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Diretoras fantasmas, histórias invisíveis: Ciclo de cinema imperfeito
Auditório D do CCHLA
5 e 26 de Maio
15h00
Organizado por: Bravas - Brigada de escritoras e críticas feministas

Resumo:
Partimos da premissa de que só a reunião numa sala de cinema poderá oferecer certos tipos de emoções e espetáculos coletivos que façam com que as pessoas não queiram apenas estar em casa a encomendar uma pizza (como diz o diretor e ensaísta Marc Cousins), e transladamos o ambiente dos cinemas que vão desaparecendo para as salas frequentadas pelos alunos, a fim de reproduzir o ambiente de visionamento coletivo original com uma audiência entusiasta. Não obstante, trataremos de não procurar a excelência em cinema, já que esta é determinada pelo cânone ocidental, masculino e excludente por natureza. Refinamos então o objeto, na brecha que Cousins não teve a coragem de preencher - desafiando o cânone, as noções de qualidade e estética, e a autoridade na qual assenta o patriarcado. Da mesma forma, procuramos construir uma relação entre o público e o cinema apresentando filmes que, de outra forma, talvez não fossem a escolha óbvia. Os filmes só serão anunciados no início da sessão, esperando atrair o público com base na incógnita que não prevê uma escolha premeditada, mas um envolvimento fundamentalmente militante - confiando sem reservas na reciprocidade de interesses de um coletivo que urge em formar-se. E, sobretudo, entregar-se a um ritual de um século, que tende a extinguir-se e que depende de práticas de colecionistas e aficcionados para sobreviver - mas que significa um canal de acesso à cultura, neste caso, feminista, anti-capitalista, anti-corporativista e anti-mainstream. Se, como diz Rebecca Solnit, importa "enxergar os relatos daqueles que são autorizados a falar como uma pequena ilha em meio a um oceano de silêncio", daremos importância a esse corpus selecionando obras de todo o mundo onde haja sido produzido cinema, para pensar o modo em que definem tons, constroem verossimilhanças, apresentam personagens, gravam diálogos e enquadram cenas.

Público alvo:

Discentes de História, Letras, Artes, universitários em geral. Público em geral. Todos os interessados no cinema além da corrente dominante e das plataformas de difusão em rede, todos os interessados no cinema como uma experiência coletiva; todos os interessados nas reflexões sobre como as mulheres foram representadas no cinema; todos os interessados em ampliar o debate fora dos temas e produções culturais hegemônicas; todos os interessados em contribuir para os debates sobre as mulheres como produtoras de cultura; todos os interessados em debates presenciais fora das lógicas de comunicação das redes sociais.

Inscrições pelo Sigaa.


Notícia cadastrada em 05/05/2025 16:25  

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