Course Pedagogical Project

A Resolução nº 2/2019 que instrui as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)
dos Cursos de Graduação em Engenharia, estabelece o seguinte perfil do egresso de
um Curso de Engenharia:


I – ter visão holística e humanitária, ser crítico, reflexivo, criativo, cooperativo e
ético e com forte formação técnica;
II – estar apto a pesquisar, desenvolver, adaptar e utilizar novas tecnologias,
com atuação inovadora e empreendedora;
III – ser capaz de reconhecer as necessidades dos usuários, formular, analisar
e resolver, de forma criativa, os problemas de Engenharia;
IV – adotar perspectivas multidisciplinares e transdisciplinares em sua prática;
V – considerar os aspectos globais, políticos, econômicos, sociais, ambientais,
culturais e de segurança e saúde no trabalho;
VI – atuar com isenção e comprometimento com a responsabilidade social e
com desenvolvimento sustentável.


O egresso de Engenharia de Energia será capaz de aplicar as ciências
envolvidas na área de petróleo ou em energias renováveis, lançando mão do uso das
diversas tecnologias na solução de problemas aplicados a essas áreas. O profissional
formado na ênfase de petróleo será capaz de atuar em diferentes áreas da indústria
de petróleo, principalmente nos segmentos da exploração e explotação de jazidas de
hidrocarbonetos e produção de petróleo. O profissional formado na ênfase de Energias
Renováveis será capaz de atuar na produção de energias renováveis, particularmente
nas áreas de energia solar, energia eólica, energia da biomassa, biocombustíveis e
hidrogênio verde. Para tanto, a formação em Engenharia de Energia deve propiciar aos seus
discentes:


• uma boa formação básica nos fundamentos científicos relevantes das
Ciências Exatas e Naturais (principalmente Física, Química e Matemática) e nos
conhecimentos tradicionais associados à formação básica em Engenharia;
• uma formação profissionalizante geral que envolve os conteúdos
fundamentais da Engenharia (principalmente termodinâmica, eletroquímica, mecânica
dos fluidos, transferência de calor, processos de conversão de energia, etc);
• uma formação profissionalizante específica nos aspectos ligados às
aplicações nos diversos ramos da Engenharia de Petróleo ou Energias Renováveis,
quer seja na pesquisa, quer seja nos problemas de Engenharia industrial.


Especificamente, o Engenheiro de Energia formado pela UFRN deverá
compreender e aplicar os aspectos ligados à utilização de técnicas científicas inerentes
aos problemas encontrados nos diversos ramos da engenharia de petróleo ou das
energias renováveis, tais como: estudos de viabilidades técnicas e econômicas,
projetos, análises de valoração de jazidas de hidrocarbonetos ou fontes de geração de
energias renováveis, supervisão e controle de processos, modelagem e simulação de
processos e desenvolvimento de novas técnicas para o melhor desempenho dos
processos industriais.


Com esta formação, o perfil do Engenheiro de Energia norteará um profissional
com formação em petróleo ou em energias renováveis, apto a especificar, estudar,
analisar, planejar, projetar, desenvolver, instalar, acompanhar e modificar os diversos
processos envolvidos em sua respectiva Ênfase.

 

As competências gerais a serem adquiridas pelos discentes ao longo do curso
estão alinhadas a Resolução nº 2/2019 que institui as DCNs dos Cursos de Graduação
em Engenharia, dessa forma, o Engenheiro de Energia egresso do curso deverá
ser capaz de:


