com a proposta de Minayo para categorização de temática com pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados, inferência e interpretação das informações. Dentre várias fragilidades observadas na experiência, destacam-se as seguintes: a falta de um local silencioso, privativo com temperatura amena, materiais próprios de algumas ginásticas, livro didático para o aluno como suporte de discussões em sala e em atividades para casa; a sobrecarga tensional da professora diante da ausência de gestores para uma regular dinâmica escolar; ausência de formação continuada sobre o tema oferecida pela escola; tempo insuficiente para planejamento pedagógico; a insegurança da professora-pesquisadora diante da pouca experiência com algumas das ginásticas; o barulho advindo da agitação dos(as) alunos(as), o desinteresse, o bullying, dificuldades de concentração, nervosismo, preocupações extremas acerca do julgamento dos colegas e de questões familiares. O período menstrual das alunas mostrou ser um pertinente obstáculo, seja por dor ou por receio de gerar situação desconcertante. E, por fim, a existência de ambiente familiar e/ou comunitário ruidoso e não acolhedor junto a algumas atividades propostas para casa. Algumas potencialidades encontradas foram: o interesse demonstrado ao realizarem atividades diferenciadas pouco ou nunca realizadas antes relacionando-se com assuntos do cotidiano; a proposição de diferentes modos de avaliação de conhecimentos; o desenvolvimento da percepção de evoluções corporais e entendimentos acerca de como relacionar-se melhor uns com os outros; a utilização de recursos audiovisuais e textuais disponíveis gratuitamente na internet; a relação professora-aluno que facilitou o compartilhamento de modos de pensar, preferências, dificuldades, experiências e saberes; -e o acolhimento familiar junto às práticas corporais fora da escola, que fez com que estimulassem o autoconhecimento e propiciassem momentos afetivos. Ao final deste trabalho, entendo como importante o engajamento e aprofundamento de outros professores na discussão da temática, a fim de que melhores experiências escolares possam ser desenvolvidas.

A temática da aventura sempre se encontra presente em diversos espaços na
sociedade. Ultimamente, é na escola e com o nome de Práticas Corporais de
Aventura que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) garante a presença desta
unidade temática como conteúdo obrigatório nas aulas de Educação Física no
Ensino Fundamental II. Com isso, o presente estudo teve como objetivo geral
implementar uma unidade temática de PCA nas aulas de EF nas séries finais do
ensino fundamental. A pesquisa é de natureza qualitativa do tipo pesquisa
intervenção, com um público formado pelos estudantes de uma Escola Municipal de
Tempo Integral, localizada na cidade de Fortaleza/CE. A proposta de intervenção
pedagógica se deu em uma turma do 8° ano do Ensino Fundamental II, composta
por 35 alunos regularmente matriculados, e que concordaram com a participação
mediante a assinatura dos termos de autorização de imagens, do Termo de
Assentimento Livre e Esclarecido – TALE, por parte dos estudantes, e do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, por parte dos responsáveis. A unidade
didática envolvendo as PCAs foi desenvolvida durante as aulas de Educação Física
do segundo bimestre de 2023. Como instrumentos de pesquisa utilizou-se
questionário, diário de campo e registro de fotos e vídeos na descrição e análise da
intervenção. Através do desenvolvimento do estudo foi possível constatar a adesão
dos estudantes as aulas de Educação Física da escola, bem como identificar as
possibilidades de inserção das PCAs ao longo do processo de implementação e
avaliação da unidade didática.

