Course Pedagogical Project

Considerando o disposto no Parecer CNE/CES nº. 492/2001 e Resolução CNE/CES nº. 14/2002, ambos do Ministério da Educação (MEC), o perfil do profissional egresso do Curso de Bacharelado em Geografia compreende: um profissional capaz de atuar de forma ética, com respeito a diversidade sociocultural e ambiental, pautado na busca de soluções das demandas existentes na sociedade, no que se refere ao emprego de suas competências de formação em estudos, projetos, relatórios e auditorias do meio natural e/ou construído, lastreados em metodologias científicas.

Conforme disposto no Parecer CNE/CES nº. 492/2001 e Resolução CNE/CES nº. 14/2002, do MEC, as competências e habilidades do profissional formado em Geografia são:

 

Gerais

a.    Identificar e explicar a dimensão geográfica presente nas diversas manifestações do conhecimento;

b.      Articular    elementos     empíricos    e     conceituais,     concernentes        ao conhecimento científico dos processos espaciais;

c.   Reconhecer as diferentes escalas de ocorrência e manifestação dos fatos, fenômenos e eventos geográficos;

d.    Planejar e realizar atividades de campo referentes à investigação geográfica;

e.   Dominar técnicas laboratoriais concernentes a produção e aplicação do conhecimento geográfico;

f.   Propor e elaborar projetos de pesquisa e executivos no âmbito de área de atuação da Geografia;

g.  Utilizar os recursos da informática;

h.    Dominar a língua portuguesa e um idioma estrangeiro no qual seja significativa a produção e a difusão do conhecimento geográfico;

i.       Trabalhar     de     maneira     integrada     e     contributiva     em       equipes multidisciplinares.

 

Específicas

A) Identificar, descrever, compreender, analisar e representar os sistemas naturais, a saber:

  • os       componentes       geológicos,       geomorfológicos,           climáticos, hidrológicos e pedológicos naturais e/ou modificados;
  • a dinâmica e distribuição dos recursos naturais;
  • os componentes do meio biogeográficos, por meio de análises de dados e informações;
  • a dinâmica dos domínios naturais e prognósticos de mudanças naturais e/ou antrópicas.

 

B) Identificar, descrever, analisar, compreender, explicar e propor soluções as diferentes práticas e concepções concernentes ao processo de produção do espaço, a saber:

  • os   arranjos   antropogeográficos   no    processo   de    construção        e produção do espaço;
  • vínculos    existentes     entre     a    (re)produção    do    espaço     e                    as intencionalidades dos atores sociais;
  • o processo histórico de urbanização-industrialização na efetivação do arranjo territorial;
  • a questão agrária no conjunto do processo de reprodução social;
  • questões econômicas e de serviços.

 

C) Utilizar as linguagens científicas mais adequadas para tratar a informação geográfica, considerando suas características e o problema proposto, a saber:

  • Ler, analisar e interpretar produtos de sensoriamento remoto e de sistemas de informação geográfica, e outros documentos cartográficos e matemático-estatísticos;
  • Tratar a informação geográfica, utilizando procedimentos cartográficos, matemático-estatísticos, de processamento digital de imagem e de sistemas de informação geográficas;
  • Construir documentos cartográficos e matemático-estatísticos, bem como repensar a informação geográfica em linguagem matemático-estatística.
  • Elaborar documentos voltados ao ordenamento e gestão territorial de natureza urbana-ambiental, tais como: Relatórios e Estudos de Avaliação Ambiental, Auditorias e Perícias Ambientais e Socioespaciais e Licenciamentos Urbano-Ambientais.

A metodologia norteadora da operacionalização do curso, firma- se no princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, conforme disposto na Constituição Federal: Art. 207 “as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”.

Concomitantemente com atendimento das novas demandas metodológicas do ensino superior, a reformulação do PPC busca atender as mudanças introduzidas pelo MEC e referendadas no Regulamento dos Cursos Regulares de Graduação da UFRN (Resolução nº 037/2019 – CONSEPE), bem como a Resolução nº 181/2017 - CONSEPE que estabelece a Política de Melhoria dos Cursos de Graduação.

Assim sendo, os discentes do Curso de Bacharelado em Geografia serão informados, nos primeiros semestres do curso, da necessidade de participar dos três pilares: ensino, pesquisa e extensão, desenvolvendo as atividades ofertadas pela universidade. Ao mesmo tempo, a atuação profissional dos Geógrafos demanda o domínio de competências que devem ser desenvolvidas nas três dimensões, as quais formam a base da formação superior no Brasil.

No que tange à pesquisa, a maioria dos professores do curso atuam na pós-graduação e já envolvem bolsistas e alunos no ensino da graduação, conforme estabelecido no Plano de Ação Trienal do Curso a necessidade de envolver os alunos que estão fazendo trabalho de final de curso na elaboração de dissertações e teses do Programa de Pós- Graduação em Geografia da UFRN. A coordenação do curso, junto aos representantes dos alunos e demais professores, fazem um trabalho de incentivo aos discentes para que estes participem dos grupos de pesquisa e do PET da Geografia. Bem como, os professores desenvolvem trabalhos nas disciplinas que acabem sendo publicados na CIENTEC, em outros eventos científicos e em revistas.

