Proyecto Pedagógico del Curso

O egresso do curso de Licenciatura em Letras-Inglês deve ter a capacidade de reflexão crítica sobre temas e questões relativas aos conhecimentos linguísticos, literários, culturais e metodológicos que a atuação competente do profissional de línguas estrangeiras requer. Além do ensino, a pesquisa e a extensão deverão articular-se de forma dinâmica e orgânica no processo de sua formação. Independentemente de sua área de interesse, Língua inglesa (geral ou instrumental) e/ou Literatura em língua inglesa, o aluno de Letras-Inglês deverá:

. Ter domínio do uso da língua inglesa em termos de sua estrutura, funcionamento, manifestações culturais, e metodologias de ensino e pesquisa nessas áreas, e das variedades linguísticas, literárias e culturais;

. Estar apto a exercer a docência de Língua e Literaturas em língua inglesa na escola de ensino básico (pública ou privada) e/ou em escolas de idiomas; 

. Ter competência para desenvolver, em seus alunos, as habilidades de compreensão e produção oral e escrita em Inglês no ensino fundamental e médio;

. Ser capaz de ouvir, falar ler e escrever na forma culta da língua inglesa;

. Refletir teoricamente sobre literatura e cultura produzidas na língua inglesa nas diversas épocas e situações históricas de seu desenvolvimento;

. Fazer uso de tecnologias no ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras e compreender sua formação profissional como um processo ético, contínuo, autônomo e permanente.

Consoante as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior, deve-se dar especial prioridade, na formação do aluno, à sua docência na rede pública - “espaço privilegiado da práxis docente” (BRASIL, 2015, p. 8) -, já que, nessa área de atuação profissional, os recursos materiais e humanos são diferentes daqueles disponíveis ou disponibilizados na rede privada de ensino e/ou nas escolas de línguas. Providos de uma visão crítica das perspectivas teóricas adotadas nas investigações linguísticas, literárias e culturais, que fundamentam sua formação, o profissional de Letras-Inglês deve ser capaz de atuar no campo da pesquisa, quer pela condução de uma carreira acadêmica, nas etapas de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, quer nas linhas da teorização e da crítica literária, quer nas de pesquisa aplicada, produtora de materiais de apoio a todas as demais áreas de sua atuação.

No que tange ao campo de atuação do egresso de Letras-Inglês, diante da internacionalização da língua inglesa, o egresso do curso trabalhará, em especial, em instituições públicas e privadas de ensino, mas não se confinará a elas, pois poderá atuar em empresas, em de órgãos de pesquisa, firmas de tradução, estabelecimentos de divulgação cultural e editoras. Por conseguinte, poderá assumir as seguintes funções:

 Docente na rede pública e/ou privada;

 Tradutor de textos;

 Revisor de textos;

 Assessor e consultor de empresas;

 Produtor e divulgador dos saberes científicos e tecnológicos no âmbito educativo, escrevendo e elaborando artigos, teses, livros, pareceres e aulas;

 Instrumento social em programas de difusão da língua estrangeira nas escolas de ensino fundamental e médio, promovendo, assim, o aprendizado do idioma, elemento essencial num mundo globalizado. Portanto, o profissional de língua estrangeira, além de professor, formador de opinião, tradutor, consultor, assessor e revisor textual, terá a tarefa de propor à sua comunidade uma  mudança vital de consciência social, propondo a sua inserção em um mundo globalizado por meio da língua inglesa, estabelecendo e fundamentando um crescimento sustentável no padrão de empregabilidade de seus concidadãos e visando às necessidades do mercado que prioriza o pleno conhecimento da língua inglesa.