I - Formular e conceber soluções desejáveis de engenharia, analisando e
compreendendo os usuários dessas soluções e seu contexto sendo (a) capaz de
utilizar técnicas adequadas de observação, compreensão, registro e análise das
necessidades dos usuários e de seus contextos sociais, culturais, legais, ambientais e
econômicos; para (b) formular, de maneira ampla e sistêmica, questões de engenharia,
considerando o usuário e seu contexto, concebendo soluções criativas, bem como o
uso de técnicas adequadas;
II - Analisar e compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de
modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por
experimentação sendo capaz de (a) modelar os fenômenos, os sistemas físicos e
químicos, utilizando as ferramentas matemáticas, estatísticas, computacionais e de
simulação, entre outras; (b) prever os resultados dos sistemas por meio dos modelos;
(c) conceber experimentos que gerem resultados reais para o comportamento dos
fenômenos e sistemas em estudo e; (d) verificar e validar os modelos por meio de
técnicas adequadas;
III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos, componentes ou
processos sendo capaz de (a) conceber e projetar soluções criativas, desejáveis e
viáveis, técnica e economicamente, nos contextos em que serão aplicadas; (b) projetar
e determinar os parâmetros construtivos e operacionais para as soluções de
Engenharia; (c) aplicar conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e
coordenar projetos e serviços de Engenharia;
IV - Implantar, supervisionar e controlar as soluções de Engenharia sendo
capaz de (a) aplicar os conceitos de gestão para planejar, supervisionar, elaborar e
coordenar a implantação das soluções de Engenharia; (b) estar apto a gerir, tanto a
força de trabalho quanto os recursos físicos, no que diz respeito aos materiais e à
informação; (c) desenvolver sensibilidade global nas organizações; (d) projetar e
desenvolver novas estruturas empreendedoras e soluções inovadoras para os
problemas; (e) realizar a avaliação crítico-reflexiva dos impactos das soluções de
Engenharia nos contextos social, legal, econômico e ambiental;
V - Comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica sendo
capaz de expressar-se adequadamente, seja na língua pátria ou em idioma diferente
do Português, inclusive por meio do uso consistente das tecnologias digitais de
informação e comunicação (TDICS), mantendo-se sempre atualizado em termos de
métodos e tecnologias disponíveis;
VI - Trabalhar e liderar equipes multidisciplinares sendo capaz de (a)
interagir com as diferentes culturas, mediante o trabalho em equipes presenciais ou a
distância, de modo que facilite a construção coletiva; (b) atuar, de forma colaborativa,
ética e profissional em equipes multidisciplinares, tanto localmente quanto em rede; (c)
gerenciar projetos e liderar, de forma proativa e colaborativa, definindo as estratégias
e construindo o consenso nos grupos; (d) reconhecer e conviver com as diferenças
socioculturais nos mais diversos níveis em todos os contextos em que atua
(globais/locais); (e) preparar-se para liderar empreendimentos em todos os seus
aspectos de produção, de finanças, de pessoal e de mercado;
VII - Conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no
âmbito do exercício da profissão sendo capaz de (a) compreender a legislação, a
ética e a responsabilidade profissional e avaliar os impactos das atividades de
Engenharia na sociedade e no meio ambiente; (b) atuar sempre respeitando a
legislação, e com ética em todas as atividades, zelando para que isto ocorra também
no contexto em que estiver atuando; e
VIII - Aprender de forma autônoma e lidar com situações e contextos
complexos, atualizando-se em relação aos avanços da ciência, da tecnologia e
aos desafios da inovação sendo capaz de (a) assumir atitude investigativa e
autônoma, com vistas à aprendizagem contínua, à produção de novos conhecimentos
e ao desenvolvimento de novas tecnologias; (b) aprender a aprender.
As competências e habilidades específicas para o curso de Engenharia de
Energia foram estabelecidas com base nas competências gerais listadas acima e
levando em consideração às necessidades específicas exigidas em nível estadual,
regional e nacional. Também serão levadas em consideração as novas demandas do
mercado, os avanços tecnológicos da indústria 4.0 e o processo de transição
energética. Em razão do curso de Engenharia de Energia estar composto pelo Núcleo
Básico e o Núcleo Profissionalizante, as competências foram divididas em grupos:
competências do Núcleo Básico, comum as duas ênfases, as competências da ênfase
em Petróleo e as competências da ênfase em Energias Renováveis. O Núcleo Básico
compreende os 4 (quatro) primeiros períodos da estrutura curricular do curso e o
Núcleo Profissionalizante abrange os 6 (seis) períodos posteriores.


