O curso de Planejamento Estratégico para Programas de Pós-graduação tem como objetivo capacitar coordenadores de programas de pós-graduação e os diretores de escolas públicas do Rio Grande do Norte, no uso de ferramentas de planejamento estratégico, com foco em OKRs. Serão apresentados conceitos e técnicas para a construção de um dashboard eficaz, que permita o acompanhamento do progresso do programa em relação aos objetivos estabelecidos. Ao final do curso, os participantes estarão aptos a utilizar essas ferramentas de forma integrada, para definir e monitorar metas, identificar áreas de melhoria e tomar decisões estratégicas com base em dados dos seus programas. O objetivo final é melhorar a qualidade dos programas de pós-graduação, aumentando a satisfação dos alunos e a reputação da instituição, assim como qualquer estabelecimento escolar, instituição pública ou privada pode participar dessa capacitação. Para conduzir esse curso, este evento tem como estruturar os indicadores por seção, conforme o relatório do sucupira. A estrutura é fundamentada nas etapas: 1. programa; 2. formação; e, 3. impacto na sociedade. A partir da estruturação, elabora-se os indicadores necessários de cada etapa. Em seguida, alinha-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), destacando a necessidade dos coordenadores sinalizam os ODS de cada projeto e dissertação (ou tese) produzida, pois assim de maneira associada seria possível identificar qual ODS é utilizado de maneira global no âmbito universitário. Essa importância se comporta para que os departamentos estejam alinhados e capacitados para compreender sobre o mais recente tratado global, a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A execução desse evento ocorrerá de maneira remota. Os benefícios desse eventos estão concentrados em: i) realizar o desenvolvimento de projetos com colaboração em outros programas de pós-graduação; ii) contribuir no equilíbrio regional do conhecimento científico e; iii) estimular o desenvolvimento de pesquisas; iv) oferecer cursos de extensão com a mobilidade dos pesquisadores entre as universidades que estejam precisando de uma ferramenta dessa de apoio. A partir dessa relação, os resultados desse evento visam a capacitação técnica dos coordenadores de pós-graduação e pesquisadores na área.
Os diversos programas de pós-graduação, vinculados às Instituições de Ensino Superior (IES) e centros de pesquisa, apresentam-se como importantes potencializadores das pesquisas e construção do conhecimento científico no Brasil (NORONHA; MARICATO, 2008), evidenciando a contribuição dos programas de pós-graduação e reconhecimento destes como o maior pólo gerador da produção científica brasileira (POBLACIÓN; NORONHA, 2002; LEITE; MUGNAINI; LETA, 2011).
Nas últimas décadas, tem se percebido, especialmente por parte das nações que apostam no domínio tecnológico como meio para promover o progresso e o bem-estar social, uma acentuada busca pelo desenvolvimento e aprimoramento dos sistemas educacionais dos países (EL-KHAWAS; DEPIETRO-JURAND; HOLM-NIELSEN, 1998). Nesse contexto, o monitoramento do desempenho das IES, tornou-se um mecanismo importante para acompanhar a performance desse desenvolvimento, nas mais diversas esferas educacionais.
A pós-graduação stricto sensu se apresenta como uma etapa da educação formal e está diretamente ligada aos demais níveis de ensino, uma vez que se destina a alunos oriundos das etapas de ensino anteriores. Conforme indica o Ministério da Educação – MEC (2022), os programas de pós-graduações stricto sensu compreendem as modalidades de mestrado e doutorado, destinados a candidatos diplomados em cursos superiores de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino e ao edital de seleção dos alunos (Art. 44, III, Lei nº 9.394/1996).
Assim, faz-se necessária a elaboração de sistemas e indicadores de desempenho que geram análises no campo da avaliação que monitora os programas de pós-graduação, as atividades desenvolvidas e os resultados alcançados, respectivamente. Este processo avaliativo precisa ser coerente e transparente, de modo que as IES e seus programas de pós-graduação possam compreender como estão performando e como podem alcançar melhores resultados.
No Brasil, o sistema de avaliação da pós-graduação foi implantado em 1976, sob a responsabilidade da Fundação CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e representa um instrumento fundamental do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). No decorrer de sua atividade, este processo de avaliação foi sofrendo modificações e sendo aperfeiçoado. Nas duas primeiras décadas, o sistema de avaliação era baseado na escala conceitual alfabética de “A” a “E”, sendo os cursos considerados de padrão internacional. A partir de 1997, passou a vigorar um sistema de avaliação baseado na escala numérica de 1 a 7, sendo considerados de padrão internacional os cursos com notas 6 e 7 (NOBRE; FREITAS, 2017).
De modo geral, a avaliação pode ser considerada como um processo já bem estruturado, sistematizado a partir das informações coletadas por todos os PPG. Este processo conta com a Plataforma Sucupira, onde todas as coordenações de PPG inserem as informações acerca de suas atividades, permitindo consultas públicas aos dados e, assim, maior transparência ao processo. Além disso, a plataforma também gera uma série de indicadores e relatórios sobre as propostas dos programas, número de alunos, docentes, trabalhos de conclusão, publicações, dentre outros.
Neste processo de avaliação, os programas passam por avaliações periódicas, em geral, a cada três anos e recebem da CAPES, por meio da plataforma Sucupira, um relatório contendo os itens avaliados do programa e as considerações da comissão avaliadora acerca de cada item. Dessa forma, os programas passam a ter maior clareza dos pontos que necessitam de melhoria e, assim, possam alcançar uma nota que lhe permita manter a oferta dos cursos já existentes e/ou expandir para um nível superior de educação, a exemplo de programas que são habilitados a ofertar cursos de Doutorado.