A execução dos conteúdos programáticos encontra-se lastreada nas exigências da lei 6.664/79 - que disciplina a profissão de Geógrafo e dá outras providências e sua posterior alteração através da lei 7.399/85, decreto Nº 85.138/80 que regulamenta a profissão, nos instrumentos normativos e deliberativos do Sistema Confea/Crea, e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de bacharelados, nos pareceres CNE/CES nº 492/2001 e nº 1363/2001.

De forma a facilitar a abordagem metodológica os conteúdos das disciplinas foram divididos em três áreas temáticas: Geografia Humana, Geografia Física e Geomática. 

O conjunto das ementas dos componentes curriculares foi desenvolvido no âmbito de cada área temática e apresentado na plenária do departamento para que docentes e representantes dos alunos pudessem contribuir com sugestões, de forma a possibilitar a interdisciplinaridade, acessibilidade metodológica, evidenciando a articulação da teoria com a prática. Quanto a compatibilidade da carga horária total em horas-relógio, essa é feita pelos docentes no momento do planejamento das disciplinas em cada semestre.

 1. Geografia Humana

O conteúdo relacionado à Geografia Humana, abrange os componentes obrigatórios: Introdução à Geografia, Formação Econômica e Territorial do Brasil, Epistemologia da Geografia, Metodologia do Trabalho Científico, Geografia Cultural, Geografia Urbana, Geografia da População, Planejamento Territorial, Geografia Agrária, Geografia Política, Planejamento Territorial, Trabalho de Conclusão de Curso, Campo em Geografia Humana, Prática em Planejamento Territorial. Ao mesmo tempo, o curso disponibiliza e oferta um conjunto de componentes optativos, buscando flexibilizar a formação dos discentes.

O conjunto de componentes dessa área temática vincula-se às habilidades e competências no que tange identificar, descrever, analisar, compreender, explicar e propor soluções às diferentes práticas e concepções concernentes ao processo de produção do espaço. Bem como, utilizar as linguagens científicas mais adequadas para tratar a informação geográfica, considerando suas características e o problema proposto.

  •   Metodologia de Ensino

As disciplinas de Geografia Humana ministradas no bacharelado são de caráter expositivo dialogadas, envolvendo a problematização de conteúdos sistematizados ao longo das aulas com vistas a promover reflexões críticas. Além disso, o professor pode adotar diferentes estratégias metodológicas como facilitadoras do processo de ensino- aprendizagem, a exemplo de: world café, discussões, debates, seminários, atividades práticas (nos laboratórios de informática ou por meio da elaboração e execução de pesquisas de campo). No que concerne a avalição, será composta por três notas, as quais considerem, pelo menos, uma prova escrita, ficando as demais a critério de cada professor.

  •  Práticas de Campo

As aulas de campo vinculadas às disciplinas da Geografia Humana, buscam compreender como a sociedade se organiza no espaço-tempo e suas dinâmicas, sendo seu resultado expresso no território. O trabalho de campo não é exclusividade dos Geógrafos, mas estes dominam conhecimentos dos lugares, sendo necessário para compreendê-los a vivência com eles (KAISER, 2006). Ao mesmo tempo, a prática de campo aproxima os discentes da realidade concreta, onde além da observação e descrição, o mundo real é apreendido por meio de técnicas como entrevistas, aplicação de questionários, grupos focais ou mesmo através da observação direta. 

  •  Práticas de Laboratório

As atividades laboratoriais em Geografia Humana buscam tratar e analisar dados primários, coletados em campo pelo discente, e dados secundários, como bancos de dados disponibilizados por instituições governamentais oficiais: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e outros. Para tanto, a área demanda o uso do laboratório de informática com seus computadores e softwares (Philcartho, GvSIG, QGIs, entre outros) para processamento de dados em planilhas e em mapas.

Atualmente a representação cartográfica dos dados sociais é uma das principais ferramentas na formação dos geógrafos.

 2.  Geografia Física

O conteúdo relacionado à Geografia Física, abrangem os componentes obrigatórios: Geologia geral, Meteorologia e Climatologia, Climatologia Sistemática, Geomorfologia Geral, Geomorfologia Climática, Biogeografia, Pedologia, Hidrologia, Sistemas Geoambientais, Bacias Hidrográficas, Planejamento Ambiental, Gestão Ambiental, Atividade de Campo em Geografia Física.

Além das disciplinas obrigatórias o curso oferta regularmente um conjunto de componentes optativos de forma a permitir aos discentes a possibilidade de aprofundamento nos diferentes campos de estudo da Geografia Física.

O conjunto desses componentes estão diretamente relacionados às competências e habilidades para identificar, descrever, compreender, analisar e representar os sistemas naturais. Bem como, utilizar as linguagens científicas mais adequadas para tratar a informação geográfica, considerando suas características e o problema proposto.

  •  Metodologia de Ensino

A metodologia utilizada nessas disciplinas envolve a apresentação dos aspectos teóricos, práticos e metodológicos, com aulas expositivas e dialogadas, interativas e práticas. Para tanto, serão utilizadas ferramentas computacionais, projetores e smartphones de forma a valorizará o embasamento teórico e metodológico, que sustenta cada tema. Ao mesmo tempo, buscar-se-á junto aos alunos, desenvolver competências e habilidade de raciocínio crítico e historicizado envolvendo o estado da arte da temática em cada disciplina.

Todas as disciplinas obrigatórias estão organizadas com um programa detalhado, com indicação da literatura básica e complementar, elas servirão de base para que os alunos possam acompanhar e estabelecer relações entre conteúdos teóricos e práticos.

