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Notícias > Banca de QUALIFICAÇÃO: SARA CAROLINE PINTO DE ALMEIDA SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SARA CAROLINE PINTO DE ALMEIDA SANTOS
DATA : 05/04/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Imburana
TÍTULO:

ESTRESSE ABIÓTICO EM CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis L.)


PALAVRAS-CHAVES:

Os estresses abióticos são fatores determinantes no desenvolvimento e produtividade de culturas de importância mundial, como a Mamona (Ricinus communis L.), da qual o ácido ricinoleico é empregado na produção de biocombustível e com grande versatilidade para aplicação na indústria. Em virtude disso, esta pesquisa teve como objetivo compreender as diferentes respostas de duas cultivares de Mamona aos estresses de seca e salino. Para isso, plantas de Mamona das cultivares BRS Energia e BRS Gabriela foram submetidas a estresse hídrico (T1: uma seca; T2: seca com recuperação; T3: seca recorrente). Também foi realizado o estresse salino, em condições controladas de crescimento, com diferentes concentrações de NaCl em sistema de hidroponia (0, 50, 100, 150 e 200 mM). Foram analisados parâmetros morfofisiológicos e bioquímicos das plantas submetidas aos estresses e foi realizada uma padronização de protocolo para extração de proteínas solúveis totais dos tecidos. Em todos os tratamentos de seca as duas cultivares apresentaram uma perda significativa de folhas, sendo mais de 70% na BRS Energia no T1. No entanto, o percentual de umidade em folhas da BRS Energia aumentou quase 10% após dois períodos de seca, evidenciando uma manutenção hídrica nesse tecido. O estresse oxidativo, indicado pelo parâmetro da peroxidação dos lipídios em folhas, foi observado nas duas cultivares após a seca recorrente. Da mesma forma, foi verificado pela modulação do sistema antioxidante, no qual observamos um aumento da APX após a recuperação hídrica, em folhas da BRS Gabriela e, após a seca recorrente em folhas da BRS Energia. Já nas raízes, verificamos um aumento da APX na primeira seca em plantas da BRS Energia, e na seca recorrente em plantas da BRS Gabriela, entretanto, a POX apresentou um aumento da atividade após a recuperação da seca na BRS Energia. Uma característica importante para o produtor, o teor de óleo, apresentou uma menor redução em sementes da BRS Gabriela após seca recorrente (T3). Quando plantas de Mamona foram submetidas ao estresse salino, foi observado que as plantas da cultivar BRS Energia apresentaram uma diminuição do CRA e do % de umidade na concentração mais alta de sal. No entanto, parecem não ter havido danos ao aparato fotossintético, uma vez que o conteúdo de clorofilas apresentou um aumento a partir de 100 mM de NaCl. Em se tratando das enzimas antioxidantes, observamos um aumento da atividade de APX e POX nas folhas com 100 mM de NaCl e de CAT quando exposta a 150 mM, enquanto que nas raízes as atividades de APX e POX aumentaram na maior concentração de NaCl (200 mM). O vazamento de eletrólitos, indicando danos nas membranas do tecido foliar, atingiu 95% em 150 e 200 mM de NaCl. Tomados juntos, estes dados nos permitem inferir que estas plantas são capazes de modular o sistema antioxidante, dependendo da cultivar e do tecido, de forma a amenizar os efeitos deletérios provocados pelas EROs. A padronização do método para extração de proteínas nos permitiu obter uma metodologia reprodutível, com resultados compatíveis para o sequenciamento dos peptídeos, por consequência auxiliando na compreensão dos mecanismos de tolerância ao estresse abiótico.


PÁGINAS: 107
RESUMO:

Seca recorrente. Estresse salino. Sistema antioxidante. Peroxidação lipídica. BRS Energia. BRS Gabriela


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1549705 - ADRIANA FERREIRA UCHOA
Externa ao Programa - 2294466 - CRISTIANE ELIZABETH COSTA DE MACEDO
Interno - 1228866 - EDUARDO LUIZ VOIGT

Notícia cadastrada em 22/03/2019 15:38  
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