Proyecto Pedagógico del Curso

O Tecnólogo em Cooperativismo, egresso do Curso aqui proposto, atende ao seguinte perfil profissional de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia:

✓ Planeja e gerencia as atividades de cooperativas e seus respectivos negócios;

✓ Desenvolve, gerencia e incentiva as diferentes atividades referentes ao associativismo; Elabora e desenvolve projetos em comunidades rurais e urbanas;

✓ Implanta e gerencia os diversos setores de uma cooperativa;

✓ Avalia e emite parecer técnico em sua área de formação.

Tais profissionais poderão atuar em processos de planejamento, organização, direção e controle de cooperativas singulares, cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas, com fins de produção, trabalho, consumo, crédito, habitação ou mistas, e, ainda, em associações de naturezas similares, tomando decisões políticas e técnicas destinadas à qualificação da produção e do trabalho coletivos e do ato solidário tomando como referência o desenvolvimento local e territorial, por meio de ações e propostas estruturadas que potencializem as capacidades locais e territorial de regiões e municípios envolvidos no curso. Nesses termos, alinha-se a conteúdos, competências, habilidades e atitudes, previstas no Art. 2º. das referidas Diretrizes Curriculares em Administração, que são: saber (conteúdos), saber fazer (competências), saber fazer bem (habilidades) e querer fazer (atitudes).

Em sintonia com a Resolução CNE/CES nº 5, de 14 de outubro de 2021 – que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração – o Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Cooperativas, nos termos do Art. 3º. “integrar conhecimentos fundamentais ao Administrador - para além de apenas deter conhecimentos fundamentais, o egresso deve ser capaz de integrá-los para criar ou aprimorar de forma inovadora os modelos de negócios, de operacionais e organizacionais, para que sejam sustentáveis nas dimensões sociais, ambientais, econômicas e culturais. Entre os conhecimentos fundamentais incluem-se os de Economia, Finanças, Contabilidade, Marketing, Operações e Cadeia de Suprimentos, Comportamento Humano e Organizacional, Ciências Sociais e Humanas e outros que sirvam às especificidades do curso”.

É importante ressaltar que, a formação específica em Gestão de Cooperativas revela interrelações com a realidade em dos sujeitos pertecentes a áreas da reforma agrária. É importante destacar que, o perfil do gestor de cooperativas deve atender as necessidades no que tange ao gerenciamento de vários setores e níveis de organização de uma cooperativa, aplicando tecnologias e métodos específicos, tendo como foco o atendimento aos interesses específicos dos cooperados, estimulando um ambiente participativo, democrático e justo.

O Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Cooperativas, aqui delineado, centra-se no desenvolvimento das seguintes competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo discente em cumprimento a DCN CNE/CP nº 1/2021 da Educação Profissional e Tecnológica e DCN CNE/CES nº 5/2021 de Administração:

- potencializar habilidades e competências cognitivas de pensar, fazer e selecionar tecnologias apropriadas à gestão de organizações solidárias, de caráter associativo e cooperativo;

- desenvolver atitudes e domínio técnico para a reflexão, a compreensão, a análise e o raciocínio estratégico, de médio e longo-prazo, possibilitando aos participantes visões de futuro individuais, familiares, comunitárias e dos territórios potiguares, contextualizadas em tendências e cenários socioeconômicos e políticos do Brasil e do mundo; - propiciar reflexões em torno de dinâmicas e alternativas para a agricultura familiar a partir de diagnósticos, análises, proposições e implantação de respostas para problemas comunitários, locais e regionais no âmbito da Reforma Agrária no Rio Grande do Norte;

- reconhecer práticas em gestão social, tecnologias, instrumentos, saberes e interesses relacionados à atividade humana em organizações de propriedade coletiva;

- exercitar valores de respeito à diversidade e à qualidade de vida nas dimensões humana, animal e vegetal e de reverência ao ato solidário, ao trabalho coletivo, ao respeito mútuo e ao desenvolvimento sustentável;