  •  Atividade de Campo

A atividade de campo, ou aula de campo conforme destaca Conti (2010) é uma das principais ferramentas no processo de formação dos Geógrafos, sendo esse o principal laboratório de ensino e atividade prática da Geografia. Nessa perspectiva, o presente PPC identifica as disciplinas obrigatórias que terão aula de campo.

Os componentes obrigatórios da Geografia Física que envolvem atividade de campo são: Geologia Geral, Climatologia Sistemática, Geomorfologia Geral, Geomorfologia Climática, Biogeografia, Pedologia, Hidrologia, Sistemas Geoambientais, Bacias Hidrográficas, Planejamento Ambiental, Gestão Ambiental, Atividade de Campo em Geografia Física. 

Cabe ressaltar, que no rol das disciplinas optativas há aquelas que também demandam a realização de trabalho de campo para atingir os objetivos didáticos-pedagógicos. Sendo que essas disciplinas trazem em sua ementa a descrição relacionada à prática de campo.

  •  Práticas de Laboratório

O Departamento de Geografia conta com cinco laboratórios que são utilizados com ensino: Laboratório de Ensino de Geografia, Laboratório de Cartografia (LABCART), Laboratório de Geoprocessamento (LABGEO), Laboratório Didático de Geografia Física e a Estação Climatológica. Além desses, no Departamento há os laboratórios de pesquisa e extensão que, também, são utilizados pelos professores para práticas de ensino: Laboratório de Geografia Humana (LPGH); Laboratório de Geografia física (LABGEOFIS); Laboratório de Processamento de Dados e Gestão Territorial (LAPROTER).

A utilização de laboratórios de pesquisa e extensão no ensino vai ao encontro do fortalecimento da integração entre pesquisa, ensino e extensão. Boa parte dos equipamentos utilizado no ensino foram adquiridos com recursos destinados à pesquisa. Sendo uma prática os docentes utilizarem projetos de pesquisa e/ou extensão como forma de ensino.

Ressalta-se, que uma mesma disciplina pode utilizar diferentes laboratórios ao longo de um semestre, considerando as distintas abordagens e amplitude do tema trabalhado. Dessa forma, o Departamento como um todo tem unido esforços para manter em funcionamento os laboratórios destinados ao ensino.

 3. Geomática

O conteúdo obrigatório relacionado à Geomática, abrange os componentes obrigatórios: Estatística Aplicada à Geografia, Cartografia Geral, Cartografia Temática, Sensoriamento Remoto, Geoprocessamento. Em consonância com a flexibilização da formação, o curso oferta um conjunto de componentes optativos que estão voltados ao aprofundamento dos conhecimentos cartográficos, topográficos e processamento de dados em ambiente SIG.

No que tange às competências e habilidades, os componentes dessa área temática instrumentalizam os alunos no levantamento e processamento de dados das áreas física e humana. Dessa forma, esses componentes habilitam o discente a identificar, descrever, compreender, analisar e representar os sistemas naturais; identificar, descrever, analisar, compreender, explicar e propor soluções às diferentes práticas e concepções concernentes ao processo de produção do espaço. Bem como, utilizar as linguagens científicas mais adequadas para tratar a informação geográfica, considerando suas características e o problema proposto.

  • Metodologia de Ensino

Os componentes da Geomática têm um caráter técnico, sua execução é realizada de forma mais prática. Dessa forma, a metodologia utiliza a apresentação dos aspectos teóricos  iniciais, seguido de uma aplicação prática, com o desenvolvimento de técnicas voltadas para a coleta e processamento de dados geográficos de forma analógica e/ou em ambiente computacional.

  • Práticas de Campo

As atividades em campo estão relacionadas ao emprego da bússola para orientação, coleta de dados com equipamentos topográficos tais como trena, estação total, nível topográfico e receptores GNSS, bem como, dados estatísticos secundários para confecção de mapas temáticos.

  •  Práticas de Laboratório

As atividades práticas em laboratório compreendem grande parte da carga horária dos componentes dessa área temática. As aulas são realizadas nos laboratórios de cartografia e geoprocessamento, com a utilização de computadores, softwares e smartphones. As atividades em Geomática configuram-se como a produção de informações espaciais por meio de banco de dados estruturados. Tal ação necessita de ambiente laboratorial com número de computadores adequados para uma turma de discentes. Neste sentido, em geral, são ofertados por laboratório em torno de 20 computadores, portanto, o número de vagas das turmas de geomática estão vinculadas a disponibilidade de infraestrutura.

Além do aparato digital, os alunos são capacitados na leitura e medições em cartas e mapas analógicos, atividade que necessita de ferramental adequado, tais como: compassos, transferidores, escalímetros e estereoscópios. Neste sentido, o número de discentes por turma, também é vinculado a disponibilidade destas ferramentas.

 

    Execução da Extensão

No tocante a extensão, o presente Projeto Pedagógico adota o estabelecido na Resolução Nº 038/2019 - CONSEPE, de 23 de abril de 2019, que regulamenta a inserção curricular das ações de extensão universitária nos cursos de graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Para tanto foram estabelecidos componentes que terão sua carga horária total voltada para extensão, bem como inserção de horas em componentes que permitem atividades desenvolvidas nos moldes da extensão.

O quadro 05 apresenta os componentes optativos que terão, sua carga horária sendo realizada como extensão.