As competências e habilidades específicas esperadas do Núcleo Básico, cujos
componentes curriculares são ministrados pela Escola de Ciências e Tecnologia (ECT)
da UFRN, são as seguintes:


CB1 - Capacidade de identificar, avaliar e resolver problemas, enfrentar desafios
e responder a novas demandas da sociedade contemporânea;
CB2 - Capacidade de comunicação e argumentação em suas múltiplas formas;
CB3 - Capacidade de atuar em áreas de fronteira e interfaces de diferentes
disciplinas e campos de saber;
CB4 - Atitude investigativa, de prospecção, de permanente busca e produção
do conhecimento;
CB5 - Capacidade de reconhecer especificidades regionais ou locais,
contextualizando-as e relacionando-as com a situação global;
CB6 - Atitude ética nas esferas profissional, acadêmica e das relações
interpessoais;
CB7 - Comprometimento com a sustentabilidade nas relações entre ciência,
tecnologia, economia, sociedade e ambiente;
CB8 - Capacidade de tomar decisões em cenários de imprecisões e incertezas;
CB9 - Capacidade de utilizar tanto tecnologias clássicas quanto novas, de modo
que formem a base das atividades profissionais;
CB10 - Capacidade de empreendedorismo nos setores público, privado e do
terceiro setor;
CB11 - Capacidade de planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos de
pesquisa na área de sua formação;
CB12 - Capacidade de avaliar criticamente o impacto social e a viabilidade
econômica das iniciativas na área de Ciências e Tecnologia;
CB13 - Capacidade de utilizar tecnologias e metodologias reconhecidas na área
das ciências;
CB14 - Capacidade de trabalhar em grupo e em equipes multidisciplinares,
gerenciando projetos, coordenando equipes e pessoas em qualquer área em que
venha a se inserir profissionalmente;
CB15 - Capacidade de aprendizado autônomo e a distância
As competências profissionalizantes a serem adquiridas pelos egressos do
curso de Engenharia de Energia são apresentadas separadamente para cada ênfase.

Abaixo estão listadas as competências para a ênfase em petróleo (CP):
CP1 – Aplicar percepção espacial, raciocínio lógico, conhecimentos de física,
matemática, química, científicos, tecnológicos e instrumentais para formular e resolver
problemas da área de petróleo e gás natural;
CP2 - Planejar, conduzir, fiscalizar, analisar e interpretar experimentos de
laboratório e numéricos de problemas inerentes a área de petróleo e gás natural;
CP3 - Planejar, supervisionar, elaborar, coordenar e avaliar a viabilidade
econômica de projetos e serviços relacionados à petróleo e gás natural;
CP4 - Supervisionar e avaliar criticamente a operação e manutenção de
sistemas e processos envolvendo à área de petróleo e gás natural;
CP5 - Conhecer, entender e aplicar conceitos fundamentais de segurança
operacional e segurança de processo nas atividades desenvolvidas na área de petróleo
e gás natural;
CP6 - Projetar, determinar e analisar os parâmetros construtivos e operacionais
para construção (perfuração e completação), manutenção (workover) e abandono de
poços de petróleo e gás natural;
CP7 - Projetar, analisar e acompanhar operações de teste de formação em
poços de petróleo e gás natural;
CP8 - Caracterizar reservatórios de petróleo e gás natural e compreender os
modelos de fluxo;
CP9 - Projetar e analisar os métodos de recuperação avançada para aumentar
a recuperação de hidrocarbonetos e conceber soluções para a tomada de decisões
gerenciais;
CP10 - Supervisionar e acompanhar a produção e medição de petróleo e gás
natural através de sistemas de automação e instrumentação;
CP11 - Entender e analisar o processamento primário de fluidos (ex.: óleo, gás
e água) utilizados nas facilidades de produção terrestres e marítimas;
CP12 – Formular e resolver problemas relacionados à elevação natural e aos
métodos de elevação de petróleo;
CP13 - Planejar, conduzir, fiscalizar, analisar e interpretar experimentos
analíticos e numéricos de problemas relacionados à elevação natural e aos métodos
de elevação de petróleo;
CP14 - Conhecer, entender, desenvolver e utilizar ferramentas de inteligência
artificial (IA), ciência de dados e computação em nuvem para gerenciar e otimizar
processos envolvendo à área de petróleo e gás natural;
CP15 - Avaliar o impacto das atividades de Engenharia de Energia no contexto
social e ambiental na área de petróleo e gás natural;
CP16 - Atuar em equipes multidisciplinares visando a solução de problemas da
área de petróleo e gás natural;
CP17 - Comunicar-se de forma eficiente e com linguagem técnica por meio de
relatórios, apresentações, pareceres, notas, entre outros;
CP18 - Compreender e aplicar a ética e responsabilidades profissionais;
CP19 - Atualizar-se permanente sobre os avanços tecnológicos e os desafios
da inovação na área de petróleo e gás natural;