O ensino dos esportes tradicionais hegemônicos nas aulas de Educação Física e a limitada diversificação dos seus conteúdos são importantes problemáticas na área. O ensino tradicional centrado nos esportes coletivos tradicionais pautado nos princípios do rendimento e da concorrência tem gerado a exclusão dos fracos em detrimento dos mais habilidosos. A reduzida diversificação dos conteúdos é apontada na literatura como motivo de evasão. Nesse sentido, o badminton apresenta-se como uma possibilidade de diversificação, sendo um esporte não tradicional, inclusivo e divertido. Assim, desenvolvemos o ensino do badminton na concepção Crítico-emancipatória, experimentando possibilidades educativas. Diante disso, a questão de estudo foi: como ensinar badminton nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental Anos Finais na perspectiva da Concepção Crítico-emancipatória? O objetivo geral: construir, aplicar e avaliar uma proposta de ensino do badminton nas aulas de Educação Física do Ensino Fundamental Anos Finais pautada na Concepção Crítico-emancipatória. Objetivos específicos: descrever as transcendências de limite desenvolvidas uma unidade didática de badminton; discutir possibilidades de desenvolvimento da competência educacional criativa; refletir as relações de gênero dos estudantes nas aulas de badminton na Educação Física Escolar e analisar percepções e sentimentos dos estudantes nas vivências nas aulas de badminton. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo pesquisa-ação de natureza descritiva-exploratória. O cenário foi a Escola Municipal Professor Zuza, Natal/RN, envolvendo as turmas de 8º ano A, B e C. Para isso, construímos uma unidade de ensino de badminton com 15 aulas de 60 minutos realizadas entre maio a agosto de 2023. As aulas foram realizadas em sala de aula, sala de vídeo e pátio interno. O planejamento pedagógico constituiu-se: reunião de socialização do projeto, avaliação diagnóstica e planejamento das aulas. Os instrumentos foram: questionários, diário de campo do estudante, registros imagéticos e observação participante. A pesquisa foi aprovada pelo CEP/UFRN, sob parecer de número 5.918.088 em 03 de maio de 2023. As respostas aos questionários diagnósticos revelaram que a maioria dos educandos desconhecem o badminton e que poucos já sabiam jogar. As anotações em diários de campo do estudante indicaram que, apesar da baixa devolutiva dos cadernos, foram obtidas reflexões escritas significativas sobre as aulas. Na observação participante foram verificados tensionamentos entre os corpos diante das relações de gênero, que foram minimizados por meio das problematizações e discussões. As respostas aos questionários da vivências apontaram que o badminton promoveu a participação efetiva de todos os indivíduos em aulas coeducativas. Ademais, as vivências geraram nos estudantes oportunidades: diversão, inclusão, interação social, criatividade, comunicação e coeducação. Com isso, consideramos que a unidade didática desenvolvida foi significativa na formação dos estudantes a partir do ensino do badminton, resultando em uma prática pedagógica exitosa, capaz de desenvolver nos estudantes novas aprendizagem, competências e capacidades educativas.

Atualmente temos as Práticas Corporais de Aventura (PCA) como uma das unidades temáticas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018). Diante desse panorama foi proposto para o currículo da rede municipal de ensino do Natal (RN) novos arranjos na distribuição das unidades temáticas ao longo do ensino fundamental, incluindo as PCA também para as turmas de 4º e 5º anos dos anos iniciais. Partindo deste cenário, apresentamos como objetivo da nossa pesquisa, identificar e analisar quais os limites e as potencialidades das Práticas Corporais de Aventura nos anos iniciais do ensino fundamental a partir do desenvolvimento de uma proposta pedagógica sistematizada e contextualizada para as turmas dos 4º e 5º anos. A pesquisa teve uma abordagem qualitativa do tipo pesquisa-ação, com uma população formada pelos alunos da Escola Municipal João Paulo II (Natal/RN) e para a amostra contamos com duas turmas, uma de 4º ano com 32 alunos e outra de 5º ano, com 32 alunos cada, do turno matutino. A coleta de dados aconteceu durante as aulas de Educação Física do terceiro e quarto bimestre de 2019. Como instrumentos de pesquisa utilizamos o diário de campo, para acompanhamento das aulas, bem como registros de fotos e vídeos utilizados na descrição e análise da intervenção, além das produções didáticas construídas para e durante as aulas, foram realizados 10 encontros de aulas. Diante do vivido, experimentado e refletido em nossa narrativa pedagógica, reconhecemos a proposta das PCA presente nos referenciais municipais do Natal, como plenamente possível de execução para turmas de 4º e 5º ano do ensino fundamental. Porém, por meio da análise e do reconhecimento do seu espaço de atuação, acreditamos que os professores sejam capazes de expandir os horizontes das PCA, para além daquelas sugeridas no documento, não se limitando as opções que lá estão presentes, acessando os conhecimentos que os alunos trazem consigo e se permitindo uma mudança de olhar para o seu espaço de aulas. Identificamos a presença de alguns limitantes, como: a necessidade de apoio em alguns momentos de aulas para gerenciamento dos riscos, bem como o entrave, frente a falta de alguns equipamentos específicos, situações possíveis de serem administradas e superadas com criatividade pelos docentes, tendo em vista as possibilidades que as PCA trazem para diversificar as práticas corporais da cultura de movimento dos alunos, apresentando um mundo novo de aprendizados, que tem em sua energia, o poder de cativar, transformar e envolver a todos da escola.