 Quadro 05 – Dimensões Optativas 

Dimensão

Componente Curricular

(Código/Nome)

CH do

componente

CH de extensão

Extensão

DGE0239 Avaliação de Impactos

Ambientais

60h

30h

Extensão

DGE0245 Gestão do Território

60h

15h

Extensão

DGE0246 Geografia e Movimentos

Sociais

60h

30h

Extensão

DGE0124 Geografia do Rio Grande do

Norte

60h

15h

Extensão

DGE0150 Geografia e Turismo

60h

30h

Extensão

DGE0224 Meio Ambiente e

Desenvolvimento

60h

60h

Extensão

DGE0210 Educação Ambiental

60h

60h

Extensão

DGE0240 Geodiversidade

60h

30h

Extensão

DGE0250 Topografia e Geodésia

60h

15h

Extensão

DGE0152 Ecoturismo

60h

30h

Extensão

DGE0219 Geografia do Ambiente

Costeiro

60h

15h

Extensão

DGE0244 Riscos Ambientais

60h

30h

Extensão

DGE0243 Gestão de Recursos Hídricos

60h

15h

Extensão

DGE0247 Geografia Rural

60

15h

Extensão

DGE0253 Estágio Profissional em

Geografia

100h

100h

Carga horária total

940h

490h

Considerando a natureza de aplicação dos conhecimentos produzidos ao longo do curso, bem como o trabalho de orientação individual dos alunos, o estágio profissional em Geografia, dentre os componentes optativos terá 100% da sua carga horária sendo  executada como extensão.

A execução da carga horária de extensão será sistematizada por meio de uma resolução do colegiado do curso, que normatizará as ações de extensão dentro dos componentes curriculares, em consonância com o planejamento trienal do Curso e do Departamento.

 

  Metodologia Inovadora de Ensino

Visando proporcionar uma formação onde teoria e prática possam ser desenvolvidas em conjunto, o curso prevê que os componentes curriculares tenham momentos de prática, sendo esse viés contido em 31 das 33 disciplinas. Ou seja, apenas dois componentes têm uma carga horária apenas teórica.

Os componentes que têm uma carga horária prática serão executados com base em metodologias ativas, com a realização de levantamentos e descrições técnicas de áreas e/ou temas escolhidos pelos docentes, de forma a permitir que os discentes desenvolvam a capacidade de leitura e interpretação dos fenômenos geográficos.

Esses levantamentos e descrições técnicas envolvem a caracterização dos recursos naturais, condições sociais, de infraestrutura e serviços, dentre outros; abrangendo ainda o processamento de dados de bancos de órgãos oficiais e de trabalho de campo, com posterior tratamento em práticas de laboratório. Dentre os principais órgãos que disponibilizam bancos de dados que podem ser utilizados no curso, citam-se:

  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, com dados populacionais, econômicos e de recursos naturais;
  • Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA, que fornece dados econômicos para diversas atividades no Brasil;
  • Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, com imagens de satélite e dados climáticos;
  • Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, fornecendo dados climáticos;
  • DATASUS, fornecendo diferentes dados sobre a saúde do Brasil;
  • Serviço Geológico do Brasil – CPRM, com o fornecimento de dados geológicos;
  • Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, com informações sobre biomas;
  • United State Geological Survey – USGS, com dados de recursos naturais de todo o planeta;
  • Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços
  • MDIC, com dados sobre comércio exterior.

A proposta parte da ideia de construção da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), sendo que o problema de partida ou a descrição do fenômeno a ser investigado pode ter, ao mesmo tempo, um viés científico e/ou aplicado. Essa mesma estrutura poderá utilizar a Aprendizagem Baseada em Projetos (APP), onde os discentes através da orientação do docente partindo de um problema ou uma questão desafiadora, buscam resposta para a questão inicial, articulando os diferentes campos de conhecimento da Geografia, associada ao emprego de técnicas estatísticas e do geoprocessamento de forma a se chegar à solução da questão proposta, podendo ter o produto final a característica de uma proposta de intervenção. A problematização decorrerá dos conteúdos já trabalhados ao longo do curso.

  • A construção do problema/descrição do fenômeno a ser investigado demanda leitura da realidade, sendo que essa leitura só é possível mediante a utilização de lentes, aqui consideradas como as teorias, metodologias e técnicas. A realidade constitui toda a tessitura geográfica, composta pelos fenômenos do meio físico e social.
  • Para enxergar a realidade/intersubjetividade é preciso trabalhar com dados, esses dados são oriundos de diferentes órgãos da iniciativa pública e privada, podendo ser nacionais ou internacionais, variando da escala do lugar ao global. Alguns bancos de dados que podem ser utilizados foram listados acima. Outra fonte de informação é a coleta de dados primários, através dos trabalhos de campo e análise laboratorial (solos, sedimentos, etc).
  • O processamento dos dados demanda o uso dos laboratórios de tratamento da informação geográfica, especialmente os de Geoprocessamento e os de Ensino de Geografia Física e Humana. É nos laboratórios que os dados primários e secundários serão processados, construindo-se modelos quantitativos e qualitativos da realidade.
  • O processo de modelização da realidade/redução fenomenológica, envolve a transformação dos dados em tabelas, gráficos, cartogramas temáticos e mapas, dentre outros, e em produtos que possam representar a realidade geográfica.
  • Com base nos modelos é possível realizar análises e simulações, gerando debates mediados pelos principais conceitos da Geografia: espaço, lugar, região, paisagem, rede, escala, estudos dirigidos, seminários ou grupos de estudo, artigos acadêmicos.
  • Respaldados pela análise é possível utilizar a metodologia do Design Thinking, onde a identificação do problema leva a proposição de uma solução, usando um pensamento visual que poderá ser um organograma sintetizador de ideias ou um modelo espacializado na forma de cartograma ou mapa. Os alunos, acompanhados pelo professor, apresentam um conjunto de estratégias identificando fragilidades e propondo melhorias, de forma a promover a inovação e a criatividade.
  • Por fim, com os alunos compreendendo a realidade, visualizando problemas, soluções e potencialidades, será possível a sugestão de intervenções/soluções de planos, programas e projetos que possam contribuir para a sociedade, dentro do escopo de atuação dos Geógrafos.