- desenvolver competências profissionais tecnológicas, gerais e específicas, para a produção de bens e serviços e a gestão estratégica de processos;

- incentivar a produção e a inovação científica e tecnológica, e suas respectivas aplicações no mundo do trabalho; - propiciar a compreensão e a avaliação dos impactos sociais, econômicos e ambientais resultantes da produção, gestão e incorporação de novas tecnologias;

- promover a capacidade de continuar aprendendo e de acompanhar as mudanças nas condições de trabalho, bem como propiciar o prosseguimento de estudos;

- adotar a flexibilidade, a interdisciplinaridade, a contextualização e a atualização permanente dos cursos e seus currículos; - garantir a identidade do perfil profissional de conclusão de curso e da respectiva organização curricular; - incentivar o desenvolvimento da capacidade empreendedora e da compreensão do processo tecnológico, em suas causas e efeitos;

- integrar conhecimentos fundamentais ao Administrador;

- abordar problemas e oportunidades de forma sistêmica - compreender o ambiente, modelar os processos com base em cenários, analisando a interrelação entre as partes e os impactos ao longo do tempo. Analisar problemas e oportunidades sob diferentes dimensões (humana, social, política, ambiental, legal, ética, econômico-financeira);

- analisar e resolver problemas - formular problemas e/ou oportunidades, utilizando empatia com os usuários das soluções, elaborar hipóteses, analisar evidências disponíveis, diagnosticar causas prováveis e elaborar recomendações de soluções e suas métricas de sucesso passíveis de testes;

- aplicar técnicas analíticas e quantitativas na análise de problemas e oportunidades - julgar a qualidade da informação, diferenciando informações confiáveis de não confiáveis, e de que forma ela pode ser usada como balizadora na tomada de decisão. Identificar, sumarizar, analisar e interpretar informações qualitativas e/ou quantitativas necessárias para o atingimento de um objetivo inicial. Julgar a relevância de cada informação disponível, diferenciando meras associações de relações causais. Comunicar suas conclusões a partir da construção e análise de gráficos e de medidas descritivas.

Identificar os contextos em que técnicas de inferência estatística possam ser utilizadas e, por meio delas, julgar até que ponto os resultados obtidos em uma amostra podem ser extrapolados para uma população;

- gerenciar recursos - estabelecer objetivos e metas, planejar e priorizar ações, controlar o desempenho, alocar responsabilidades, mobilizar as pessoas para o resultado; - ter relacionamento interpessoal - usar de empatia e outros elementos que favoreçam a construção de relacionamentos colaborativos, que facilitem o trabalho em time e a efetiva gestão de conflitos;

- comunicar-se de forma eficaz - compartilhar ideias e conceitos de forma efetiva e apropriada à audiência e à situação, usando argumentação suportada por evidências e dados, deixando claro quando suportada apenas por indícios, com a preocupação ética de não usar dados para levar a interpretações equivocadas;

- aprender de forma autônoma - ser capaz de adquirir novos conhecimentos, desenvolver habilidades e aplicá-las em contextos novos, sem a mediação de professores, tornandose autônomo no desenvolvimento de novas competências ao longo de sua vida profissional.

A matriz curricular constante neste projeto para o curso Superior de Tecnologia em Gestão de Cooperativas foi construída a partir das orientações constantes nos seguintes documentos oriundos do Ministério da Educação: decreto nº 5.154/2004 que regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394/96, que dispõe os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no que concerne aos objetivos, características e duração, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação; Parecer CNE/CES nº 436/2002, aprovado em 2 de abril de 2001 que orienta os Cursos Superiores de Tecnologia; Parecer CNE/CP nº 29/2002, aprovado em 3 de dezembro de 2002 que dispõe das diretrizes curriculares nacionais gerais para a organização e o funcionamento dos cursos superiores em tecnologia; e Resolução CNE/CP nº 1/2021, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Profissional e Tecnológica.

O Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Cooperativas alinha-se às diretrizes do Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (MEC, 2016)[http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9 8211-cncst-2016-a&category_slug=outubro-2018-pdf-1&Itemid=30192] lá denominado Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Cooperativas. Do mesmo modo que o referido Catálogo, o Curso em pauta projeta, como perfil do egresso, profissional com capacidades para planejar e gerenciar atividades de cooperativas e seus respectivos negócios, desenvolvendo e incentivando diferentes atividades referentes ao associativismo, elaborando projetos comunitários e implantando diversos setores de uma cooperativa. Além disso, estará capacitado para avaliar e emitir parecer técnico na área.

Ainda que a ênfase recaia na formação de professionais para atuação na reforma agrária em virtude da oferta pelo Pronera, a formação ocorre em sentido amplo, voltada para a atuação no campo de cooperativas singulares, cooperativas centrais federações e confederações de cooperativas conforme prevê o Catálogo (MEC, 2016). O profissional pode atuar, também, em empresas de planejamento, desenvolvimento de projetos, assessoramento técnico e consultoria, em órgãos públicos com atividades relacionadas a cooperativas, no Sistema OCB/SESCOOP, em institutos e centros de pesquisa e instituições de ensino desde que atendendo a outros eventuais requisitos de formação específica quando requeridos por legislação vigente (MEC, 2016). Igualmente, o perfil do egresso alinha-se ao perfil de formação para o Curso de Graduação em Administração, uma vez expressando um conjunto coerente e integrado de conteúdos (saber), competências (saber fazer), habilidades (saber fazer bem) e atitudes (querer fazer) que incluem capacidades para a gestão de organizações coerentes com o ambiente profissional para o qual o egresso é preparado (RESOLUÇÃO Nº 5, DE 14 DE OUTUBRO DE 2021).

No âmbito interno, atente à RESOLUÇÃO CONSEPE Nº 048/2020 que trata sobre a política de melhoria da qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela UFRN, de 08 de setembro de 2020, pelo via do fortalecimento da missão institucional de educar, produzir e disseminar o saber universal, preservar e difundir as artes e a cultura, e contribuir para o desenvolvimento humano, comprometendo-se com a justiça social, a sustentabilidade socioambiental, a democracia e a cidadania (CONSEPE/UFRN, 2020 disponível em https://ufrn.br/resources/documentos/politicas/politica_de_Melhoria_da_Qualidade_dos_c ursos_de_Grad_e_Pos-graudacao.pdf).

A matriz curricular do Curso está estruturada de modo a contribuir para a formação de competências com visão geral da Administração e do universo das políticas públicas o que possibilita a concepção e implantação de projetos comunitários alinhados a tendências socioeconômicas e política-institucionais do Brasil contemporâneo, o que se realiza no primeiro bloco de conteúdos. Advém, então, conteúdos relacionados à formação técnica requerida para a gestão de cooperativas como marketing e mercados, gestão de pessoas, finanças, produção e logística e tecnologias digitais, sempre articulando teoria e prática. A articulação entre teoria-prática é quesito inerente à pedagogia da alternância, procedimento metodológico requerido nos cursos do Pronera, normatizada, no âmbito do Ministério da Educação, originalmente pelo PARECER CNE/CEB Nº: 1/2006, aprovado em 1/2/2006 (disponível em https://bit.ly/3gCea9v) com foco na aplicação da Pedagogia de Alternância nos Centros Familiares de Formação por Alternância (CEFFA). Na estrutura, não há prérequisitos, considerando o fato de que os conteúdos de cada módulos são independentes, ainda que sincronizados sob a forma de blocos de formação geral e técnica.

