Apresentação

1. Contextualização


O Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem (PPgEL) foi criado em 1993, no nível de Mestrado acadêmico, a fim de atender a uma demanda de formação na área de Letras e Linguística no estado do Rio Grande do Norte. O Programa foi criado com 2 áreas de concentração – “Linguística Aplicada” e “Literatura Comparada”. Com o desenvolvimento e a contribuição do Programa para a formação de docentes e pesquisadores, em 2003, o PPgEL passou a ofertar o curso de Doutorado.

O Programa é norteado por dois principais objetivos:

I - formar docentes e pesquisadores na área dos Estudos da Linguagem para atuar nos diversos níveis do ensino superior e possibilitar a participação em todas as formas possíveis de projetos de pesquisa institucionais;
II - desenvolver pesquisas relacionadas às linhas de investigação do Programa, de modo a contribuir para a reflexão sobre os estudos da linguagem no contexto acadêmico.

O PPgEL organiza-se atualmente em três áreas de conhecimento: Estudos em Literatura Comparada, Estudos em Linguística Aplicada e Estudos em Linguística Teórica e Descritiva. Cada área de concentração congrega duas linhas de pesquisa, a saber:

 

a) Estudos em Linguística Aplicada

i) Estudos de Práticas Discursivas;

ii) Letramentos e Contemporaneidade.

 

b) Estudos em Linguística Teórica e Descritiva

i) Discurso, Cognição e Interação;

ii) Estudos Linguísticos do Texto.

 

c) Estudos em Literatura Comparada

i) Literatura e Memória Cultural;

ii) Poética da Modernidade da Pós-modernidade.

 

2. Processo seletivo para ingresso no PPgEL


O processo seletivo para ingresso nos cursos de Mestrado e de Doutorado do PPgEL ocorre uma vez por ano, com edital convocatório, definindo o número de vagas de acordo com a disponibilidade dos professores orientadores. O processo consta de etapas diferenciadas a serem definidas pelo Colegiado de Curso, a cada seleção, podendo compor-se de provas escritas, análise e defesa de projetos. Uma banca examinadora, com três professores, para cada área de conhecimento, é responsável pela seleção. O procedimento de seleção mais frequente inclui as seguintes etapas, cada uma das quais de natureza eliminatória:

a) prova escrita na qual são avaliados conhecimentos básicos necessários à área e a capacidade do(a) candidato(a) para expressar-se em língua portuguesa (clareza, explicitude, argumentação e domínio da norma culta);

b) avaliação do projeto de pesquisa, em que são julgados elementos como pertinência e adequação a uma linha de pesquisa, definição do objeto de estudo, relação entre referencial teórico e abordagem metodológica e ainda a atualização e profundidade da bibliografia proposta;

c) defesa do projeto com a participação do professor orientador sugerido pelo candidato, com discussão do projeto de pesquisa para esclarecimentos que a banca julgar necessários.

 

3. Integralização curricular e conclusão dos cursos de Mestrado e Doutorado


3.1 Mestrado

O mestrado deve ser integralizado em, no mínimo, 12 (doze) meses e, no máximo, em 24 (vinte e quatro) meses, considerando o prazo regulamentar, com possibilidade de prorrogação, em casos excepcionais, de até 06 (seis) meses. Para conclusão do curso de Mestrado, é necessária a integralização de 24 (vinte e quatro) créditos, distribuídos entre disciplinas obrigatórias, optativas, complementares e leituras orientadas.

Após a aprovação em exame de proficiência em língua estrangeira e a conclusão das disciplinas, o aluno deve realizar o exame de qualificação, cuja banca examinadora é composta por 03 (três) professores, sendo um externo ao Programa, atuando o professor orientador como presidente.

A defesa da dissertação acontece como a última etapa do processo acima descrito, perante uma banca presidida pelo orientador e mais dois examinadores, sendo um interno à UFRN e um de outra(s) Instituição(ões) de Ensino Superior.

 

3.2 Doutorado

O curso de Doutorado deve ser integralizado, no mínimo, em 24 (vinte e quatro) meses e, no máximo, em 48 (quarenta e oito) meses, considerando o prazo regular, tendo o aluno a possibilidade de prorrogação, em casos excepcionais, de mais 06 meses. São exigidos 30 (trinta) créditos, também distribuídos entre disciplinas obrigatórias, optativas, complementares e leituras orientadas.

Após a aprovação em exame de proficiência em 02 (duas) línguas estrangeiras e a conclusão de disciplinas e, o aluno deve realizar o exame de qualificação, cuja banca examinadora é composta por 03 (três) professores, sendo um externo ao Programa, tendo como presidente o orientador.

A defesa da tese acontece como a última etapa do processo acima descrito, perante uma banca presidida pelo orientador e mais quatro examinadores, sendo dois internos à UFRN e dois de outra(s) Instituição(ões) de Ensino Superior.

