A síndrome respiratória aguda grave pelo coronavírus-2 (SARS-CoV-2) é causada por um vírus associado a doença respiratória grave, nomeada coronavirus disease (COVID-19). A COVID-19 é uma doença infecciosa altamente contagiosa, que pode causar, além dos transtornos respiratórios, diversas alterações neuromusculoesqueléticas e até psicológicas. Febre, tosse, acúmulo de secreção, pneumonia bilateral, mialgia/artralgia e fadiga muscular são características clínicas comumente observadas em pacientes acometidos pela COVID-19. Além das alterações ocasionadas pela doença, a internação em ambiente hospitalar, comum e muitas vezes prolongada, per si promove redução do desempenho físico e consequentes alterações neuromusculares, que culminam num quadro de fraqueza muscular generalizada. Dessa forma, grandes repercussões físico-funcionais são esperadas nos sobreviventes que foram acometidos pela COVID-19. O projeto tem por objetivo prestar assistência remota relativa à capacidade funcional e laboral de indivíduos após acometimento por COVID-19, avaliando e fornecendo orientações fisioterapêuticas imediatas a partir do quadro clínico apresentado por esses pacientes. Embora seja esperado importante impacto funcional pós-COVID-19, ainda não é conhecido o padrão das alterações apresentadas pelos pacientes no que diz respeito às funções respiratórias e motoras, o que demonstra o impacto que a doença pode ocasionar na realização das atividades diárias e laborais dos sobreviventes. A avaliação funcional permite que sejam traçadas estratégias de tratamento direcionadas e específicas às alterações encontradas, fornecendo atendimento relacionado à reabilitação desses pacientes. Esse projeto trata-se de uma renovação e as atividades são realizadas a partir de uma plataforma online disponibilizada pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde/Secretaria de Educação à Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/SEDIS/UFRN). Os participantes do projeto são pacientes com COVID-19 ou pós alta hospitalar por COVID-19. A divulgação do teleatendimento é feita na ocasião da alta hospitalar, durante atendimento ambulatorial, pelas mídias sociais e através do site que será desenvolvido para aumentar o alcance do projeto. O agendamento para atendimento é feito pela plataforma Orienta Corona RN, derivada de um sistema de teleatendimento (Telessaúde/RN) idealizado e viabilizado pelo LAIS/UFRN, em parceria com diversos setores e instituições. Tal plataforma, já existente e funcionante, abriga o teleatendimento fisioterapêutico. Os pacientes (ou pessoas responsáveis por eles), ao acessar o sistema, informam sobre a necessidade de atendimento da fisioterapia e são regulados para atendimento por alunos do curso de graduação em Fisioterapia, sob tutoria docente. Os discentes fazem acompanhamento com os usuários via chat e colhem dados sócio-demográficos, informações clínicas sobre o paciente, sobre sua condição de saúde, bem como questionamentos sobre a função motora e respiratória e sobre a realização de atividades de vida diária e atividades laborais. Em seguida, de acordo com o quadro clínico e condições de cada indivíduo, são fornecidas orientações individuais de cunho fisioterapêutico. Essa proposta tem contribuído para a melhoria da condição funcional e laboral dos pacientes acompanhados; promove inovação e celeridade na forma de comunicação terapeuta-paciente através de um sistema de teleatendimento de reabilitação; traz contribuição tecnológica pela nova forma de acompanhamento de pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS); viabiliza a avaliação dos pacientes e oferta um serviço de telerreabilitação por meio de orientações fisioterapêuticas, permitindo a atenção remota à saúde no âmbito da pandemia por COVID-19. O projeto desenvolvido no ano de 2020 teve boa aceitação por parte dos usuários, o que levou à necessidade da inclusão de novos colaboradores. Os dados coletados no projeto têm sido armazenados e servirão de base para o desenvolvimento de resumos para divulgação em eventos científicos e manuscritos para submissão em periódicos especializados, que promoverão disseminação de informação qualificada. Além disso, a plataforma de teleatendimento pode ser utilizada como base para implantação em outros locais, pelo SUS.
Discentes do curso de Fisioterapia da UFRN (graduação e pós-graduação)
Indivíduos acometidos por COVID-19 após alta hospitalar
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