Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GISLAINE CRISTINA DE SOUZA MELANDA
DATA : 18/10/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de reuniões do Centro de Biociências
TÍTULO:

Revisão do gênero Blumenavia Möller (Phallales): integração de dados morfológicos e moleculares

PALAVRAS-CHAVES:

Clathraceae; gasteromycetes; sistemática; taxonomia; espécies novas; análise multigênica.

PÁGINAS: 138
RESUMO:

Com base em caracteres morfológicos os fungos gasteroides, foram incluídos em um grande grupo denominado “Gasteromycetes”. Nos últimos anos, graças à uma taxonomia integrativa, que inclui também dados moleculares e bioquímicos aos morfológicos, se afirma que os fungos gasteroides formam um grupo polifilético, distribuídos em distintas ordens de Agaricomycetes. Um representante dos fungos gasteroides é o gênero Blumenavia. O gênero está incluso na família Clathareae, ordem Phallales, esta possui representantes que utilizam odores atrativos e uma gleba adesiva para propagar seus esporos através de agentes dispersores, principalmente artrópodes, sendo chamados de stinkhorns (chifres fedorentos). Atualmente, com base em dados morfológicos, apenas duas espécies são consideradas para o gênero: Blumenavia rhacodes e B. angolensis, cujas localidades tipo são Brasil e África, respectivamente. Outras duas espécies descritas foram consideradas sinônimos por alguns autores, Blumenavia toribiotalpaensis, sinonimizada com B. rhacodes, e B. usambarensis sinonimizada com B. angolensis. Foi constatada a inconsistência dos caracteres morfológicos utilizados para a delimitação das espécies e a escassez de dados moleculares, em especial da região ITS, com representantes do gênero. Este trabalho objetivou revisar e identificar os caracteres informativos e melhor delimitar as espécies de Blumenavia, a fim de comprovar o monofiletismo do gênero. Foram analisadas 32 exsicatas provenientes de herbários nacionais e internacionais indexados, além de uma basidioma coletado no estado do Ceará, por meio de um estudo comparativo morfológico e molecular, usando sequências ITS, LSU, ATP6, RPB2 and TEF1α. Para identificação e descrição destes espécimes foram analisados macro e microestruturas (rizomorfa, volva, braços, glebíferos e esporos) em KOH 5%, Reagente de Melzer, Vermelho Congo 1% e Azul de Algodão. Além disso, foram sequenciadas as regiões ITS, LSU, atp6, RPB2 e TEF1α. Os dados obtidos permitiram identificar os caracteres morfológicos pertinentes para a segregação e delimitação das espécies dentro do gênero (tamanho dos basidiomas, forma dos braços e dos glebíferos, tamanho e forma dos esporos e hifas da rizomorfa). Blumenavia usambarensis e B. toribiotalpaensis foram aqui reconsideradas, e três espécies novas estão sendo propostas para o gênero: B. mexicana, B. molleriana e B. nordestina.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1879211 - BRUNO CAVALCANTE BELLINI
Presidente - 1452763 - IURI GOULART BASEIA
Interno - 1997012 - RAQUEL CORDEIRO THEODORO