 

4. Estrutura Curricular


Com duração mínima de 12 (doze) meses e 24 (vinte e quatro) meses, nessa ordem, os cursos de Mestrado e de Doutorado compõem-se de 24 (vinte e quatro) e 30 (trinta) créditos, respectivamente. A integralização desses créditos se dá por meio de disciplinas obrigatórias, optativas, complementares e de atividades de leituras orientadas, conforme discriminado a seguir. As disciplinas obrigatórias visam à formação básica e geral do aluno e à instrumentalização para o desenvolvimento de seus projetos de pesquisa, enquanto as disciplinas optativas visam familiarizar o discente com questões, métodos e bibliografia de interesse para o desenvolvimento de sua pesquisa. Nenhuma disciplina tem pré-requisito ou requisitos paralelos. Não há disciplinas específicas para Mestrado ou Doutorado.

Cada área de concentração possui duas disciplinas obrigatórias: uma com 6 (seis) créditos e outra, Metodologia da pesquisa, conforme as áreas de concentração, com 4 (quatro) créditos; 4 (quatro) disciplinas optativas, com 5 (cinco) créditos cada uma, distribuídas por linha de pesquisa; disciplinas complementares, ministradas sob a forma de Tópicos, com 4 (quatro) créditos cada uma, distribuídas conforme as áreas de concentração e linhas de pesquisa, além de atividades de leituras orientadas, com 1 (um) crédito cada uma, vinculadas a cada professor(a)-orientador(a).

 

Desse modo, a estrutura curricular do PPgEL apresenta a seguinte configuração:

 

I) Área de concentração: Estudos em Linguística Aplicada


a) 2 (duas) disciplinas obrigatórias de área: Teorias Contemporâneas do Discurso, com 6 (seis) créditos, e  Metodologia da Pesquisa em Linguística Aplicada, com 4 (quatro) créditos;

b) 3 (três) disciplinas optativas de linha de pesquisa, com 5 (cinco)  créditos cada uma: (i) Discurso, cultura e sociedade, (ii) Estudos de letramento e (iii) Gêneros textuais / discursivos e ensino.

c) disciplinas complementares, com 4 (quatro)  créditos cada uma: Tópicos Avançados em Linguística Aplicada;

d) atividades de leituras orientadas, com 1 (um) crédito cada uma: Atividade Complementar de Leituras Orientadas em Linguística Aplicada (de I a IV, para mestrado; de I a VII para o Doutorado)

 

II) Área de concentração: Estudos em Linguística Teórica e Descritiva


a) 2 (duas) disciplinas obrigatórias de área: Teorias Linguísticas Contemporâneas, com 6 (seis) créditos, e Metodologia da Pesquisa em Linguística Teórica e Descritiva, com 4 (quatro) créditos;

b) 4 (quatro) disciplinas optativas de linha de pesquisa, com 5 (cinco)  créditos cada uma: (i) Língua: uso e estrutura, (ii) Linguagem e cognição, (iii) Linguísticas sociocognitivas e interacionais e estudo do texto, e (iv) Linguísticas discursivas e enunciativas e estudo do texto.

c) disciplinas complementares, com 4 (quatro)  créditos cada uma: Tópicos Avançados em Linguística Teórica e Descritiva;

d) atividades de leituras orientadas, com 1 (um) crédito cada uma: Atividade Complementar de Leituras Orientadas em Linguística Teórica e Descritiva (de I a IV, para mestrado; de I a VII para o Doutorado).

 

III) Área de concentração: Estudos em Literatura Comparada


a) 2 (duas) disciplinas obrigatórias de área: Teorias Críticas da Literatura, com 6 (seis) créditos, e Metodologia da Pesquisa em Literatura Comparada, com 4 (quatro) créditos;

b) 3 (três) disciplinas optativas de linha de pesquisa, com 5 (cinco)  créditos cada uma: (i) Literatura e tradição, (ii) Literatura e representações sociais e (iii) Poéticas em suas múltiplas experimentações.

c) disciplinas complementares, com 4 (quatro) créditos cada uma: Tópicos Avançados em Literatura Comparada;

d) atividades de leituras orientadas, com 1 (um) crédito cada uma: Atividade Complementar de Leituras Orientadas em Literatura Comparada (de I a IV, para mestrado; de I a VII para o Doutorado)

 

Descrição das linhas de pesquisa


I) Área de concentração Estudos em Linguística Aplicada


1) Linha de pesquisa Estudos de Práticas Discursivas

Esta linha de pesquisa reúne estudos que objetivam compreender, no âmbito da Linguística Aplicada Crítica, práticas discursivas circulantes em esferas da atividade humana tais como a escolar, a midiática, os ambientes digitais, a ciência, a literatura, dentre outras, em situações institucionalizadas ou não. Nessa direção, acolhe projetos que objetivem investigar, em práticas discursivas situadas, temáticas, não necessariamente excludentes, que digam respeito: a) aos processos de construção identitária; b) às relações com a alteridade, com a ética, com o poder, com o humor e  com as novas tecnologias; c) - a problemática do ensino de línguas e da formação do professor - inicial e continuada- , em uma perspectiva enunciativa e discursiva, envolvendo questões de sala de aula, de políticas públicas e de práticas pedagógicas.