Visto o distanciamento da Educação Física (EF) das questões relacionadas ao uso e discussão sobre o trato pedagógico das Tecnologias Digitais da Comunicação e Informação (TDICs), que o presente estudo elencou como objetivo geral o desenvolvimento, implementação e avaliação de uma proposta de aulas de EF (unidade temática) utilizando-se de metodologias ativas de aprendizagem e das TDICs para o ensino dos Esportes de Precisão (EPs) no Ensino Fundamental no município de São Mamede-PB. Foi realizado um estudo tipo relato de experiencia de caráter descritivo, no segundo semestre de 2019, numa Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Professora Fildani Souto Gouveia, localizada no município de São Mamede – interior do sertão paraibano, com duas turmas de 7º Ano, constituídas por 67 alunos, 35 eram do gênero masculino e 32 do gênero feminino. Os instrumentos para coleta de dados foram: Diário de Campo, Portifólio (físico e digital) e Questionário de Pesquisa. Aprovada com o parecer da plataforma Brasil nº 3.574.541, a pesquisa teve os resultados subdivididos em: protagonismo juvenil escolar e o uso das metodologias ativas de aprendizagem nas aulas de Educação Física e conectividades pedagógicas – construindo novas redes nas aulas de Educação Física –, ambas discutindo suas possibilidades e limites na implementação da proposta. Enquanto considerações finais, espera-se que esse estudo ajude a refletir sobre uso das TDICs nas aulas de EF enquanto eixo estruturante de uma aprendizagem ativa.

A educação física escolar hoje é reconhecida como um componente curricular obrigatório, e sendo assim, ela também é atrelada ao projeto político pedagógico da escola. Reconhecida como componente curricular, determina um número de presenças mínimas e nota, para que o aluno consiga sua aprovação. O que observamos, é a não adesão as aulas de educação física, sobretudo, as aulas chamadas “práticas”, principalmente observando essa situação em toda jornada escolar dos alunos, agravando-se nos anos finais do ensino fundamental II e ensino médio. Como as aulas de educação física escolar (AEFE) possuem esse componente “extraclasse”, é fácil perceber aquele aluno que fica a margem da aula. Os motivos são variados para que essa situação ocorra, podemos citar: falta de conteúdos diversificados, desinteresse por parte dos alunos e falta de intervenção pedagógica nas atividades desenvolvidas (TENÓRIO; SILVA, 2013). Rangel Betti, 2009 aponta o quarteto fantástico (voleibol, handebol, futebol e basquetebol) como o conteúdo predominante da (AEFE) que poderia contribuir para essa problemática. Darido (2004) e Chicati (2000), apontam que a falta de diversificação de conteúdo e o esporte como sendo um dos principais conteúdos das (AEFE), tem contribuído para o afastamento dos alunos nesse componente curricular. Apesar do exposto acima, outros fatores podem levar a essa não adesão as (AEFE), que não necessariamente estejam presentes na proposta didática e metodológica do professor. Pois, as relações e experiências pregressas com as (AEFE) nos anos anteriores, condições estruturais das escolas, condições sociais, práticas esportivas e comportamentos advindos da estrutura familiar, podem influenciar nessa não adesão as aulas desse componente curricular. Por isso o objetivo geral é analisar os motivos que levam ao desinteresse nas (AEFE) dos alunos do 9º ano Ensino Fundamental II, da escola pública municipal