A oferta de nova turma do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Cooperativas pela UFRN, atende a necessidades de formação, em nível superior, de jovens e adultos da reforma agrária e agricultura familiar, formando-os e qualificando-os para atuação em organizações públicas e sociais a partir de habilidades e competências específicas da área de gestão, observadas peculiaridades, características e carências do estado, bem como especificidades do público a ser atendido. O Curso contribuirá, ainda, para a valorização de jovens e adultos assentados da Reforma Agrária, resgatando a autoestima, potencializando habilidades, respeitando referências culturais locais e zelando pelo meio ambiente, em sintonia com perspectivas de desenvolvimento sustentável dos assentamentos rurais e do Rio Grande do Norte.

O processo de acompanhamento e avaliação do Projeto Pedagógico do Curso será de forma contínua, tornando possível a identificação dos aspectos impulsionadores (acertos), assim como os restritivos (dificuldades) que naturalmente ocorram na implementação do projeto, objetivando com isso o redimensionamento de tais aspectos no sentido da melhoria contínua. Para alcançar esse intento, será realizado anualmente a Semana de Avaliação e Planejamento (SAP) do curso em acordo com a Resolução Nº 048/2020-CONSEPE, de 08 de setembro de 2020 que aprova a política de melhoria da qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação oferecidos pela UFRN.

Também será levado em conta no processo de avaliação do projeto pedagógico, as condições de infraestrutura para o funcionamento do curso e desempenho das atividades acadêmicas. Tendo em vista o entendimento aqui registrado de uma avaliação contínua e processual, importa dizer que outros modos de avaliação poderão ser definidos com base nas necessidades emergentes e evidenciadas por todos os atores envolvidos. Outrossim, registra-se que o acompanhamento e avaliação do PPC serão coordenados pelo Núcleo Docente Estruturante do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Cooperativas. Conforme atribuições definidas pela Resolução n° 124/2011- CONSEPE cabe ao Núcleo Estruturante do curso, conforme art. 2º:

I - contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso; II - propiciar meios de garantir a integralização curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de ensino constantes no currículo; III - indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão, oriundas de necessidades da graduação, de exigências do mercado de trabalho e afinadas com as políticas públicas relativas à área de conhecimento do curso; IV - estabelecer estratégias para o cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação.

A SAP contará com a participação de alunos e professores que atuam no curso. Envolverá ações decorrentes de autoavaliação, avaliações do curso, CPC entre outras. Estas ocorrerão de forma periódica de modo a servir como instrumento de aprimoramento para o curso. O acompanhamento tomará como referência também a percepção dos egressos das duas turmas formadas anteriormente.

O PPC a elaboração e implementação do Plano de Ação Trienal dos Cursos de Graduação (PATCG) à luz de tal plano serão desenvolvidas as ações didáticopedagógicas objetivando a formação do gestor de cooperativas. Semestralmente, durante a semana pedagógica, essas ações serão avaliadas conjuntamente pelos docentes e representação discente, sendo estabelecidas as repactuações de metas que se fizerem necessárias. No caso no caso de processos avaliativos, pretende-se estabelecer diálogos e cooperação entre o curso, a Comissão Própria de Avaliação – CPA e a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) por meio da Diretoria de Desenvolvimento Pedagógico (DDPed).

Pretende-se também a formação de uma comissão de avaliação para analisar, periodicamente, as dificuldades (infraestrutura, equipamentos, pessoal, problemas de gestão, metodologias adotadas, necessidades de capacitação etc.) para se propor soluções.

A avaliação do Projeto Pedagógico do Curso prevê ainda, a realização de Ações Acadêmico-Administrativas, em decorrência das autoavaliações e das avaliações externas (avaliação de curso, CPC e outras) como insumo para aprimoramento contínuo do planejamento do curso, com evidência da apropriação dos resultados pela comunidade acadêmica e existência de processo de autoavaliação periódica do curso. Será elaborado um instrumento para avaliar, perante os discentes, a atuação da coordenação nas diretrizes e execução das atividades pedagógicas e administrativas do Curso.

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