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Diretoras fantasmas, histórias invisíveis: Ciclo de cinema imperfeito

Auditório C do CCHLA

19 de Agosto
16 de Setembro

14h30

 

Organizam:

DEHIS

BRAVAS - Brigada de Escritoras e Críticas Feministas

MATIZES - Grupo de Pesquisa em Artes Visuais (UFRN)

Inscrições pelo Sigaa

 

O presente evento retoma o ciclo iniciado no primeiro semestre de 2025. Propomos um encontro com interessados em cinema feito por mulheres, em torno de um filme cujo título e diretora só são divulgados no momento da exibição. Serão duas sessões, amanhã, 19 de Agosto, e dia 16 de Setembro.

O ciclo faz parte das ações do projeto de pesquisa "Experiências críticas e criativas de escrita feminista", e da atuação do grupo de estudos BRAVAS - Brigada de escritoras e críticas feministas, e pretende dar forma e continuidade ao que tem vindo a ser desenvolvido nos seus encontros de pesquisa, ou seja, a experiência da confrontação das imagens tradicionais consolidadas em torno das mulheres, e a descoberta das imagens produzidas pelas próprias mulheres, com o propósito de encarar o estudo das relações entre imagens e representações desde uma perspetiva feminista. Desta forma, este evento procura dar a conhecer a obra cinematográfica de diversas cineastas, ampliando a experiência humana e uma visão de mundo renovada. Contra a invisibilidade e o silêncio, traduzido em ignorar o que não se vê, impedindo o assassinato da "irmã de Shakespeare (Woolf), impactando o "teto de cristal", deslocando o homem como centro, exercendo a curadoria afetiva que Kekena Corvalán entende como uma revolução "colectiva y feminista, (...) siempre en viaje. (...) esa energía nuestra, específica, agrumante, territorialización del deseo a pura indisciplina, ágenero, inquieta, desencajada. Ni un diario de viaje. Ni un glosario de definiciones. Ni un registro de charlas, clínicas o clases. Ni un catálogo de exposiciones. Ni un libro sobre curaduría. Ni un enunciado político. Ni un texto literario. Ni menos que menos, certeza. (...) El escurrirse entre los cuerpos de esa resaca dulce de desearlo todo." Da mesma forma, procuramos construir uma relação entre o público e o cinema apresentando filmes que, de outra forma, não seriam vistos. E atrair o público para uma sala com base na incógnita, que não prevê uma escolha premeditada, mas um envolvimento fundamentalmente militante - sem saber o que vai ver, confiando sem reservas na reciprocidade de interesses de um coletivo que urge em formar-se. E, sobretudo, entregar-se a um ritual de um século, que tende a extinguir-se e que depende de práticas de colecionista e aficcionado para sobreviver - mas que significa um canal de acesso à cultura, neste caso, feminista, anti-capitalista, anti-corporativista, anti-mainstream -underground, para recuperar um termo também em desuso. Se, como diz Rebeca Solnit, importa "enxergar os relatos daqueles que são autorizados a falar como uma pequena ilha em meio a um oceano de silêncio", daremos importância a esse corpus selecionando obras de todo o mundo onde haja sido produzido cinema por mulheres, para pensar, por um lado, o modo como elas definem o tom, constroem verossimilhança, apresentam personagens, gravam diálogos e enquadram cenas.

Público alvo: discentes de História, Letras, Artes, universitários em geral. Todos os interessados no cinema além do mainstream e das plataformas de difusão em rede, todos os interessados no cinema como uma experiência coletiva; todos os interessados nas reflexões sobre como as mulheres foram representadas no cinema; todos os interessados em ampliar o debate fora dos temas e produções culturais hegemônicas; todos os interessados em contribuir para os debates sobre as mulheres enquanto produtoras de cultura; todos os interessados em debates presenciais fora das lógicas de comunicação das redes sociais. Público em geral.


Notícia cadastrada em 19/08/2025 09:59  

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