em que atuo como docente. Além disso, temos por objetivos específicos: Identificar se os motivos do desinteresse dos alunos  pelas aulas de educação física escolar, têm relação com os aspectos pedagógicos das mesmas ou com outros fatores relacionados a escola, e compreender se há diferença entre o interesse e o desinteresse pelas aulas de educação física escolar  quando as mesmas trabalham com o conteúdo esporte. Trata-se de um estudo de caráter qualitativo descritivo, que analisará por meio de um diário de campo e questionário criado pelo autor, as categorias encontradas de forma predominante segundo as falas dos alunos das duas turmas investigadas, dos professores de outros componentes curriculares, da gestão escolar e da coordenação pedagógica. Tendo como referência as questões voltadas para a não participação dos alunos, o desinteresse dos alunos e a desmotivação dos alunos. Segundo nossos resultados a não participação dos alunos é causada por três principais motivos: a infraestrutura da escola, o tipo de conteúdo nas aulas e a preguiça. Por fim, de acordo com os resultados algumas ações serão tomadas para atenuar essa situação: a mudança no horário das aulas, realização de festivais ao final de cada bimestre e a conscientização e desmistificação do conteúdo esporte.  

Os conflitos são comuns em todos os relacionamentos. Em relações na escola, sua presença é marcante. Esses eventos têm afetado a rotina escolar, na medida em que muitas vezes, os métodos empregados em sua resolução podem ser considerados agressivos, causando desconforto ou até sofrimento dos envolvidos. As competências socioemocionais recentemente têm sido incluídas nos currículos em função da tendência de oportunizar uma formação integral, que atenda às demandas do mercado de trabalho e permita o desenvolvimento do educando em todas as esferas: cognitivas, motoras, sociais e emocionais. Assim, essa pesquisa tem como objetivo analisar uma proposta de trabalho efetivada nas aulas de educação física escolar que, com base nas competências socioemocionais, tem o tema dos conflitos como foco de debate em séries finais do Ensino Fundamental. A pesquisa se caracteriza como descritiva com abordagem qualitativa do tipo participante, e foi desenvolvida em uma turma do 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública da cidade de Natal/RN. Participaram do estudo 16 alunos, sendo 10 do gênero feminino e 6 do gênero masculino, com idade média de 14 anos. Foi realizada uma intervenção didática com 10 encontros de 50 minutos cada, que visava desenvolver as competências socioemocionais dos alunos nas aulas de educação física. Antes e depois da intervenção os adolescentes responderam às questões da Escala Children’s Action Tendency Scale (CATS), visando identificar os estilos mais utilizados de resolução de conflitos (assertivo, agressivo, submisso ou misto) e uma possível alteração após a intervenção. Antes da intervenção os resultados encontrados foram a tendência assertiva em primeiro lugar, seguida da submissa e da agressiva. Após a intervenção a tendência submissa surgiu em primeiro lugar, seguida da assertiva e da agressiva. Consideramos importante a realização de programas educacionais que trabalhem a cognição e as emoções para uma resolução de conflitos mais assertiva e sugerimos novos estudos e relatos de experiências pedagógicas para que estes possam servir como referencial para outros professores.