 2) Linha de pesquisa Letramentos e Contemporaneidade

Esta linha de pesquisa, que tem como objeto de estudo os usos sociais da leitura e da escrita em variados contextos e domínios (escolar, familiar, acadêmico, laboral, tecnológico, científico, profissional, literário, religioso, midiático, digital, informacional etc.) significados por meio de diferentes formas de semiotização, dedica-se à investigação dos letramentos múltiplos, presentes na vida contemporânea, analisados a partir da articulação de saberes advindos de diferentes campos do conhecimento: Linguística Aplicada, Linguística (incluindo-se seus domínios conexos), Retórica, Antropologia, Psicologia Social, Sociologia, Educação, Filosofia, Semiótica. Dentre os seus variados temas de interesse, incluem-se, por exemplo: letramento do professor; letramento crítico; letramento cívico; letramento e argumentação; letramento e alfabetização; letramento e oralidade; letramento e práticas profissionais; letramento, cultura, agência e identidade; letramento e políticas públicas; projeto de letramento; engajamento família/escola/comunidade; gêneros textuais/discursivos e ensino; multiletramentos. Dada a articulação desses estudos com a prática social e, epistemologicamente, com as abordagens críticas, as discussões neles desenvolvidas fundamentam-se, especialmente, em categorias analíticas como: discurso, poder, fortalecimento (empowerment), voz, colaboração, acesso, responsividade, impacto, comunidades de aprendizagem, práticas cidadãs, protagonismo, exclusão/inclusão.

 

II)   Área de concentração Estudos em Linguística Teórica e Descritiva


1) Linha de pesquisa Discurso, Cognição e Interação

Esta linha desenvolve pesquisas sob a perspectiva de modelos baseados no uso. Entre os temas desenvolvidos estão: bases funcionais da gramática, relação entre cognição e corporalidade, cognição de eventos e codificação linguística, aspectos cognitivos, socioculturais e pragmáticos da estrutura linguística e de seus padrões discursivos, procedimentos discursivos relacionados à emergência, à regularização, à variação e à mudança linguísticas, aquisição e processamento da linguagem em contextos monolíngues e bilíngues.

 

2) Linha de pesquisa Estudos Linguísticos do Texto

Esta linha de pesquisa focaliza o texto como nível e unidade de teorização e de descrição linguísticas. A ênfase incide na análise das formas e significados linguísticos presentes em textos empíricos, efetivamente realizados, mas não se dispensa a reflexão teórica sobre o objeto "texto" e sua articulação com outros níveis da análise linguística (entre eles fonética, morfossintaxe – especialmente a gramática transfrástica –, léxico, semântica e pragmática), assim como o diálogo com as teorias linguísticas contemporâneas. Pesquisam-se, contudo, funcionamentos e categorias especificamente textuais, mas sempre marcadas linguisticamente. É nesse quadro – linguístico e textual – que são reinterpretadas e aprofundadas as perspectivas das linguísticas enunciativas e discursivas, assim como as das linguísticas sociocognitivas e interacionistas.

 

III) Área de concentração Estudos em Literatura Comparada


1) Linha de pesquisa Literatura e Memória Cultural

Ocupa-se da investigação das transferências culturais, das práticas literárias e das relações entre forma literária, processo e representação social, no âmbito da literatura brasileira e de outros sistemas literários. Entre seus enfoques, situam-se estudos de registros literários e culturais, bem como pesquisas em arquivos e manuscritos, a literatura de depoimento, o memorialismo e a oralidade, voltados às tensões dialéticas entre o local e o universal, o regional e o cosmopolita, o tradicional e o moderno. Ocupa-se igualmente de pesquisas concernentes a processos tradutórios culturais, como são produzidos e circulam, tendo em vista a memória estrangeira das literaturas e culturas.

 

2) Linha de pesquisa Poéticas da Modernidade e da Pós-Modernidade

Esta linha de pesquisa articula projetos sobre as práticas do moderno e do pós-moderno, literárias e outras, configurando problematizações atinentes à Literatura Comparada e suas relações multidisciplinares, visando ao estudo das poéticas que engendram suas hibridizações e a multiplicidade de suas expressões. Busca igualmente abordar questões de identidade e gêneros, alteridade, imaginários e trânsitos culturais, voltando-se também para a discussão do impacto das linguagens tecnológicas nas artes e na literatura, produtoras de novas textualidades.

 

Disciplinas

 

I) Área de concentração Estudos em Linguística Aplicada

 

1) Teorias Contemporâneas do Discurso (obrigatória para a área)

Ementa: Abordagens do discurso nas visões da Linguística Sistêmica; da Análise do Discurso de Linha Francesa; da Análise do Discurso na vertente americana – Sociolinguística Interacional, Análise da Conversação e Etnografia da Fala; da Análise Crítica do discurso e da Análise Dialógica do Discurso; seus contextos de emergência, principais princípios e filiações teóricas.

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2) Estudos de Letramento

Ementa: A partir dos novos estudos de letramento (New Studies of Literacy), discussão do conceito de letramento como uma prática social complexa e múltipla; Suas implicações teórico-metodológicas para o ensino-aprendizagem da leitura/escrita e para o letramento do professor de línguas; Articulações entre letramento, identidade, cultura; Letramento e gênero discursivo..

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3) Discurso, Cultura e Sociedade

Ementa: Discussão das relações entre a linguagem, a cultura e a sociedade, abordando temáticas relevantes e inovadoras no campo da Linguística Aplicada.

