News > Defesa Pública de Relatório de Graduação em Geofísica (RGG) - Aluno GUILHERME WEBER SAMPAIO DE MELO - 01/07/2021 - 16h15


Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Centro de Ciências Exatas e da Terra
Departamento de Geofísica
Curso de Graduação em Geofísica
 

DEFESA PÚBLICA - RELATÓRIO DE GRADUAÇÃO EM GEOFÍSICA (GEF0161)

 
Título do Relatório:

Observações de ondas T sísmicas ao longo da costa no Nordeste do Brasil

 
Autor:
 
GUILHERME WEBER SAMPAIO DE MELO
 
Resumo:
 
Terremotos de magnitude moderada ≥ 4,0 Mw, são constantemente identificados na borda das placas tectônicas no oceano Atlântico Equatorial, através de estações sismográficas globais. As ondas sísmicas geradas a partir desses eventos são refratadas pelo fundo do mar próximo ao epicentro, no qual parte da energia se propaga para a camada de água e se converte em ondas acústicas chamadas ondas T (terciárias). As ondas T se propagam dentro do canal SOFAR (Sound Fixing and Ranging), uma zona de baixa velocidade do som que forma um guia de ondas e permite a propagação por longas distâncias e baixa atenuação. Quando as ondas T atingem a costa (por exemplo, ilhas ou margens continentais), elas convertem-se novamente para uma propagação sísmica. No entanto, este processo de conversão, e a mudança da energia acústica para ondas T sísmicas na Terra sólida, são pouco conhecidos na região do Atlântico Equatorial. Para melhor compreender a propagação das ondas T no Atlântico equatorial, aqui é apresentado análise de cinco terremotos geradores de ondas T com magnitude de momento ≥ 5,7da Falha da Transformante Romanche, bem como dois eventos (Mw ≥5,8) da Falha da Transformante Chain. O objetivo desse estudo é descrever o comportamento da propagação da onda T utilizando dados de 24 estações sismográficas de banda larga da Rede Sismográfica Brasileira, e um da rede global (RCBR). Os eventos foram obtidos do catálogo Global Centroid Moment Tensor (GCMT). Os terremotos da Transformate Romanche exibiram amplitudes de onda T sísmica com distribuições azimutais estação-evento de ~ 220º à ~ 270º. As amplitudes máximas estão em ~ 240-250º, decaindo em seguida gradualmente nas estações norte e sul. Não identificamos nenhuma correlação direta da amplitude com a distância epicentral, ou com a distância do trajeto sobre o continente. Da mesma forma, os eventos da Transformante Chain mostraram uma distribuição de raios sobre a linha costeira na faixa entre 230º e 265º de azimute, com as maiores amplitudes de onda T sísmica em estações de ~ 255º azimute. Os resultados indicam que existe uma correlação razoável entre a amplitude máxima da onda T sísmica e os azimutes da fonte do terremoto as estações ao longo da costa brasileira. Além disso, identificamos uma considerável correlação entre a amplitude da onda sísmica T com a onda P. Nossa interpretação é que o padrão de radiação para a onda P da fonte sísmica influencia as amplitudes das ondas T registradas ao longo da costa brasileira. Além disso, as estimativas da velocidade da onda T sísmica apresentaram variações entre ~2 à 6.5 km/s, sendo as velocidades mais altas associadas os rarios que chegam perpendicularmente à plataforma continental.

Palavras-chaves:

Sismicidade Oceânica, Ondas T, Atlântico Equatorial, Margem continental do NE Brasil
 
Banca Examinadora:

Prof. Dr. Aderson Farias do Nascimento (Presidente – Orientador – DGEF/UFRN)
Profª. Dra.Helenice Vital (Membro interno – DGEO/UFRN)
Prof. Dr. Marcelo Sousa de Assumpção (Membro externo – IAG/USP)


A transmissão  será através do Google Meet pelo link https://meet.google.com/oot-jkfg-wjc
 
 
Carga Horária: 1h para Atividades Complementares (Curso de Geofísica)
 
Cartaz de divulgação disponível para download em anexo.

Notícia cadastrada em 30/06/2021 08:47  

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