As competências profissionalizantes a serem adquiridas pelos egressos do
curso de Engenharia de Energia que optem pela ênfase em Energias Renováveis são:


CR1 - Compreender e avaliar as políticas, ações e certificações inerentes à
transição energética para o carbono zero;
CR2 - Compreender os princípios básicos, os tipos e aplicações dos sistemas
de energia solar térmicos e fotovoltaicos;
CR3 - Projetar, determinar e analisar os parâmetros construtivos e operacionais
para instalação, operação e manutenção de sistemas de geração de energia solar
fotovoltaica e térmica;
CR4 - Entender, analisar e utilizar conhecimento técnico-científico para
gerenciar e otimizar processos de geração de energia solar fotovoltaica e térmica;
CR5 - Compreender os princípios básicos da energia eólica, os tipos de
aerogeradores, seus componentes, e o princípio de conversão de energia;
CR6 - Entender, analisar e utilizar conhecimento técnico-científico para
gerenciar e otimizar a geração de energia através de aerogeradores;
CR7 - Compreender os fundamentos e as rotas tecnológicas utilizadas na
produção de hidrogênio, identificando suas aplicações;
CR8 - Compreender e dimensionar células a combustível;
CR9 - Conhecer, analisar e avaliar as diferentes fontes de biomassa, rotas
tecnológicas visando a produção de bioeletricidade, biocombustíveis e bioprodutos;
CR10 - Planejar, projetar e supervisionar plantas industriais de geração de
bioeletricidade e biocombustíveis;
CR11 - Definir ações preventivas e visando manter a eficiência dos sistemas de
geração de energia renovável e produção de biocombustíveis;
CR12 - Avaliar as questões socioambientais no desenvolvimento Greenfield de
projetos em energias renováveis;
CR13 - Compreender, projetar e dimensionar dispositivos e circuitos de
eletrônica de Potência utilizados comumente;
CR14 - Conhecer, entender, desenvolver e utilizar ferramentas de inteligência
artificial, ciência de dados e computação em nuvem para gerenciar e otimizar
processos em Energias Renováveis;
CR15 - Atuar em equipes multidisciplinares visando a solução de problemas da
área energias renováveis;
CR16 - Comunicar-se de forma eficiente e com linguagem técnica por meio de
relatórios, apresentações, pareceres, notas, entre outros;
CR17 - Compreender e aplicar a ética e responsabilidades profissionais;
CR18 - Atualizar-se permanente sobre os avanços tecnológicos e os desafios
da inovação na área de energias renováveis;


As competências e habilidades específicas da Ênfases em Petróleo estão
listadas de forma detalhada no Quadro 1 do Apêndice II do PPC. Por sua vez, as competências
e habilidades especificas exigidas pela ênfase Energias Renováveis estão elencadas
no Quadro 2 do Apêndice II. Também constam nos referidos quadros as atividades de
ensino, as metodologias adotadas e os instrumentos de avaliação.