Para tanto, o NDE do curso acompanhará e recomendará aos docentes do curso a adoção da metodologia de problematização, aqui mencionada, sugerindo a utilização de termos de referência de estudos ambientais, estudos urbanos e outros documentos de mesma natureza, para a realização de práticas de levantamentos e descrições dos recursos naturais, conjunturas sociais, dentre outros.

Ao mesmo tempo, faz-se necessário pensar que metodologias inovadoras de ensino na formação de bacharéis em Geografia, perpassa necessariamente pelo entendimento da natureza escalar dos fenômenos geográficos, onde tempo e espaço constituem a base da problematização dos temas analisado.

Por outro lado, o presente PPC apresenta em sua estrutura curricular um menor número de pré-requisitos, flexibilizando o curso, contribuindo para diminuir o número de alunos retidos nos semestres finais. Essa ação, além de possibilitar uma melhoria no índice de sucesso do curso, diminuirá a demanda por estudos individualizados, especialmente no segundo semestre. Concomitantemente, está prevista uma carga horária de 1.960h de componentes optativos o que permitirá aos discentes a direcionamento de sua própria formação. Essa metodologia irá se aplicar especialmente ao conjunto de componentes que tem carga horária prática.

Ao mesmo tempo, com a implantação do estágio não-obrigatório os discentes poderão colocar em prática o cabedal de conteúdos teóricos vistos em sala e em trabalho de campo, em uma ampla variedade de aplicação nos diferentes setores da iniciativa pública e privada. Por outro lado, o curso incentiva os alunos a produzirem um TCC voltado para a solução de problemas práticos e que tenha potencial de responderem a demandas sociais.

 

Uso de Tecnologias de Informação e Comunicação

Hodiernamente a atuação profissional do Geógrafo é baseada  na representação espacial de dados e informações, para tanto utiliza-se de Sistemas de Informações Geográficas (SIGs), instalados em computadores, para elaboração de bancos de dados e representação cartográfica de informação. Dessa forma, os alunos terão desde o primeiro semestre do curso, disciplinas voltadas para o uso da cartografia e SIGs, sendo que o processamento ocorre em ambiente digital.

É importante ressaltar, que o uso de SIG’s e de outras Geotecnologias estão em consonância com o que há de mais inovador no que diz respeito as tecnologias de informações aplicadas a geografia. Mesmo com gênese dos SIG’s na década de 1980, e se popularizado fortemente na década de 1990, a recente evolução tecnológica, permitindo computadores com maior capacidade de processamento dados, e a produção de novos equipamentos para coleta de dados geoespaciais, tais como aparelhos de Sistema de Navegação Global por Satélite (GNSS) e Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT’s), faz com que, a cada momento surjam novos produtos e aplicações tecnológicas que podem ser apropriados pela Geografia para análise de fenômenos espaciais. Para tanto, o curso dispõe de um laboratório de geoprocessamento equipado com computadores e pretende equipar o laboratório de cartografia com computadores.

Além do uso de SIGs, o curso trabalho com sistemas de coleta de dados em campo, como GNSS, estação total e aplicativos para smartphone. Os aplicativos funcionam com metodologias da Geografia, empregadas na execução do trabalho de campo. Sendo essa atividade o grande laboratório prático da formação do geógrafo.

Quanto à acessibilidade digital e comunicacional, entre docentes e discentes, com a possibilidade de acesso a materiais e recursos didáticos a qualquer hora e lugar, o curso utiliza plataforma digital e online do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas – SIGAA, da UFRN. Nele professores, técnico-administrativos e setores institucionais podem manter uma comunicação rápida e direta com os(as) alunos(as), sendo uma ferramenta eficiente para uso metodológico no ensino-aprendizagem através das diversas ferramentas que o sistema oferece (agenda, cronograma de atividades, notas e frequências, porta-arquivos, chats, sala virtual, fóruns, etc.). Cabe mencionar, também, que os discentes que necessitarem de computador podem utilizar os disponibilizados na Biblioteca Setorial do CCHLA, bem como na Biblioteca Central Zila Mamede.

 

 Formação profissional voltada para o mercado de trabalho

Buscando atender a ampla gama de atividades que podem ser desenvolvidas    pelo    Geógrafo,    o    presente    PPC    implementa    uma reformulação    nos    componentes    obrigatórios,    onde    destaca-se     a existências de cinco disciplinas voltadas para o planejamento e gestão ambiental e territorial, a saber: DGE0194  Planejamento                                                                                                                             Territorial, DGE0196 Análise Regional em Geografia, DGE0199 Gestão Ambiental, DGE0237 Práticas em Planejamento Territorial.