Referências

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4) Gêneros Textuais/Discursivos e Ensino

Ementa: Gêneros textuais/discursivos; Historicidade do conceito; Teorias, métodos e debates; Implicações do conceito para o ensino de língua; Tratamento em documentos oficiais; Orientação político-linguística; Gêneros textuais/discursivos e ensino.

Referências:

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OLIVEIRA, M. O Gênero Textual: teoria e prática. Texto apresentado no GELNE, Salvador/BA, no período de 4, 5 e 6 de setembro de 2000.

OLIVEIRA, M. Gênero e Letramentos: da pesquisa teórica à prática em sala de aula. Palestra proferida na UFSC, 30 abr. 2010.

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SWALES, J. Genre analysis: English in academic and research settings. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.

 

5) Metodologia da Pesquisa em Linguística Aplicada

Ementa: Estudo dos princípios, métodos e técnicas da pesquisa em Linguística Aplicada.

Referências

ALVES-MAZZOTTI, A.; GEWANDSZNAJDER, F. O Método nas Ciências Naturais e Sociais. Pesquisa Quantitativa e Qualitativa. São Paulo: Editora Pioneira, 1998.

BAKHTIN, M. Metodologia das Ciências Humanas. In: BAKHTIN, M. Metodologia. Estética da Criação Verbal. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p.393-410.

COULON, A. Etnometodologia. Tradução Ephraim Ferreira Alves. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.

DEMO, P. Metodologia do Conhecimento Científico. São Paulo: Editora Atlas, 2000.

DENZIN, N.; LINCOLN, Y. O Planejamento da Pesquisa Qualitativa: teorias e abordagens. Tradução Sandra Regina Netz. Porto Alegre: Artmed, 2006.

FREITAS, M.; JOBIN-E-SOUSA, S.; KRAMER, S. Ciências Humanas e Pesquisa: leitura de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Cortez Editora, 2003.

GINZBURG, C. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: GINZBURG, C. Mitos, Emblemas e Sinais. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

GONSALVES, E. Da Ciência e de Outros Sabere: trilhas da Investigação Científica na Pós-Modernidade. Campinas, SP: Editora Alínea, 2004.

LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

MARTINS, G. Estudo de Caso: uma estratégia de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2006.

MOITA LOPES, L. Contemporaneidade e construção do conhecimento na área de estudos linguisticos. Scripta, v.7, n. 14, p. 159-171, 2004.

RICHARDSON, R. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

SANTOS, B. Um discurso sobre as Ciências. 5.ed. São Paulo: Cortez Editora, 2008.

SIGNORINI, I.; CAVALCANTI, M. C. Linguistica Aplicada e Transdisciplinaridade. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1998.

THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-Ação. São Paulo: Cortez, 2000.

 

II) Área de concentração em Linguística Teórica e Descritiva

 

1) Teorias Linguísticas Contemporâneas (obrigatória para a área)

Ementa: Apresentação e discussão das principais abordagens linguísticas contemporâneas. Linguística gerativa. Linguística funcional. Linguística Cognitiva. Linguística do texto. Linguísticas discursivas e enunciativas. Sociolinguística. Linguística Histórica.

Referências

BAKER, M. Lexical categories. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.

BENVENISTE, É. Problemas de Linguística Geral I. Tradução Maria da Glória Novak e Maria Luísa Neri. 4.ed. Campinas, SP: Pontes, 1995.

BENVENISTE, É. Problemas de Linguística Geral II. Tradução Eduardo Guimarães et al. Campinas, SP: Pontes, 1989.

CHAMBERS, J. Sociolinguistic theory. Cambridge: Blackwell, 1995.

CROFT, W.; CRUSE, D. Cognitive Linguistics. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

DIXON, R. A semantic approach to English Grammar. Oxford: Oxford University Press, 2005.

GIVÓN, T. A compreensão da gramática. Tradução Maria Angélica Furtado da Cunha, Mário Eduardo Martelotta e Filipe Albani. Natal: EDUFRN, 2011

KATO, M.; NASCIMENTO, M. (org.) Gramática do Português Culto Falado no Brasil: a construção da sentença: vol. III. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2009.

LABOV, W. Padrões sociolinguísticos. Tradução Marcos Bagno e Maria Marta Pereira Scherre. São Paulo: Parábola, 2008.

LABOV, W. Principles of linguistic change: internal factors. Oxford: Blackwell, 1994.

LABOV, W. Principles of linguistic change: social factors. Oxford: Blackwell, 2001.

LUCCHESI, D. Sistema, mudança e linguagem: um percurso na história da linguística moderna. São Paulo: Parábola, 2004.

MALMKJǼR, K. (ed.) The linguistics encyclopedia. London: Routledge, 1996.

MATEUS, M.; BRITO, A.; DUARTE, I.; FARIA, I. Gramática da Língua Portuguesa. 6.ed. Lisboa: Caminho, 2003.

MATTHEWS, P. The concise Oxford dictionary of linguistics. Oxford: Oxford University Press, 2014.

MATTOSO CÂMARA, J. Dicionário de linguística e gramática. 11.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1984.

NEVES, M. Texto e gramática. São Paulo: Contexto, 2006.

RAPOSO, E. Teoria da gramática: a faculdade da linguagem. 2.ed. Lisboa: Caminho, 1992.

SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 1978.