Entretanto, apesar do relatório detalhado com a avaliação do programa e as respectivas recomendações da CAPES, percebe-se que o processo de implementação das melhorias apontadas não se apresenta como uma tarefa simples. Muitos programas passam anos obtendo uma mesma avaliação, sem sucesso na tentativa de mudança de modalidade de oferta dos cursos. Nota-se, por parte dos programas, uma carência na gestão das informações de melhorias apontadas, na definição de estratégias planejadas e de como colocá-las em prática.
Nesse contexto, este curso objetiva oferecer à comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) um curso sobre a utilização da metodologia OKRs (Objectives and Key Results) para o desenvolvimento de Programas de Pós-Graduação, sendo essa uma ferramenta que colabora da definição de metas e na construção de um planejamento estratégico mais ágil e eficiente, para assim, atender aos requisitos do sistema de avaliação da CAPES. Considere a realidade do programa e os elementos importantes para seu contínuo aprimoramento, dentre eles: missão e visão; planejamento estratégico; corpo docente; estrutura do programa; corpo discente; resultados que abrangem produção científico-tecnológica, egresso e inserção social.
O evento contemplará seis diferentes etapas para realizar todo o acompanhamento do curso Planejamento Estratégico Para Programas de Pós-Graduação. A descrição dessas etapas são:
Fases 1 – Divulgação do evento;
Fase 2 – Abertura das inscrições;
Fase 3 – Seleção dos inscritos;
Fase 4 – Aplicação do curso;
Fase 5 - Desenvolvimento de um manual de implementação para cada programa de pós graduação, com os OKRs necessários, o alinhamento das escolas pública como elemento do cunho social em pesquisas científicas; e,
Fase 6 - Criar um monitoramento dos indicadores das pós-graduações.
De maneira detalhada, as etapas metodológicas seguem essa estrutura do curso.
O procedimento metodológico a ser aplicado no curso será delineado e sistematizado de forma resumida em quatro macro etapas, conforme apresentado na Figura 2.
Figura 2 – Etapas Metodológicas
Fonte: Autor (2023)
Com base na Figura 1, percebe-se que a proposta metodológica apresentada neste curso. Dessa forma, a condução da metodologia ocorrerá de modo contínuo, retornando o ciclo à etapa considerada apropriada ao período.
O desencadeamento de tarefas previstas em cada uma dessas etapas está exposto na Figura 3, a qual mostra de forma detalhada e cronológica cada etapa e seu bloco de atividades.
Figura 3 – Atividades das Etapas Metodológicas
Por tratar-se de uma pesquisa cujo propósito envolve a melhoria da gestão estratégica de um programa de pós-graduação, a primeira etapa do procedimento metodológico refere-se à análise literal e documental acerca da avaliação desse programa sob a ótica da CAPES. De modo que ao conhecer o atual contexto de avaliação do programa, será possível estabelecer um melhor direcionamento acerca dos esforços prioritários para mudança desse cenário.
Na sequência, espera-se a revisão da identidade estratégica do programa, com vista a revisar sua missão, sua visão e seus valores norteadores. Essa atividade será possível a partir da definição prévia de uma comissão de planejamento estratégico, a qual estará incumbida de envolver-se em todas as etapas que necessitem de discussão, avaliação e definição de ações referentes ao desenvolvimento da gestão estratégica do programa.
De forma subseqüente, serão realizadas as atividades relacionadas à macro etapa do diagnóstico, em que se objetiva avaliar o ambiente interno e externo ao qual está inserido o programa e, assim, identificar as principais oportunidades de melhoria do seu desempenho, a curto e médio prazos.
A etapa seguinte refere-se às atividades-chave para o desenvolvimento do planejamento estratégico, a saber: implantação da metodologia OKR para definição de objetivos e metas anuais e trimestrais, e seus respectivos planos de ação; além da construção, apresentação e efetiva implantação de uma ferramenta gerencial visual para facilitar a gestão dos indicadores estratégicos do programa. Almeja-se com essa ferramenta um maior controle do desempenho dos fatores críticos do programa por parte da coordenação e, consequentemente, uma resposta mais célere às possíveis necessidades de ações corretivas.
Como etapa final do procedimento metodológico está apresentado o monitoramento e controle, entretanto, essa etapa representa apenas um ponto de avaliação desse processo que se considera cíclico. Dessa forma, nessa etapa, deverão ser analisados os resultados alcançados em vista dos resultados desejados e reiniciado o processo de identificação das novas oportunidades de melhoria. Em alguns casos, é possível que seja necessário retornar o processo à macro etapa anterior, redefinindo a comissão de planejamento estratégico ou até mesmo revisando a identidade estratégica do programa.
A consolidação dessas etapas e atividades visa, não apenas a implantação de uma metodologia ou ferramenta gerencial, mas sobretudo, a mudança do modus operandi de todos os atores envolvidos no programa de pós-graduação, isto é, coordenação, professores, alunos e parceiros, de modo que possam visualizar o propósito a ser alcançado e se percebem como importantes são necessários os agentes de mudança, compreendendo sua parcela de contribuição na busca de uma melhora contínua da performance e avaliação do programa.
alunos e professores da graduação e pós graduação
alunos, professores e pesquisadores de pós-graduação
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