Um outro viés abordado, está relacionado a melhoria na formação dos discentes, no que tange à produção de mapas e manuseio de Sistemas de Informações Geográficas. É sabido que, hodiernamente, o mercado de trabalho demanda profissionais que tenham a capacidade de levantar, analisar e representar cartograficamente informações ambientais e sociais. Para tanto, os componentes da Geomática foram reorganizados e passaram por melhorias em seus programas.

Além das modificações nos componentes obrigatórios, o presente PPC implementou uma ampliação na oferta de disciplinas optativas de caráter pragmático, permitindo que os discentes possam optar pela área que lhe é de interesse, seja um aprofundamento na Geomática, Geografia Física ou Geografia Humana. No geral, as disciplinas tiveram seus conteúdos baseados no que há de mais recente na literatura geográfica e nas diretrizes de competência profissional atribuídas por lei e pelo CREA.

Os componentes curriculares e a metodologia de execução foram pensados de forma a atender os instrumentos avaliativos do SINAES. Dessa forma, todo o PPC foi estruturado para que seja possível executar uma autoavaliação, uma avaliação externa e comparar com os dados do Censo da Educação Superior.

 

 Questões ambientais, étnico raciais, Direitos Humanos e Língua Brasileira de Sinais

O curso de Geografia Bacharelado tem todo um núcleo de disciplinas obrigatórias abordando as questões ambientais e socioambientais, considerando que esses temas são a base das atribuições dos Geógrafos, os quais podem propor planos e opinarem sobre demandas ambientais. Ressalta-se que essas especificidades estão em acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, estabelecidas na Resolução CNE/CP nº 2, de 15 de junho de 2012. Dessa forma, não há uma disciplina específica que aborde esse tema, uma vez que a maioria das disciplinas têm em seus programas temas que envolvem as questões ambientais, assim como os conteúdos relacionados ao meio ambiente são abordados transversalmente em componentes curriculares obrigatórios. Ao mesmo tempo, cabe destacar que, curso oferta como componente optativo a disciplina DGE0210 Educação Ambiental.

No que tange às relações étnico-raciais e direitos humanos essas temáticas são abordadas de forma aprofundada nas disciplinas obrigatórias: DGE0192 Geografia Cultural e DGE0109 Geografia da População, uma vez que levantamentos e estudos etnográficos e populacionais são atribuições profissionais dos geógrafos, junto ao CREA.

Dessa forma, o curso está atendendo ao que estabelecido na Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana) e Resolução CNE/CP nº 1, de 30 de maio de 2012 que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação em Direitos Humanos.

Em atendimento a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 e Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que dispõem sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS será ofertado pelo curso, como optativo, o componente curricular LET0568 - LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS - 60h, oferecido pelo Departamento de Letras.

 

  Atividades Complementares

Em atendimento ao estabelecido na Resolução Nº 171/2013- CONSEPE, está previsto a necessidade de os discentes cumprirem 130 horas de atividades complementares, que inclui o conjunto de componentes curriculares que não são executados sob a forma de aulas. A contabilização de horas seguirá os critérios da RESOLUÇÃO Nº 01/2019 do Colegiado do Curso de Bacharelado em Geografia, que define e regulamenta as Atividades Complementares do Curso de Bacharelado em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (anexa ao presente PPC).

Para permitir que os discentes cumpram essa carga horária o Departamento de Geografia está constantemente ofertando cursos de curta duração, palestras, seminários, entre outros. Buscando uma maior integração com a pós-graduação, os alunos são incentivados  a assistirem defesas de dissertações e teses, sendo passado uma lista de presença que vale para pontuação nas horas de Atividades Complementares.

Essas atividades visam contribuir para formação dos alunos em aspectos não vinculados a aulas, onde eles podem participar do conjunto de ações desenvolvidas no âmbito da universidade, bem como ações ou eventos fora do ambiente universitário, aproximando os discentes da atividade profissional, extra acadêmica.

 

Trabalho de Conclusão de Curso

O processo formativo dos bacharéis em Geografia será finalizado com o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O TCC se faz importante na preparação dos discentes por considerar o fato de ser um momento de integralização da formação profissional, onde o aluno colocará em prática o conhecimento adquirido ao longo do curso, desenvolvendo um tema de sua afinidade. Ao mesmo tempo, o TCC permite aos discentes exercitar a produção técnico-científica de forma direta, onde ele é o principal autor de um produto acadêmico.

Os fundamentos normativos do TCC são especificados na Resolução n° 02/2019 – Colegiado do Curso de Bacharelado em Geografia, a qual define as normas relativas ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso de Bacharelado em Geografia da UFRN. Com base na resolução, podem ser considerados trabalhos de Conclusão de Curso, monografias, artigos científicos e relatórios de estágio, conforme critérios especificados na resolução. Todas as modalidades devem passar por uma defesa onde uma banca definirá se o trabalho atende aos critérios técnico-científicos.

Visando facilitar a elaboração do TCC, esse iniciará no sexto semestre, quando os discentes cursam a disciplina DGE0198 Elaboração de Trabalho Técnico-Científico. Nesse componente, trabalhar-se-á a elaboração de um projeto de pesquisa, tendo como referencial os temas escolhidos por cada aluno, bem como é feito uma orientação de quais professores podem orientar o trabalho, considerando o perfil dos docentes.