MATTOSO CÂMARA, J. Princípios de linguística geral. Rio de Janeiro: Padrão, 1980.

TOMASELLO, M. (ed.). The new psychology of language. New Jersey: Lawrence Erlbaum, 1998.

WEINREICH, U.; LABOV, W.; HERZOG, M. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. Tradução Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, 2006.

 

2) Língua: Uso e Estrutura

O estudo da correlação entre as práticas linguístico-discursivas e suas variadas formas de codificação morfossintática, fundamentando-se na abordagem cognitiva/funcional. Nesse sentido, investiga as bases funcionais da gramática, considerando a natureza dinâmica da conceitualização e o papel da interação social na emergência de padrões linguísticos.

Referências

BECKNER, C. et al. Language is a complex adaptive system: position paper. Language Learning, v. 59, n. 1, p. 1-26, Dec. 2009.

BYBEE, J. Language as a complex adaptive system: the interaction of cognition, culture and use. In: BYBEE, J. Language, usage and cognition. Cambridge: CUP, 2010. p. 194-221.

BYBEE, J. A functionalist approach to grammar and its evolution. Evolution of communication, v. 2, n. 2, p. 249-278, 1998.

FURTADO DA CUNHA, M.; BISPO, E. Relações sintático-semânticas da oração. In: PALOMANES, R.; BRAVIN, A. Práticas de ensino de português. São Paulo: Contexto, 2012. p. 143-164.

FURTADO DA CUNHA, M.; BISPO, E.; SILVA, J. Linguística funcional centrada no uso: conceitos básicos e categorias analíticas. In: CEZARIO, M.; FURTADO DA CUNHA, M. Linguística centrada no uso: uma homenagem a Mário Martelotta. Rio de Janeiro; Cataguases, MG: FAPERJ; Mauad, 2013. p. 13-39.

GIVÓN, T. Sintaticização: Do discurso para a sintaxe: a gramática como estratégia de processamento. In: GIVÓN, T. A compreensão da gramática. Tradução Maria Angélica Furtado da Cunha, Mário Eduardo Martelotta e Filipe Albani. Natal: EDUFRN, 2011. p. 299-336.

GOLDBERG, A. Patterns of experience in patterns of language. In: TOMASELLO, M. (ed.). The new psychology of language. New Jersey: Lawrence Erlbaum, 1998. p. 203-217.

HOPPER, P. Emergent grammar. In: TOMASELLO, M. (ed.). The new psychology of language. New Jersey: Lawrence Erlbaum, 1998. p. 155-175.

MARTELOTTA. M. Funcionalismo e cognição. X Seminário do Grupo Discurso & Gramática. Anais... Natal: UFRN, 2005.

MARTELOTTA. M. Mudança linguística: uma abordagem baseada no uso. São Paulo: Cortez, 2011.

SALOMÃO, M. Gramática das construções: a questão da integração entre sintaxe e léxico. Veredas – revista de estudos linguísticos, Juiz de Fora, MG, UFJF, v. 6, n. 1, p. 63-74, jan/jul 2002.

TOMASELLO, M. Introduction: a cognitive-functional perspective on language structure. In: TOMASELLO, M. (ed.). The new psychology of language: cognitive and functional approaches to language structure. New Jersey: LEA, 1998. p. vii-xxiii.

 

3) Linguagem e Cognição

Ementa: Relação entre linguagem, cognição e corporalidade. Categorização.  A interação corpo, cérebro e mente. Construções linguísticas e cognição de eventos. Gramática de Construções.

Referências

CHOMSKY, N. O conhecimento da língua: sua natureza, origem e uso. Tradução Anabela  Gonçalves  e  Ana  Teresa  Alves. Lisboa: Caminho, 1994. (Coleção universitária).

CHOMSKY, N. Language and problems of knowledge: the Managua lectures. Cambridge, MA: The MIT Press, 1988.

CHOMSKY, N. Reflexões sobre a linguagem. Tradução Carlos Vogt et al. São Paulo: Cultrix, 1980.

CROFT, W. Radical Construction Grammar: syntactic theory in typological perspective. Oxford: Oxford University Press, 2001.

CROFT, W.; CRUSE, A. Cognitive Linguistics. Cambridge: Cambridge University Press, 2004

FAUCONNIER, G. Mental spaces. Aspects of meaning construction in natural language. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.

FAUCONNIER, G.; TURNER, M. Conceptual Integration and Formal Expression. Journal of Metaphor and Symbolic Activity, v. 10, n.3, p. 183–204, 1995.

FILLMORE, Ch.; KAY, P.; O’CONNOR, M. Regularity and Idiomaticity in grammatical constructions: the case of ‘let alone’. Language, v. 63, n. 3, p. 501-538,1988.

FRANCHI, C. Linguagem: atividade constitutiva. Cadernos de estudos linguísticos, Campinas, IEL, n. 22, p. 9-39, 1992.

GOLDBERG. A. Constructions: A Construction Grammar Approach to argument structure. Chicago: Chicago University Press. 1995.

GOLDBERG, A. Constructions at work: the nature of generalization. Oxford: Oxford University Press, 2006.

LAKOFF, G.; JOHNSON, M. Metaphors we live by. Chicago: The University of Chicago, 1980.