Seja por questões pessoais como preferências e habilidades ou por questões de formação inicial, na atualidade o que vemos e lemos sobre a realidade da Educação Física Escolar é ainda o uso massivo, e às vezes quase exclusivo, dos esportes, sejam no formato de pequenos ou grandes jogos, ou até mesmo no modelo tradicional competitivo. Este projeto desenvolveu uma proposta metodológica do trabalho com o conteúdo dança e foi realizada com turmas do ensino médio em uma escola militar do ensino básico do estado do Ceará, com o objetivo de identificar possibilidades metodológicas e pedagógicas na utilização do conteúdo dança nas aulas de Educação Física no Ensino Médio e construir coletivamente com os alunos uma proposta de trabalho da unidade temática Dança. A pesquisa foi realizada durante as aulas de Educação Física em uma escola da rede estadual de ensino do Ceará, localizada no município de Fortaleza, com quatro turmas do 2º Ano do Ensino Médio, cujas aulas acontecem à tarde, no turno o qual os alunos estão matriculados e tem duração de 45 minutos. Os instrumentos foram: a) plano de ação: composto pelo planejamento de 10 encontros para construção e realização da proposta; b) observação participante das aulas de Educação Física, através da utilização do diário de campo; c) questionário sobre a vivência/experiência dos alunos com a dança, dentro e fora do ambiente escolar; d) diário de campo dos alunos, a ser preenchido após cada ação desta pesquisa; e) questionário sobre as vivências/experiências dos alunos com a dança na ação desenvolvida. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e cadastrada na Plataforma Brasil, cujo parecer é de nº 3.479.896, datada de 01 de agosto de 2019. A mesma está de acordo com a Resolução de pesquisa com seres humanos CNS 466/12, considerando o respeito pela dignidade humana e pela especial proteção devida aos participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos. Os resultados foram descritos a analisados como um estudo de caso, a partir da observação da professora-pesquisadora e acrescido dos relatos dos diários de campo dos discentes. A intervenção atingiu seu objetivo de construir coletivamente com os discentes uma proposta de desenvolvimento do conteúdo dança, com aulas teórico-práticas, com a participação efetiva dos discentes e com a culminância em um dia de apresentações coletivas onde todas as turmas da mesma série puderam interagir. Com o universo de possibilidades para o desenvolvimento do conteúdo dança, este relato serve principalmente para compreensão da necessidade, potencialidade e riqueza desse conteúdo para integrar as diversas manifestações da cultura corporal presentes nas aulas de Educação Física Escolar e assim, incentivar os primeiros passos de muitos outros docentes no ritmo da dança.

A disciplina de Educação Física escolar, vem gradativamente crescendo e ganhando espaço dentro do ambiente escolar, em todas as suas etapas e modalidades. No entanto, muitos desafios ainda estão presentes nesta profissão, sendo um deles, trazido a luz do debate neste trabalho, que é a falta de aderência das meninas nas aulas práticas de Educação Física no Ensino Médio. Esta temática é pouco explorada dentro dos meios acadêmicos, situação que ficou evidente na produção do estado da arte deste trabalho, que pesquisou pouco menos de dois mil e quinhentos artigos, onde deste universo apenas nove tratavam sobre está problemática. Realizou-se então uma pesquisa de campo com as alunas regularmente matriculadas no Colégio Estadual Justiniano de Serpa. Localizado na cidade de Fortaleza, Ceará, para inicialmente aferir quais os motivos as distanciavam dos momentos práticos da disciplina. Logo em seguida, munida dos dados, confeccionou-se um plano de intervenção prático, visando aumentar a aderência deste púbico, trazendo para as aulas as atividades que as próprias haviam elencadas como prazerosas e interessantes. Conseguiu-se com este primeiro momento um aumento pouco significativo da aderência do público alvo da pesquisa. Mas com os dados obtidos neste primeiro projeto de intervenção, foi possível traçar um segundo momento que ocorreu de maneira experimental após as aulas, o que eliminou algumas dificuldades que eram apontadas pelas discentes como limitadoras de sua participação, como o pouco tempo para higienização pós aula e para retornar para as outras aulas e as intemperes do clima dos quais as alunas eram expostas. O projeto funcionou de maneira experimental por pouco mais de um mês, onde foi ofertado para as alunas atividades de ginástica, aulas de ritmos e funcional três vezes por semana. Ao fim deste segundo projeto de intervenção, o aumento percebido na aderência por parte das meninas foi considerável, contando com uma média geral de quase cem meninas. Estes resultados comprovam que mesmo a disciplina de Educação Física escolar enfrentando grandes desafios dentro do ambiente escolar é possível aos professores traçarem estratégias para transformar os desafios e dificuldades em oportunidades, para que nenhum aluno ou aluna tenha o seu direito de vivenciar sua corporeidade tolhido, ajudando assim em sua formação integral. 

