A terceira idade é comumente associada aos aspectos negativos relacionados à velhice, tais como as doenças, o declínio cognitivo e a dependência física. Esse estereótipo, por si só, já provoca certo distanciamento geracional, culminando em isolamento social, baixa estima e um círculo vicioso que só traz prejuízos à saúde e qualidade de vida dessas pessoas. Além disso, a ampla disseminação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) em nossa sociedade e sua presença nas atividades cotidianas mais simples faz com que a exclusão digital implique também em uma forte exclusão social, aumentando a desigualdade geracional dos idosos (os quais não tiveram contato com TICs durante sua juventude) e reduzindo sua autonomia. Tal quadro ficou enfatizado com a pandemia do Coronavírus (COVID-19) em 2020 e 2021, criando ainda mais um isolamento social das pessoas 60+. Por outro lado, o uso das novas TICs por idosos tem sido considerado relevante para promover o envelhecimento ativo, em especial, por possibilitar novas formas de relacionamento social e desenvolvimento cognitivo. Neste contexto, o presente projeto visa oferecer à população com mais de 60 anos a oportunidade de participar de cursos, palestras, assistir vídeo-aulas sobre Informática Básica e uso de Smartphone e promovendo e incentivando a interação com pessoas de outras gerações. Tais ações possuem como foco a promoção da melhoria na qualidade de vida dos idosos, libertando-os do ostracismo digital e, consequentemente, social. Através de tarefas estimulantes, os idosos podem trabalhar a atenção, a memória, a percepção e o raciocínio lógico, importantes habilidades para o progresso de atividades rotineiras. O presente projeto dá continuidade, em um formato diferenciado, aos projetos PJ677/2016, PJ316/2017, PJ106-2018, PJ187-2019, PJ482-2020, PJ272-2021 e PJ255-2022 igualmente intitulados Inclusão Digital de Idosos e coordenados pelas professoras Isabel Dillmann Nunes e Sílvia Maria Diniz Monteiro Maia. A proposta para 2023 é a continuidade das ações no formato presencial, assim como já aconteceu em 2022. O sucesso do projeto em 2016 garantiu repercussão local relevante em 2017 pelos mais diversos meios de comunicação (https://inclusaodigital.imd.ufrn.br/), culminando no encerramento das inscrições apenas 24h após seu início, continuando com tal acesso em 2018. Em 2019, devido a repercussão de matéria vinculada ao RN TV Cabugi, uma lista de espera de quase 150 idosos foi formada, não sendo possível atender a todos. Já em 2022, com a volta do presencial, o curso optou em chamar os inscritos de 2020 que não tiveram oportunidade de realizar o curso, sendo assim, formando uma turma de, em torno, 45 idosos. O feedback dos partícipes também reforça a importância do projeto, especialmente pela adequação das metodologias empregadas e relatos emocionados sobre o impacto positivo em suas vidas. Aos docentes orientadores e, principalmente, aos acadêmicos em Tecnologia da Informação destina-se, além da experiência intergeracional, a execução da prática pedagógica e humana, incentivando os indivíduos a partir de 60 anos a participarem da celeridade informativa, adquirindo autossuficiência. A execução deste projeto proporcionará o estreitamento do vínculo entre a Universidade e comunidade, com enfoque aos mais velhos, que constituem um grupo ainda deveras suprimido de ações estimulantes à melhoria na qualidade de vida, assim como ajudará a diminuir o fosso existente entre a universidade pública e a sociedade. Tal estreitamento se dá também pela parceria com o Instituto do Envelhecer, que demandará atividades focadas no desenvolvimento de material digital para suas ações em outras áreas, tal como saúde e cultura.
Alunos de graduação, técnicos ou professores da instituição
Pessoas com 60 anos ou mais
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