LAKOFF, G. Women, fire and dangerous things. Chicago: The University of Chicago Press, 1987.

LANGACKER, R. Foundations to Cognitive Grammar. Redwood City, CA: Stanford University Press, 1987. v.1.

MARCUSCHI, L. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.

NESSIER, U. Cognition and reality: principles and implications of cognitive psychology. San Francisco, CA: W. H. Freeman and Company, 1976.

SILVA, A.; TORRES, A; GONÇALVES, M. Linguagem, cultura e cognição: estudos de linguística cognitiva. Coimbra: Almedina, 2004.

 

4) Linguísticas Discursivas e Enunciativas e Estudo do Texto

Ementa: Apresentação e discussão das contribuições das linguísticas do discurso e da enunciação, para a teorização e descrição do texto, considerado como nível de análise linguística.

Referências

ADAM, J.-M. A linguística textual: introdução à análise textual dos discursos. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2011.

BALLY, CH. Linguistique générale et linguistique française. Berne: Francke, 1965.

BALLY, CH. Traité de stylistique française. 3.ed. Genève: Georg; Paris: Klincksieck, 1951. v.2.

BENTES, A.; LEITE, M. (org.) Linguística do texto e análise da conversação: panorama das pesquisas no Brasil. São Paulo: Cortez, 2010.

CHARAUDEAU, P. Grammaire du sens et de l’expression. Paris: Hachette, 1992.

CHARAUDEAU, P.; MAINGUENEAU, D. Dicionário de análise do discurso. Coordenação da tradução Fabiana Komesu. São Paulo: Contexto, 2004.

CHARAUDEAU, P. Linguagem e discurso: modos de organização. Coordenação da tradução Angela M. S. Corrêa e Ida Lúcia Machado. São Paulo: Contexto, 2008.

COSERIU, E. Linguística del texto. Madrid: Arco Libros, 2007.

FLORES, V. et al. Enunciação e gramática. São Paulo, Contexto, 2011.

FLORES, V.; TEIXEIRA, M. Introdução à linguística da enunciação. São Paulo: Contexto, 2012.

MAINGUENEAU, D. Les phrases sans texte. Paris: Armand Colin, 2012.

MOTTA, A.; SALGADO, L. (org.) Fórmulas discursivas. São Paulo: Contexto, 2011.

NEVES, M. Gramática de usos do português. São Paulo: Ed. UNESP, 2000.

NEVES, M. Texto e gramática. São Paulo: Contexto, 2006.

PASSEGGI, L. et al. A análise textual dos discursos: para uma teoria da produção co(n)textual de sentido. In: BENTES, A.; LEITE, M. (org.) Linguística do texto e análise da conversação: panorama das pesquisas no Brasil. São Paulo: Cortez, 2010.

RABATEL, A. Homo Narrans: pour une analyse énonciative et interactionnelle du récit. Limoges: Lambert-Lucas, 2009. 2 vol.

RODRIGUES, M.; SILVA NETO, J.; PASSEGGI, L. (org.). Análises textuais e discursivas: metodologias e aplicações. São Paulo, Cortez, 2010.

RODRIGUES et al. A Carta-Testamento de Getúlio Vargas: genericidade e organização textual no discurso político. Filologia e linguística portuguesa, v. 14, n. 2, p. 285-307, 2012.

SILVA, A. O mundo dos sentidos em português: polissemia, semântica e cognição. Coimbra: Almedina, 2006.

TAMBA-MECZ, I. Le sens figuré. Paris: PUF, 1981.

URBANO, H. A frase na boca do povo. São Paulo: Contexto, 2011.

VALETTE, M. Linguistiques énonciatives et cognitives française: Gustave Guillaume, Bernard Pottier, Maurice Toussaint, Antoine Culioli. Paris: Champion: 2006.

 

5) Linguísticas Sociocognitivas e Interacionais e Estudo do Texto

Ementa: Estudo dos fundamentos epistemológicos da Linguística Textual e da Análise da conversação com foco nos modelos/abordagens de estudo/análise de textos.

Referências

ADAM, J-M. A Linguística Textual: introdução à análise textual dos discursos. Tradução Eulália Vera Lúcia Fraga Leurquin, Maria das Graças Soares Rodrigues, Luís Passeggi, João Gomes da Silva Neto. São Paulo: Cortez, 2008.

BLÜHDORN, H.; ANDRADE, M. Tendências recentes da Linguística Textual na Alemanha e no Brasil. Filologia e Linguística Portuguesa n. 7, p. 13-48, 2005.

BENTES, A.; LEITE, M. (org.). Linguística de texto e Análise da conversação: panorama das pesquisas no Brasil. São Paulo: Cortez, 2010.

BRONCKART, J.-P. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo. Tradução Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. São Paulo: EDUC, 1999.

CASTILHO, A. A língua falada no ensino do português. São Paulo: Contexto. 1998.

CASTILHO, A.; MORAIS, M.; LOPES, R.; CYRINO, S. (org.). Descrição, História e Aquisição do Português Brasileiro. São Paulo: Fapesp; Campinas, SP: Pontes Editores, 2007.

CAVALCANTE, M. Referenciação: sobre coisas ditas e não ditas. Fortaleza: Edições UFC, 2011.

