O presente projeto apresenta a proposta de realização do V Simpósio Internacional da Rede Brasileira de História Pública (RBHP). O evento dá continuidade à tradição das reuniões científicas promovidas pela Rede (bianualmente), mantidas mesmo na vigência da pandemia COVID-19. O 5o Simpósio Internacional da Rede Brasileira de História Pública será realizado entre os dias 25 a 27 de setembro de 2024. O Evento está sendo promovido pela Rede Brasileira de História Pública, importante sociedade científica que desde 2011 tem organizado iniciativas como eventos, publicações, parcerias entre inúmeras instituições brasileiras e internacionais. Trata-se da 5a edição do evento promovido por esta rede, cujas outras edições ocorreram na Universidade de São Paulo - USP (2012), na Universidade Federal Fluminense – UFF (2014), na Universidade Regional do Cariri – URCA (2016) e novamente na Universidade de São Paulo (2018) . A Rede Brasileira de História Pública atua desde 2011 e atualmente é uma das mais representativas do campo historiográfico e dos profissionais de história do Brasil, integrando atividades junto a Associação Nacional de História (ANPUH-BR), na atua intensamente junto aos Grupos de Trabalho de Imagem: História e Cultura Visual, Ensino de História, Teoria e Metodologia da História, História Oral, entre outros.
Cumpre, antes de continuar, esclarecer que este projeto fora submetido anteriormente para o EDITAL No 014/2022-UFRN/PROEX - EVENTOS INTEGRADOS PARA 2023, sendo contemplado com alguns recursos dada sua qualidade anteriormente apresentada. Contudo, por falhas na gestáo da Pro-Reitoria de Administração PROAD/UFRN no gerenciamento e pagamento de recursos para compras de passagens - consta, em anexo, o OFÍCIO N° 257/2023/PROAD/REITORIA/UFRN No do Protocolo: 23077.163378/2023-20, elaborarado pela PROAD justificando o problema com os recursos disponibilizados, mas que não puderam ser usados - este evento não pode ser realizado nas datas anteriormente previstas, entre 29 de novembro e 01 de dezembro de 2023, sendo proposta novamente agora para este edital.
Neste sentido, o grupo proponente deste projeto acredita na força da História Pública como uma das principais plataformas de projeção dos profissionais de História no Brasil contemporâneo. A História Pública tornou-se, na última década uma nova maneira de articular problemas centrais para os profissionais de história na atualidade. Longe de apenas prender-se a uma discussão sobre produção de arquivos ou narrativas, tornou-se uma chave de leitura e problematização acerca da prática e interpretação profissional. Deste modo, os debates ensejados pelos estudiosos e praticantes da História Pública reverberam diretamente na atuação dos sujeitos historiadores ou comprometidos com instituições que produzem o passado socialmente compartilhado na sociedade brasileira. Neste sentido, integrar a UFRN na sequência de eventos da Rede Brasileira de História Pública é uma oportunidade de integrar-se no debate nacional.
Neste sentido, em sua 5a edição, a RBHP diversifica mais uma vez a sede do evento e retorna ao Nordeste brasileiro, em uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A sua realização na UFRN tem um significado bastante expressivo. Primeiramente, atesta o reconhecimento da colaboração de dois pesquisadores da instituição no campo da História Pública e dos esforços do Grupo de Pesquisa “Espaços, Poder e Práticas Sociais”, sediado nesta universidade e do qual fazerm parte os coordenadores deste evento. Fabíula Sevilha e Francisco das Chagas Santiago Júnior têm publicado artigos, capítulos de livros e encabeçado projetos de pesquisa e extensão em História Pública. O professor Francisco Santiago Júnior, por exemplo, foi um dos convidados para realizar palestras e ministrar cursos nas versões III e IV do Simpósio Internacional da RBHP.
O 5 Simpósio colocará a UFRN em papel de protagonismo no circuito nacional e internacional do importante debate sobre o futuro da atuação pública de historiadores profissionais e não-profissionais. E isto em um momento de inflexão pós-pandêmico, quando assistimos o crescimento exponencial de mídias sociais e digitais com conteúdo histórico, a propagação dos discursos negacionistas e a reforma do Ensino Médio, que diluiu a importância crítica da História enquanto disciplina na grande área de Humanidades. Sediar o encontro de pesquisadores, discentes, professores da educação básica e praticantes de História Pública é também exercer protagonismo no debate acerca do papel dos historiadores no futuro da Democracia no Brasil. Temas sensíveis (como ditadura e escravidão, por exemplo), salvaguarda de arquivos, disputas de memórias, construção compartilhada de conhecimento histórico sobre as sociedades e seus espaços, são apenas alguns dos temas incontornáveis para o fortalecimento de nossas instituições democráticas e, consequentemente, para a reconstrução da Democracia no Brasil.