 

Este Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Engenharia de Energia foi
concebido à luz das DCNs, focando na adoção de metodologias ativas de
aprendizagem e implementação de atividades curriculares que permitam no
desenvolvimento das competências esperadas dos egressos de Engenharia de
Energia. O PPC também atende a Resolução nº 028/2019 – CONSEPE, de 19 de
março de 2019, que estabelece normas e critérios para oferta e funcionamento de
componentes curriculares na modalidade a distância nos cursos de graduação
presencial da UFRN e a Resolução nº 048/2020 – CONSEPE, de 08 de setembro
de 2020, que aprova a política de melhoria da qualidade dos cursos de graduação e
pós-graduação oferecidos pela UFRN.
O PPC foi elaborado de forma a garantir os conteúdos mínimos exigidos nas
DCNs e do Conselho Federal de Engenharia (CONFEA). Os princípios que norteiam a
concepção do processo de ensino-aprendizagem são fundamentados na
interdisciplinaridade e flexibilidade. Quanto à interdisciplinaridade, a inter-relação entre
os componentes curriculares no primeiro ciclo do curso é muito acentuada, uma vez
que contempla conhecimentos fundamentais de todos os cursos de engenharia do
REUNI/UFRN. Este formato caracteriza um conjunto de conteúdos científicos sem
justaposição. No segundo ciclo do curso de Engenharia de Energia, os conteúdos
foram cuidadosamente selecionados de forma a garantir também a inter-relação
horizontal e vertical dos conhecimentos indispensáveis à formação plena nas suas
respectivas ênfases, petróleo ou energias renováveis. No que lhe diz respeito, a
flexibilidade é assegurada uma vez que o conjunto de componentes curriculares
optativos possibilita que o aluno trace seu próprio itinerário formativo. Finalmente, a
estrutura curricular foi elaborada de forma a diminuir as exigências de pré-requisitos e
co-requisitos meramente hierárquicos de componentes curriculares. Entretanto,
somente há exigência de pré-requisitos e co-requisitos nos casos em que a lógica da
construção do conhecimento é indispensável. A ênfase em Petróleo foi construída por
meio de um conjunto de componentes curriculares abordando as áreas de poços,
reservatório e produção. Por sua vez, a ênfase em Energias Renováveis teve sua
construção através de componentes curriculares relacionados com as áreas de
geração de energia (solar, eólica e biomassa), biocombustíveis e hidrogênio de baixo
de carbono.
No quadro 6 apresenta-se as relações entre os eixos formativos, os
componentes curriculares e as competências a serem adquiridas durante o percurso
formativo do aluno do Curso de Engenharia de Energia, que compreendem os
conteúdos (1) básicos, (2) específicos e (3) profissionais do curso, previstos nas
Diretrizes das Engenharias. Isto é, (1) os básicos e comuns; (2) os que oportunizam
trajetórias formativas diferentes para cada estudante; (3) e os que proporcionam o
desenvolvimento da prática profissional.

O detalhamento das competências e habilidades previstas para cada
componente curricular do núcleo profissionalizante está descrito no Apêndice II, para
a Ênfase em Petróleo, e no Apêndice III, para a Ênfase em Energias Renováveis.
As atividades práticas e de laboratórios, conforme previstos na DCN 2/2019,
serão contempladas conforme apresentado no Quadro 7 (núcleo básico), quadro 8
(núcleo profissionalizantes: ênfase em petróleo) e Quadro 9 (núcleo
profissionalizantes: ênfase em energias renováveis).

 

A avaliação do processo de ensino-aprendizagem do Curso de Engenharia de
Energia seguirá o Regulamento dos Cursos de Graduação da UFRN, tendo como
referência as DCNs dos Cursos de Engenharia, os objetivos do curso, o perfil do
egresso e as competências profissionais orientadoras para a formação do Engenheiro
de Energia. De maneira geral, os procedimentos de avaliação dos processos de
ensino-aprendizagem nos componentes curriculares são bastante diversificados, e
dependem do tipo de componente e do número alunos por turma. Nos componentes
profissionalizantes, normalmente, são realizadas avaliações continuas por meio de
quizzes, provas escritas, práticas experimentais, seminários individuais ou em grupos,
relatórios técnicos, estudos de casos, execução projetos de ensino, acompanhamento
da execução das metodologias ativas como aprendizagem baseado em projetos ou
problemas. Estes instrumentos de avaliação de aprendizagem foram listados nas
Quadros 1 e 2 do Apêndice II. Nos componentes do ciclo básico de responsabilidade
da ECT, alguns instrumentos de avaliação da aprendizagem listadas acima não podem
ser aplicadas devido às turmas grandes, dessa forma, adotam-se os instrumentos de
avaliação tradicional aplicando-se, ao longo do semestre, 2 ou 3 instrumentos
avaliativos.