A avaliação da aprendizagem na Educação Física Escolar encontra desafios que vão além dos presentes nos demais componentes curriculares. A forma como a área organiza e avalia a relação dos corpos dos sujeitos com os objetos de conhecimento, gera possibilidades que parecem ainda pouco compreendidas no cotidiano escolar. Para além das dimensões dos conteúdos (atitudinal, procedimental e conceitual), apresentados nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), a área encontra na Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017) outras demandas organizativas. A proposta é pensar como os estudantes se relacionam com os objetos de conhecimento, privilegiando agora oito dimensões, o que nos levou ao problema de “Como é possível estruturar uma proposta de avaliação da aprendizagem na Educação Física Escolar, contemplando as oito dimensões de conhecimento apresentadas na BNCC, para uma turma do quarto ciclo do ensino fundamental de uma escola da rede pública de ensino?” Para tanto, traçamos como objetivo de pesquisa, problematizar uma experiência pedagógica na Educação Física Escolar, refletindo sobre a avaliação da aprendizagem na perspectiva das oito dimensões de conhecimento apresentadas na BNCC, para uma turma do 4º ciclo do ensino fundamental. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, apresentada como um relato de experiência, por tanto, de cunho descritivo. Foram utilizados como instrumentos de produção dos dados de pesquisa, a observação participante com auxílio do diário de campo. Ao todo, foram seis momentos formais de avaliação da aprendizagem, cada um com seu instrumento didático-metodológico específico de verificação das habilidades e uma forma de registro equivalente. Por meio da análise documental e seguindo as descrições dos roteiros de observação participante, encontramos significativas correspondências semânticas entre os conceitos defendidos no referencial teórico com as experiências realizadas em campo. Tais correspondências estão sintetizadas em princípios norteadores para a construção de instrumentos avaliativos, que apresentamos como nossos resultados, juntamente com cada instrumento em si e suas possibilidades. Esses resultados nos permitem considerar que foi possível desenvolver uma dentre muitas possibilidades de se avaliar as aprendizagens na Educação Física Escolar, contemplando as oito dimensões de conhecimento presentes na base. O presente estudo mostrou também que esse tema necessita ser apreciado por outras pesquisas que ampliem as possibilidades alcançadas aqui, sobretudo, ao que se refere as limitações e dificuldade de se estabelecer rupturas formativas ao processo de ensino e avaliação por meio de metodologias ativas, frente a manutenção organizativa da escola pública tradicional.

A Educação Física vem sofrendo várias mudanças no decorrer de sua história, sendo influenciada pelos aspectos políticos, econômicos, tecnológicos, culturais, religiosos e sociais. O objetivo deste estudo é desenvolver uma proposta de uma unidade temática de Educação Física dialogando com as mídias no Ensino Médio. Será realizado um estudo de campo do tipo pesquisa-ação, utilizando o método qualitativo em uma escola da rede estadual de ensino do Ceará, localizada no município de Fortaleza, com 34 alunos de uma turma do 3º Ano do Ensino Médio no curso noturno. Os instrumentos serão: a) observação participante das aulas de Educação Física, através da utilização do diário de campo; b) questionário sobre o uso das mídias; c) entrevista semiestruturada com os alunos do Ensino Médio do curso noturno; d) vídeos produzidos pelos alunos sobre a classificação dos esportes; e) fotos e imagens das aulas durante a intervenção; f) gravações das aulas no período da intervenção; g) discussões no grupo fechado do Facebook. Para a análise dos dados será utilizado o método de categorização da temática. A pesquisa foi cadastrada na plataforma Brasil nº 09905619.1.0000.5537, cujo parecer de aprovação é de nº 3.305.816 datada de 06/05/2019.