O componente Trabalho de Conclusão de Curso, compreende atividade de orientação individual, está dividido em DGE0254 Trabalho de Conclusão de Curso 01 e DGE0255 Trabalho de Conclusão de Curso 02, sendo o primeiro no sétimo período (DGE0254) e o segundo no oitavo (DGE0255). Apesar de não haver pré-requisito para esses componentes, em função de facilitar a elaboração do TCC, uma vez que o discente poderá cursar em conjunto com componentes que por algum motivo tenha trancado ou reprovado, orienta-se que os alunos só se matriculem nos componentes citados ao final do curso.

Nesse sentido, observa-se que os discentes terão três semestres para desenvolver o TCC, facilitando, inclusive, o adiantamento de curso para os alunos que precisarem concluir em sete períodos. A coordenação do curso acompanhará todo semestre os alunos que estão elaborando o TCC para verificar dificuldades e auxiliar na resolução de problemas operacionais.

Após a defesa, feita as devidas correções solicitadas pela banca, os discentes deverão inserir seus TCC no repositório especificado pela Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM).

 

  Estágio não-obrigatório

O estágio supervisionado é um importante instrumento de formação e, ao mesmo tempo, de inserção do discente no mercado de trabalho. Os alunos têm a oportunidade de vivenciar o fazer da atividade profissional, possibilitando que todo o arcabouço teórico-metodológico apreendido no curso sejam testados na prática. O contato e o diálogo com profissionais do mercado permitem um aprendizado que complementa as discussões e atividades de sala de aula. Ao mesmo tempo os alunos que estão no estágio trazem novas demandas de conteúdos e discussões para os docentes, criando um fedeeback positivo de melhorias para o curso como um todo.

O estágio previsto para o curso compreende a modalidade não obrigatório, sendo inserido no rol dos componentes optativos, com carga horária total de 100 horas, as quais serão contabilizadas na modalidade extensão, conforme especificado no Art. 26º da Resolução no 171/2013- CONSEPE e alterações previstas na Resolução no 037/2019-CONSEPE.

O estágio terá orientação individual, podendo ser feito pelo discente a partir do quarto período do curso, sendo obrigatório o vínculo institucional, previstos nas resoluções citadas. As orientações e acompanhamento serão individuais.

 

  Inclusão e acessibilidade

O curso de Geografia Bacharelado faz parte do CCHLA, o qual criou um Grupo de Trabalho para Acessibilidade (ainda sem portaria) com o intuito de levantar toda a demanda de acessibilidade do Centro: arquitetônica, comunicacional, metodológica, instrumental, programática, atitudinal, tecnológica. Assim, com base em diagnóstico, propor o conjunto de ações que serão realizadas de forma a atender todos os cursos, considerando que há o uso, por parte dos alunos, de toda estrutura física, pedagógica e administrativa do Centro.

Em relação ao atendimento dos alunos com deficiências visuais, que demandam equipamentos e tecnologias assistivas: impressora de Braille, computador com leitor de tela e sintetizador de voz, teclado alternativo, textos em Braille, textos com letras ampliadas e/ou computador com leitor de tela; lápis, caneta, régua, teclados de computador e mouses adaptados, ponteiras, pranchas de comunicação aumentativa e alternativa, lupa eletrônica, lupa manual, alfabeto em Braile, plano inclinado/suporte para leitura, calculadora sonora, globo terrestre/mapas táteis, guia de assinatura, maquetes, softwares etc. que atendam a demanda da acessibilidade. Esses serão atendidos, mediante o surgimento da demanda e disponibilidade de infraestrutura, com base nas orientações da Secretaria de Inclusão e Acessibilidade – SIA.

Quanto a ações em andamento no Departamento de Geografia para atendimento a pessoas com deficiência visual, ressalta-se as atividades desenvolvidas pelo Laboratório de Ensino e Pesquisa em Geografia – LEPEG, através da construção de mapas táteis e materiais aumentados.

Cabe ressaltar que está em discussão a Política de Inclusão e Acessibilidade para as Pessoas com Necessidades Específicas na UFRN, sendo que após a aprovação dessa política a coordenação do curso, juntamente como o NDE e Colegiado, farão as devidas adequações do curso.

Durante a Semana de Avaliação e Planejamento (SAP) o Departamento de Geografia faz um trabalho de informação e discussão com os professores quanto ao atendimento de estudantes com altas habilidades, transtornos ou deficiências, incluindo assistência domiciliar. O atendimento é realizado considerando especificidades das disciplinas e conteúdos, com indicação de atividades, leituras, exercícios, através dos recursos de comunicação disponíveis no SIGAA. O atendimento individualizado, fora de sala de aula, vem sendo realizado por meio da indicação dos professores de atendimentos dos alunos no SIGAA, cabendo à Coordenação/Departamento ressaltar, na SAP, a importância dessa atividade.

Buscando fomentar a acessibilidade atitudinal, o Departamento está inserindo em sua programação da SAP o convite de professores de diferentes departamentos da Universidade que trabalham com o assunto para palestras e debates. Ao mesmo tempo, o Colegiado do curso buscará colocar em pauta medidas para combater preconceitos e estigmas. Se faz importante mencionar que o curso de Geografia tem dentre os conteúdos trabalhados temas que discutem a diversidade e todos os tipos de segregação socioespacial.