A flexibilização na avaliação do processo de ensino-aprendizagem é
fundamental para promover uma educação inclusiva e equitativa. Dessa forma, a
flexibilização deve levar em consideração as diversas necessidades dos alunos, como
as especificidades socioeconômicas, culturais e outras necessidades específicas. Os
alunos com necessidades especiais podem apresentar diversas deficiências, desde
física, cognitivas, sensoriais e emocionais. Portanto, os mecanismos serão adaptados,
conforme as necessidades individuais dos alunos portadores de deficiências, de modo
que os instrumentos de avaliação dos processos de ensino-aprendizagem nos
componentes curriculares sejam realizados de forma a respeitar e garantir as
condições especiais para realização das atividades. Serão seguidas as
recomendações de ações apropriadas em relação aos alunos especiais emitidas pelo
setor responsável (SIA).

A avaliação será complementada pelas seguintes ações:
• Reuniões semestrais do Coordenador e do Vice-Coordenador com os alunos,
tentando identificar pontos positivos e negativos no processo ensino
aprendizagem das várias disciplinas, possivelmente utilizando questionários
preenchidos pelos alunos e professores;
• Acompanhamento e orientação dos estudantes pelo orientador acadêmico. Para
cada turma ingressante no curso, o coordenador indica um orientador
acadêmico, obedecendo a lista de docentes em ordem alfabética. Cada
professor terá em média 20 alunos para orientação acadêmica;
• Reuniões semestrais com o NDE (Núcleo Docente Estruturante);
• Utilização das avaliações docentes feitas pela UFRN para identificar problemas
e soluções.

A avaliação do projeto pedagógico compreende o acompanhamento e a gestão da execução do referido projeto. A avaliação será executada a partir das seguintes ações:

• Criação de uma comissão avaliadora para acompanhar os resultados advindos
da execução do Projeto Pedagógico, a ser escolhida no Colegiado do curso;
• Reuniões semestrais entre professores que lecionarão as disciplinas do curso
em áreas afins, para discussão sobre as metodologias e ferramentas que
serão utilizadas, de modo a formar um conjunto consistente de informações,
além de alterá-las quando necessário;
• Reuniões semestrais do NDE para avaliar os pontos que necessitem de
revisões e ajustes;
• Reuniões entre o Coordenador, o Vice-Coordenador, professores e
representantes dos alunos ao final dos semestres para avaliar a eficácia do
Projeto Pedagógico e detectar possíveis falhas e intercorrências;
• Revisão geral do referido Projeto Pedagógico após 5 (cinco) anos da sua
implantação, sem prejuízo de ajustes pontuais que podem ser realizados a
qualquer momento pelo Colegiado para correção de imperfeições detectadas.
• Realização de Ações Acadêmico-Administrativas, em decorrência das
autoavaliações e das avaliações externas (avaliação de curso, ENADE, CPC e
outras) como insumo para aprimoramento contínuo do planejamento do curso,
com evidência da apropriação dos resultados pela comunidade acadêmica e
existência de processo de autoavaliação periódica do curso;
• Realização anual da Semana de Avaliação e Planejamento (SAP) do curso;
• Elaboração e implementação do Plano de Ação Trienal dos Cursos de
Graduação (PATCG);
• No caso de processos avaliativos, a cooperação entre o curso, a Comissão
Própria de Avaliação – CPA e a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) por
meio da Diretoria de Desenvolvimento Pedagógico (DDPed).

 

 

File download
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa06-producao.info.ufrn.br.sigaa06-producao