Em consonância com os objetivos geral e específicos do Curso de Licenciatura em Letras-Inglês anteriormente apresentados (seção 4.2), com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Letras (BRASIL, 2001) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (BRASIL, 2015), o licenciado em Letras-Inglês deverá se constituir como profissional de múltiplas competências, habilidades e atitudes desenvolvidas ao longo do Curso, listadas a seguir:

. Atuar de modo autônomo, criativo e flexível no ensino de língua inglesa e de literaturas em língua inglesa, entendendo-o não como mera transmissão do conhecimento, mas como construção do conhecimento em conjunto com os alunos;

. Descrever e analisar, diacrônica e sincronicamente, o uso da língua inglesa em termos de sua estrutura e funcionamento, no que diz respeito às características fonético-fonológicas, morfológicas, lexicais, sintáticas, semânticas, textuais, pragmáticas e discursivas de suas múltiplas variedades;

. Ter domínio do uso da língua inglesa, nas suas manifestações oral e escrita, em termos de recepção e produção de textos, na perspectiva multidisciplinar dos diversos saberes que compõem a formação universitária em língua inglesa;

. Analisar criticamente textos literários e identificar relações de intertextualidade, interdiscursividade e dialogismo entre obras da literatura em língua inglesa e/ou entre obras da literatura em língua inglesa e a literatura nacional ou universal;

. Relacionar o texto literário com os problemas e concepções dominantes na cultura do período em que foi escrito e com os problemas e concepções do presente;

. Identificar relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com os contextos em que se inserem;

. Observar as linguagens, especialmente a verbal, como fenômeno social, psicológico, educacional, histórico, cultural, político e ideológico, percebendo seu papel fundamental nas relações de interação em sociedade; 26

. Refletir criticamente sobre as perspectivas teóricas adotadas nas investigações linguísticas e literárias, que fundamentam a formação do profissional de Letras;

. Ser capaz de elaborar trabalhos de pesquisa em língua e literatura, numa articulação coerente entre métodos, fontes e bibliografia, observando fatos linguísticos e literários, identificando problemas e analisando-os, descrevendo-os e explicando-os, por meio de elaboração de hipóteses para a sua possível solução;

. Estar apto a desenvolver pesquisas nas áreas de literatura (comparada), língua inglesa, metodologia do ensino de língua estrangeira ou em linhas de pesquisa correlatas;

. Buscar constantemente conhecimento sobre os rumos que as disciplinas de língua e literatura tomam no plano teórico e da pesquisa efetiva, para inteirar-se quanto às novas problemáticas, métodos e abordagens;  Estimular a atividade da pesquisa em suas diversas possibilidades, incluindo aí o trabalho interdisciplinar, ou seja, na interseção com outras disciplinas;

. Relacionar, interdisciplinarmente, na prática da pesquisa e do ensino, quando necessário, a linguística e/ou a literatura ao conjunto das demais disciplinas;

. Formar leitores e produtores críticos de textos de diferentes gêneros e registros linguísticos;

. Ser especialmente competente para promover o desenvolvimento das habilidades de leitura e compreensão textual dos alunos, conforme exigido nos documentos oficiais que norteiam/orientam o ensino de língua estrangeira no Ensino Fundamental e Médio;

. Ter domínio de métodos e técnicas pedagógicas que permitam a transposição dos saberes para os diferentes níveis de ensino, produzindo material didático quando necessário e valendo-se, em sala de aula, de tecnologias da informação e da comunicação (televisão, internet, cinema, vídeo, etc.) e de estratégias e materiais de apoio inovadores;

. Sair preparado para a docência de língua estrangeira tanto na escola pública como na privada;

. Fazer uso de tecnologias de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras;

. Avaliar criticamente a própria atuação e o contexto em que atua e saber interagir cooperativamente com a comunidade profissional a que pertence;

. Manter uma postura ética como profissional de Letras, a que dever somar-se, como educador, o compromisso com a formação do aluno, na sua totalidade indissociável de ser intelectual e humano;

. “Identificar questões e problemas socioculturais e educacionais, com postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, a fim de 27 contribuir para a superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas, de gênero, sexuais e outras” (BRASIL, 2015, p. 10);  “Demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza ambientalecológica, étnico-racial, de gêneros, de faixas geracionais, de classes sociais, religiosas, de necessidades especiais, de diversidade sexual, entre outras” (BRASIL, 2015, p. 10);

. Ter a capacidade de resolver problemas, tomar decisões, trabalhar em equipe e utilizar a língua dentro da perspectiva multidisciplinar dos diversos saberes que compõem a formação universitária em Língua Estrangeira Moderna;

. Contribuir para a elaboração do projeto educativo e curricular da escola em que trabalha, reconhecendo as especificidades culturais e individuais de seus alunos para selecionar conteúdos e abordagens adequadas;

. “Atuar na gestão e organização das instituições de educação básica, planejando, executando, acompanhando e avaliando políticas, projetos e programas educacionais” (BRASIL, 2015, p. 10);

. “Participar da gestão das instituições de educação básica, contribuindo para a elaboração, implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico” (BRASIL, 2015, p. 10).