CAVALCANTE, M.; LIMA, S. (org.). Referenciação: teoria e prática. São Paulo: Cortez, 2012.

COUTINHO, M. Texto(s) e competência textual. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.

GIL, B.; CARDOSO, E.; CONDÉ, V. (org.). Modelos de análise linguística. São Paulo: Contexto, 2009.

HAVE, P.. Doing conversation analysis: a practical guide. Los Angeles: Sage, 2007.

JUBRAN, C.; KOCH, I. (org.). Gramática do português culto falado no Brasil. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2006.

JUBRAN, C. Uma gramática textual de orientação interacional. In: KOCH, I. Introdução à Linguística Textual. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

KOCH, I. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2005.

MARCUSCHI, L. Análise da conversação. São Paulo: Ática, 1986.

MARCUSCHI, L. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

PINHEIRO, C. Estratégias textuais-interativas: a articulação tópica. Maceió: Edufal, 2005.

SIDNELL, J.; STIVERS, T. The handbook of conversation analysis. Hoboken, NJ: Blackwell Publishing, 2013.

 

6) Metodologia da Pesquisa em Linguística Teórica e Descritiva

Ementa: Estudo dos princípios, métodos e técnicas da pesquisa em Linguística Teórica e Descritiva.

Referências:

AGUIAR, V. As Letras em foco de pesquisa. In: AGUIAR, V.; PEREIRA, V. (org.). Pesquisa em Letras. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007. p. 7-15.

FURTADO DA CUNHA, M. (org.). Corpus Discurso & Gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal. Natal: EDUFRN, 1998.

FURTADO DA CUNHA, M. (org.). Banco Conversacional de Natal. Natal: EDUFRN, 2011.

LAKATOS, E.; MARCONI, M. Metodologia do trabalho científico. 7. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2010.

MARTELOTTA, M. Funcionalismo e metodologia quantitativa. In: OLIVEIRA, M.; ROSÁRIO, I. Pesquisa em linguística funcional: convergências e divergências. Rio de Janeiro: Leo Christiano Editorial, 2009; Blackwell, 2010.

SILVA, C. Metodologia e organização do projeto de pesquisa (Guia prático). Fortaleza: Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará, 2004.

SILVA, E.; MENEZES, E. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3. ed. rev. atual. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001.

 

III) Área de concentração Estudos e Literatura Comparada

 

1) Teorias Críticas da Literatura (obrigatória para a área)

Ementa: Abordagem de correntes teóricas da literatura que possibilitem a compreensão de conceitos e ideias capazes de revelar a configuração de textos literários. Consideram-se a tradição crítica ocidental e pensadores representativos da contemporaneidade, tendo em vista questões relevantes para os estudos comparados.

Referências

ADORNO, Th. Notas de literatura I. Tradução Jorge de Almeida. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2003.

AUERBACH, E. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. Tradução Editorial Perspectiva 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução Paulo Bezerra. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BAKHTIN, M. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. Tradução Aurora Fornoni Bernadini et al. 6. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2010.

BARTHES, R. et al. Análise estrutural da narrativa. Tradução Maria Zélia Barbosa. 5.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

BENJAMIN, W. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. Tradução Sergio Paulo Rouanet. 7.ed. São Paulo: Brasiliense, 1996.

CALABRESE, O. A linguagem da arte. Tradução Tânia Pellegrini. Rio de Janeiro: Globo, 1987.

CANDIDO, A. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 8.ed. São Paulo: T. A. Queirós, 2000.

COMPAGNON, A. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Tradução Cleonice P. B. Mourão, Consuelo F. Santiago. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2006.

EAGLETON, T. Teoria da literatura: uma introdução. Tradução Waltensir Dutra. 6.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

EIKHENBAUM, B. et al. Teoria da literatura: textos dos formalistas russos. Tradução Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Editora Unesp. 2013.

JAMESON, F. Marxismo e forma: teorias dialéticas da literatura no século XX. Tradução Iumna Maria Simon. São Paulo: HUCITEC, 1985.

LIMA, L. (org.). Teoria da literatura em suas fontes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. v. 1.

LIMA, L.(org.). Teoria da literatura em suas fontes. 3.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. v. 2.

MAINGUEANEAU, D. Elementos de linguística para o texto literário. Tradução Maria Augusta Bastos de Matos. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

MAINGUEANEAU, D. O contexto da obra literária. Tradução Marina Appenzeller. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

 

 2) Literatura e Tradição

Ementa: Estudo de conceitos e questões pertinentes à tradição literária: sistema literário, permanência e ruptura, movimentos e problemas estéticos que estabeleçam um diálogo entre a tradição constituída e a contemporaneidade, a fim de tornar visível a dinâmica do processo literário e sociocultural.

Referências

BENJAMIN, W. Charles Baudelaire um lírico no auge do capitalismo. Tradução José Martins Barbosa, Hemerson Alves Baptista. São Paulo: Brasiliense, 1989. (Obras escolhidas, vol. 3)

BENJAMIN, W. Magia, Técnica, Arte e Política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução, apresentação e notas Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1995. (Obras escolhidas I)

BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. Tradução Carlos Felipe Moisés, Ana Maria L. Ioriatti. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

BORHEIM, G.. O conceito de tradição. In: BORHEIM, G. et.al Tradição/Contradição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987. p. 13-29. (Coleção Cultura Brasileira)

CANDIDO, A. Entre Campo e Cidade. In: CANDIDO, A. Tese e antítese: ensaios. 4.ed. São Paulo: T. A. Queirós Editor, 2000.

