Resumo: A percepção de finitude da vida e a capacidade de comunicar aos pacientes e seus familiares uma má notícia na prática médica demandam uma postura ética, empática e respeitosa do profissional para com seu paciente. Tais habilidades, ao serem inseridas no contexto de pandemia vigente, onde a possibilidade de relação interpessoal frequentemente ocorre de maneira virtual, se tornam muito mais delicadas e difíceis de se alcançar. Desse modo, a qualificação humanizada e o aprimoramento de técnicas em comunicação faz-se imprescindível para que o médico possa, não só informar, mas acolher o outro diante do seu sofrimento. Com base nessa realidade, o Projeto Dying: a human thing busca o contato mais aprofundado dos estudantes de medicina com a comunicação de más notícias, por meio da abordagem das temáticas de morte e finitude de vida em tempos de pandemia pelo novo Coronavírus. Nesse sentido, objetiva-se minimizar os efeitos negativos da lacuna no currículo médico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) referente ao ensino de técnicas em comunicação para lidar com notícias difíceis, de modo a estimular o aprimoramento de competências em telessaúde e aumentar a visibilidade do assunto no cenário acadêmico de saúde. Para realização da extensão, serão realizados 5 encontros quinzenais em uma plataforma virtual (Google Meet ou Zoom), a saber: (1) mesa redonda com profissionais da linha de frente contra a COVID-19; (2) dinâmica e aula expositiva sobre finitude, luto e a perspectiva do profissional de saúde; (3) simulação de comunicação de más notícias adaptada ao modelo remoto, a qual se baseará no método de OSCE (Objective Structured Clinical Examination); (4) capacitação teórica sobre o protocolo SPIKES e sua adaptação à telemedicina na pandemia; e por fim, (5) realização do segundo OSCE e discussão sobre as experiências dos participantes. É esperada, portanto, a sensibilização dos participantes do projeto no que diz respeito a importância do preparo para a realidade das más notícias e do cuidado humanizado. Busca-se, para isso, despertar, capacitar e aprimorar as habilidades de comunicação por meios tecnológicos frente à necessidade causada pela pandemia do SARS-CoV-2; bem como, estimular o pensamento crítico e reflexivo sobre a inclusão mais perene da temática na grade curricular do curso de medicina da universidade.
discentes de medicina da ufrn
discentes externos
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