News > A UFRN realiza mostra de videaoarte em escolas públicas de Natal

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio do Departamento de Artes (Deart), realiza a 2ª edição da Amostradas – Mostra de Videoarte, entre os dias 5 e 6 de novembro, no Anfiteatro do Deart. A programação é gratuita e aberta ao público. O evento reúne 24 artistas potiguares emergentes, exibindo suas obras e promovendo um espaço de diálogo entre os criadores e o público.

O projeto nasceu em 2024, dentro da disciplina de Videoarte do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UFRN. Vinte artistas participaram da primeira edição, explorando a poética autobiográfica em vídeos curtos de cinco minutos. A 2ª Amostradas também prevê sessões e rodas de conversa na Escola Estadual Severino Bezerra de Melo, localizada no bairro de Mãe Luiza, e na Escola Estadual Nestor Lima, em Lagoa Nova, ambas em Natal, RN. A programação completa pode ser encontrada na aba de extensão do Sigaa.

‘’Nosso principal objetivo é promover a videoarte potiguar, incentivando a produção artística e difundindo essa produção por meio de exibições públicas e gratuitas. As rodas de conversa são um momento importante para ouvir o público e estabelecer um diálogo construtivo”, destaca a professora do Deart/UFRN, Patricia Teles.

A videoarte é uma linguagem que surgiu na década de 1960, em um momento de expansão das artes visuais, quando novas mídias, como a televisão e a filmadora, passaram a ser exploradas. “Diferentemente da película dos primórdios do cinema, as imagens eletrônicas apresentaram novas possibilidades poéticas para os artistas, novos modos produção, exibição e recepção das imagens em movimento, em especial a captação e transmissão em tempo real”, explica Teles.

Para ela, a videoarte questiona tanto o uso utilitário do vídeo quanto a busca por aprimoramento técnico da mídia. “Se nas décadas de 1960 e 1970 o paradigma era a televisão, hoje as redes sociais e a inteligência artificial são o foco das reflexões”, complementa.

Sobre a relação dos jovens com essa linguagem, Patrícia avalia que há familiaridade, mas também desafios. “Apesar do fácil acesso a celulares e aplicativos de edição, grande parte dos vídeos nas redes sociais segue padrões repetitivos, o que gera saturação e pouco espaço para reflexão”, aponta. Ela acrescenta que “o pulo do gato está em subverter essa lógica dos algoritmos que condicionam nosso comportamento de consumidores de imagens. A videoarte pode oxigenar nossa relação com o vídeo e, ao em vez de trabalharmos para os algoritmos, podemos utilizá-los a nosso favor, produzindo com códigos de programação, por exemplo”, conclui.

Fonte: Agecom/UFRN; Texto: Ubiratan Pedro; Edição: Juliana Holanda; Revisão: Rebeca Ribeiro.
19 de setembro de 2025


Notícia cadastrada em 16/10/2025 10:09  
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