Esta seção tem o objetivo de apresentar como a matriz curricular do curso de LetrasInglês está estruturada, resultado da concepção de curso proposta, que tomou como base as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Letras (BRASIL, 2001) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (BRASIL, 2015). Para tal, metodologicamente, foram articulados eixos que nortearam a sua organização e estruturação. Segundo a Resolução CNE/CP 2/2015, Art. 13, § 4º “[o]s critérios de organização da matriz curricular, bem como a alocação de tempos e espaços curriculares, se expressam em eixos em torno dos quais se articulam dimensões a serem contempladas” (BRASIL, 2015, p. 11). É importante a menção de que esses eixos, apesar de serem apresentados separadamente, dialogam entre si. Eles são: eixo de estruturação do curso, eixo de conhecimentos específicos da formação docente, eixo da interdisciplinaridade, eixo de articulação teoria-prática, eixo da flexibilização, eixo da transversalidade e eixo de autonomia intelectual e profissional.

O Art. 15 do Regulamento dos cursos regulares de graduação da UFRN declara que o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) é “condição indispensável à criação, estruturação e funcionamento do “curso de graduação” (UFRN, 2013, p. 4). Segundo o § 1º do referido artigo, o PPC deve ser aprovado pelo colegiado do curso, pelo conselho do centro (no nosso caso, o CONSEC do CCHLA), pela Câmara de Graduação e pelo pleno do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE). Entretanto, a sua aprovação não elimina a necessidade de constante avaliação do projeto. No Art. 15 § 2º, lemos: “O projeto pedagógico é passível de ajustes, sempre que a dinâmica da formação proposta pelo curso assim o exigir” (UFRN, 2013, p. 4).

Segundo o Art. 10 do Regimento Geral da UFRN, cabe ao colegiado do curso “IIIelaborar o projeto político-pedagógico do Curso; IV – aprovar o projeto político-pedagógico do Curso; V - acompanhar, avaliar e aperfeiçoar o projeto político-pedagógico do Curso” (UFRN, 2002, p. 3). Percebemos, portanto, que é o mesmo órgão deliberativo, o Colegiado, o responsável por acompanhar o desenvolvimento do projeto do curso, bem como avaliá-lo. Entretanto, apesar de essas atribuições serem destinadas aos membros do Colegiado do Curso, o Art. 1º da Resolução nº 124/2011-CONSEPE, de 06 de setembro de 2011, que dispõe sobre 68 as atribuições e critérios de constituição do Núcleo Docente Estruturante (NDE) de Cursos de Graduação, declara que os membros do NDE devem ser atuantes “no processo de concepção, consolidação e atualização contínua do projeto pedagógico do curso” (UFRN, 2011, p. 1).

É possível concluir, dessa forma, que ambos os documentos apontam para a necessidade de uma avaliação constante do Projeto Pedagógico do Curso por meio do seu Colegiado e NDE. Vale ressaltar que o primeiro Colegiado do curso de Letras-Inglês foi criado e homologado pela Portaria nº 143/2016-CCHLA, de 04 de outubro de 2016. Esse colegiado, em sua primeira reunião ordinária, no dia 13 de outubro de 2016, escolheu os membros do primeiro NDE. Essa eleição foi homologada pela Portaria nº 148/2016-CCHLA, de 14 de outubro de 2016. Segundo o Art. 60 do Regimento Geral da UFRN o “Colegiado de Curso de Graduação se reúne: I - ordinariamente, duas vezes em cada período letivo, convocado pelo seu presidente, para planejamento e avaliação de atividades didáticas; II- extraordinariamente, quando convocado por seu presidente” (UFRN, 2002, p. 12). Já a Resolução nº 124/2011- CONSEPE, que versa sobre o NDE, não estipula periodicidade das reuniões dos sues membros. Entretanto, faz-se necessário que o NDE se reúna, minimamente, duas vezes por semestre para o acompanhamento e avaliação do PPC e, com maior frequência, quando em processo de reformulação e/ou atualização. A partir das discussões pelos membros do NDE, reuniões no Colegiado podem ser pedidas à Coordenação do Curso para que os temas em pauta possam ser discutidos por todos os membros do colegiado e/ou do curso.