CANDIDO, A. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981.

CANDIDO, A. Os parceiros do rio bonito: estudo sobre os caipiras paulistas e a transformação de seus meios de vida. 10.ed. São Paulo: Editora 34, 2003.

HABERMAS, J. O discurso filosófico da modernidade: doze lições. Tradução Luiz Sérgio Repa, Rodnei Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

HAMBURG, M. A cidade e o campo: fenótipos e arquétipos. In: HAMBURG, M. A verdade da poesia: tensões na poesia modernista desde Baudelaire. Tradução Alípio Correia de Franca Neto. São Paulo: Cosac Naify, 2007. p. 373-446

LEFÈBVRE, H. Introdução à modernidade. Tradução Jehovanira Chysóstomo de Souza. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1969.

SCHWARZ, R. A carroça, o bonde e o poeta modernista. In: SCHWARZ, R. Que horas são? Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 11-28.

WILLIAMS, R.. O Campo e a Cidade na Historia e na Literatura. Tradução Paulo Henrique de Britto. São Paulo: Companhia das Letras, 1973.

 

3) Literatura e Representações Sociais

Ementa: Análise e interpretação de discursos literários enquanto forma estética de representação da sociedade, acentuando desse modo as conexões entre forma literária e processo social.

Referências

ADORNO, Th. Posição do narrador no romance contemporâneo. In: ADORNO, Th. Notas de literatura I. Tradução Jorge de Almeida. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2003. p. 55-63.

ADORNO, Th. Engagement. In: ADORNO, Th. Notas de literatura. Tradução Celeste Aída  Galeão  e  Idalina  Azevedo  das  Silva. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1991.

AGUIAR E SILVA, V. O romance: História e sistema de um gênero literário. In: Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1997. p. 671-786

AUERBACH, E. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. Tradução Editorial Perspectiva 5.ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.

BAKHTIN, M. Epos e romance (sobre a metodologia do estudo do romance). In: BAKHTIN, M. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. Tradução Aurora Fornoni Bernadini et al. 6.ed. São Paulo: Editora UNESP, 2010. p.397-428.

BENJAMIN, W. Experiência e pobreza. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994. p.114-119.

CANDIDO, A. Crítica e sociologia. In: CANDIDO, A. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. São Paulo: T. A. Queiroz, 2000. p.5-16.

FRIEDMAN, N. O ponto de vista na ficção: o desenvolvimento de um conceito crítico. Tradução Fábio Fonseca de Melo. Revista USP, n. 53, p. 166-182, 2002.

JIMÉNEZ, J. Complejidad de lo moderno. In: JIMÉNEZ, J. La vida como azar. Barcelona: Destinolibro, 1994.

LUKÁCS, G. Narrar ou descrever? In: LUKÁCS, G. Marxismo e teoria da literatura. São Paulo: Expressão Popular, 2010.

LUKÁCS, G. A teoria do romance: um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da grande épica. Tradução José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000.

REIS, C.; LOPES, A. Dicionário de teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1988. (Série Fundamentos, 29)

ROSENFELD, A. Reflexões sobre o romance moderno. In: Texto/Contexto I. São Paulo: Perspectiva, 1996. p.75-97.

WATT, I. O realismo e a forma romance. In: WATT, I. A ascensão do romance: estudos sobre Defoe, Richardson e Fielding. Tradução Hikdegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 9-36.

WATT, I. O público leitor e o surgimento do romance. In: WATT, I. A ascensão do romance: estudos sobre Defoe, Richardson e Fielding. Tradução Hikdegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p.37-62.

 

4)  Poéticas em suas Múltiplas Experimentações

Ementa: Estudos das poéticas em suas múltiplas experimentações de linguagens, discursos, textualidades, seja nos espaços literários, seja nos artísticos, como o cênico, ou ainda, nos espaços cotidianos e de margens, determinando condições estéticas de continuidade, rupturas e deslocamentos.  A disciplina constitui-se também na discussão crítica e interpretativa da multiplicidade de temas que aí se coloca, das questões que incidem no campo da cultura, suas estratégias e configurações, buscando situar os meios, modos, recursos com os quais se articulam as singularidades ligadas às construções de identidade e suas fragmentações, às alteridades corporais, alternativas, e às problemáticas de gêneros.

Referências

BLANCHOT, M. A conversa infinita. Tradução Aurélio Guerra Neto. São Paulo: Escuta, 2010.

BIRMAN, J. Arquivos do mal-estar e da resistência. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

BUTLER, J. Undoing gender. New York; London: Routledge, 2004

CASTELLS, M. O poder da identidade. Tradução Klauss Brandini Gerhardt. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

KRISTEVA, J. Revolution in poetic language. Tradução Margaret Waller. New York: Columbia University Press, 1984.

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5) Metodologia da Pesquisa em Literatura Comparada

Ementa: Estudo dos princípios, métodos e técnicas da pesquisa em Literatura Comparada.

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