A coordenação e o Departamento buscarão junto a Direção do Centro ações para capacitar docentes e técnicos em Libras e cursos de práticas inclusivas.

      AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

 

A avaliação do processo de ensino-aprendizagem seguira rigorosamente o Regulamento dos Cursos Regulares de Graduação da UFRN (Resolução nº 171/2013 - CONSEPE, de 05 de novembro de 2013). Transcreve-se aqui o conteúdo do artigo 91 do referido regulamento:

“Entende-se por avaliação da aprendizagem o processo formativo contínuo que compreende diagnóstico, acompanhamento e somatório da aquisição de conhecimento, habilidades e atitudes pelo estudante, mediado pelo professor em situação de ensino, expressa em seu rendimento acadêmico e na assiduidade”.

Portanto, a avaliação é um processo inerente a aquisição de conhecimentos e mede o grau de sucesso do estudante em um determinado componente curricular na apreensão do conteúdo, atitude e eficiência desejáveis para o nível superior. Por sua vez, o artigo 94 do mesmo regulamento, nos orienta que a aprovação em um determinado componente curricular está condicionada ao desempenho mínimo exigido na avaliação de aprendizagem e na avaliação de assiduidade, à qual o discente também deverá obter a frequência mínima nas atividades presenciais por meio da contagem da carga horária e sua integralização como componente curricular.

O curso de Bacharelado em Geografia tem uma natureza técnica e científica. Portanto, a avaliação de aprendizagem ocorre em pilares diversos dependendo do componente curricular. Algumas disciplinas possuem como locus de ação os trabalhos de campo, a operação em ambiente laboratorial e portanto, possuem dinâmicas de avaliação de aprendizagem muito específicas e que podem mudar em função dos recursos disponíveis no momento em que estão sendo desenvolvidas, são exemplos componentes curriculares que se encaixam nesse perfil: Pedologia, Geomorfologia Geral e Climática, Geologia Geral, Planejamentos Territorial e Ambiental, Campo em Geografia Humana e em Geografia Física, entre outras. Mesmo com a multiplicidade de possibilidades de avaliação, tais como, seminários, confecção de artigos científicos, resenhas, trabalhos em grupo e individuais, entre outras, há obrigatoriedade de aplicação de no mínimo uma prova escrita individual durante o componente curricular. Esta ideia está em consonância com o artigo 96 do já citado Regulamento dos Cursos Regulares de Graduação da UFRN, que se transcreve a seguir:

 Art. 96. O tipo de instrumento utilizado pelo professor para avaliação da aprendizagem deve considerar a sistemática de avaliação definida no projeto pedagógico do curso, de acordo com a natureza do componente curricular e especificidades da turma.

Parágrafo único. Pelo menos em uma das unidades é obrigatória a realização de uma avaliação escrita realizada individualmente e de forma presencial (UFRN, 2013).

Ainda na esteira das avaliações, agora no tocante a avaliação do processo de ensino, a infraestrutura, equipamentos, pessoal, problemas de gestão, metodologias adotadas e necessidades de capacitação específicas estão sendo sempre avaliadas pela coordenação do curso, utilizando pra isso instrumentos on-line, que desde 2018 vêm sendo desenvolvidos no curso de bacharelado em Geografia, os quais  discentes e docentes respondem um questionário com dez perguntas acerca dos problemas do curso, para que a coordenação possa analisar e tomar decisões que possibilitem conduzir o curso para a melhoria de sua qualidade. Além disso, há os resultados do ENADE, que serão adotados também como fonte de avaliação para gestão e tomada de decisão.

Por fim, em relação aos alunos que demandarem flexibilização na avaliação do processo de ensino-aprendizagem o curso se compromete a analisar e atender as especificidades solicitadas pelo discente conforme o tipo de necessidade demandada, sendo o processo de atendimento pensado entre o professor, Coordenação do Curso e Direção de Centro.

 

    AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

 

O curso de Bacharelado em Geografia já dispõe de um núcleo docente estruturante, instância responsável pelo acompanhamento das métricas geradas nos dados estatísticos do curso, resultados da avaliação institucional da UFRN e avaliação dos Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE).

Anualmente o NDE irá se reunir para elaboração do relatório de desempenho anual, o qual será apresentado no colegiado do Departamento do Curso, quando da realização de planejamento. Os dados terão uma escala semestral, apresentando o desempenho dos discentes nos componentes curriculares, bem como o número de alunos formados por semestre.

A avaliação do PPC ocorrerá, com a identificação de pontos frágeis e fortes, buscando evidenciar quais aspectos têm contribuído para uma melhoria na formação e onde há necessidade de aperfeiçoamentos. Toda avaliação seguirá o Regimento Interno da instituição, normas internas do curso, sendo analisado e debatido no âmbito Colegiado do Curso e apresentado na plenária do Departamento, no decorrer da reunião anual da Semana de Avaliação  e Planejamento do curso.

 Com base na avaliação, serão estabelecidas metas nos planos trienais, bem como em futuras atualizações do PPC. Caberá ao NDE elaborar o relatório anual de avaliação e apresentar ao colegiado, onde ocorrerão os debates e ajustes necessários.

Por fim, no caso de processos avaliativos, tem-se a cooperação entre o curso, a Comissão Própria de Avaliação – CPA e a PROGRAD por meio da Diretoria de Desenvolvimento Pedagógico.

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