Além do acompanhamento e da avaliação do PPC pelo Colegiado e NDE, a avaliação do curso e do seu projeto também é feita de forma interna, por meio das autoavaliações, e de forma externa, por meio do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE). Em relação às autoavaliações, elas acontecem em conjunto e sob a coordenação da Comissão Própria de Avaliação (CPA). A CPA, em reunião com a coordenação do curso, delineia a Proposta de avaliação. Com base em dados da Pró-Reitoria de Planejamento e Coordenação Geral (PROPLAN) – dados quantitativos e indicadores, como taxa de sucesso na graduação, matrícula, índice de qualificação do corpo docente, reprovação, abandono e outros dados necessários –, e de um roteiro qualitativo, elaborado pela CPA, tendo como referência o Projeto Pedagógico do Curso, criam-se oficinas de autoavaliação para professores e alunos, separadamente, com duração prevista de 2 horas de atividades. A partir dessas oficinas, a CPA elabora relatórios com os depoimentos dos professores e alunos, destacando as convergências e divergências encontradas. Por fim, é realizada uma oficina conjunta com professores e alunos, a fim de que seja apresentado o relatório parcial do processo de 69 autoavaliação (com bases nas oficinas com os professores e alunos) e sejam apresentadas e discutidas propostas para a melhoria do curso. Após a apresentação, discussão e aprovação das propostas no Colegiado, é elaborado um relatório final pela Coordenação e membros do Colegiado do curso, que é publicado como autoavaliação do curso. Todos os documentos referentes à autoavaliação (procedimento, roteiro, etc.) são encontrados no site Avaliação Institucional (http://www.avaliacao.ufrn.br/documentos.php).

No que tange ao ENADE, Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o exame “avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação, em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e competências adquiridas em sua formação” (INEP, 2015). Em relação ao ENADE pelos alunos do curso de Letras-Inglês, é importante lembrar que 19 (dezenove) alunos de curso foram submetidos a essa avaliação em 2014. Instigados pela PROGRAD, o Colegiado criou uma Comissão no dia 13 de outubro de 2016 para um acompanhamento do ENADE. Essa comissão analisou as respostas dadas pelos alunos no Questionário do Estudante, no Questionário das Licenciaturas, no Questionário da Percepção da Prova e na prova em si. Com base nessa análise, criaram um texto reflexivo-analítico, que buscou apontar as conquistas e os desafios do curso, bem como um plano de ação para enfrentamento desses desafios. Vale ressaltar que, apesar de essa ser a primeira vez que alunos de Letras-Inglês fizeram o ENADE, eles obtiveram nota máxima 05 (cinco). Diante do importante papel que esses documentos têm no que tange à avaliação do próprio curso a partir do olhar do aluno, serão sempre constituídas comissões de acompanhamento de ENADE antes de os alunos fazerem o exame e responderam ao Questionário do Estudante e após a sua execução, por meio da análise das suas respostas no questionário e na prova de conteúdos.

Ademais, o Colegiado do Curso, por meio da sua Coordenação, pode solicitar os resultados das avaliações feitas pela Comissão Própria de Avaliação – CPA, a fim de levá-los a reuniões ordinárias do Colegiado para discussão das conquistas e dos desafios do curso, com vistas a estabelecer um diálogo entre esses desafios e o que está proposto no PPC do Curso. Dessa forma, o PPC, não visto como um produto fixo, mas como um em constante mudança, pode ser avaliado a partir desses instrumentos de avaliação do curso.

Descarga de Archivos
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa07-producao.info.ufrn.br.sigaa07-producao