A matricialidade sociofamiliar é um dos eixos estruturantes do Sistema Único de Assistência Social-SUAS. Sabe-se que a presença da família no processo de implementação das políticas sociais no Brasil é algo recorrente e não constitui uma particularidade da Política de Assistência Social. Mas, ao tomar a centralidade na família como um dos eixos estruturantes, esta política o faz na perspectiva da garantia da garantia de direitos.
Nesta linha os programas, projetos, benefícios e serviços socioassistenciais passam a serem pensados, estruturados e operacionalizados na perspectiva do atendimento a necessidades sociais da família, rompendo com uma tradição do atendimento por segmentos sociais e centrado no indivídio.
Entretanto esta definição do SUAS tem sido operacionalizada num contexto de políticas de ajuste neoliberal no qual o apelo a família nas políticas sociais em geral normalmente caminha na direção de transferência de responsabilidades, de sobrecarregar as famílias que passam a assumir responsabilidades que deveriam ser do Estado e da Sociedade.
A efetivação desse princípio ordenador das ações no âmbito do SUAS, ocorre sobretudo, a partir do “TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS”, o qual constitui uma das principais demandas para o trabalho de assistentes sociais que atuam na rede de serviços socioassistenciais.
Isso impõe a este profissional o desafio de decifrar o real e da aquisição de competência teórica, ética e técnico-perativa para desenvolver sua ação junto às famílias na perspectiva da afirmação de direitos e atendimento a necessidades sociais. Ao mesmo tempo impõe o desafio de enfrentar uma herança conservadora na qual se reatualiza um modelo idealizado de família, a prevalência de expectativas de obrigações e funcionamento das famílias que são próprios das famílias burguesas, desconsiderando o lugar social e de classe das famílias atendidas nos serviços socioassisnteciais, a culpabilização das famílias pelas situações de vulnerabilidade social que enfrentam, o reforço ao individualismo dentre outras questões.
Estes são desafios que se repõe cotidianamente no trabalho profissional do assistente social com toda a sua complexidade e atualidade do tema seja no que concerne as configurações familiares, as relações da família com a sociedade, com o Estado, com o mercado. O exposto até aqui justifica a necessidade de dialogar com a PROFESSORA SOLANGE MARIA TEIXEIRA, uma das intelectuais da área do serviço social que tem desenvolvido pesquisas e socializado uma rica produção teórica em torno do tema.
O evento proposto através da PALESTRA com a referida professora trará uma contribuição aos estudos sobre o tema no âmbito do Programa de Pós Graduação em Serviço Social da UFRN, para a formação profissional. Ao mesmo tempo constitui uma importante oportunidade para promover a troca de saberes e práticas entre pesquisadores, estudantes e assistentes sociais, sobretudo aqueles que tem no SUAS o seu espaço ocupacional.
PROGRAMAÇÃO:
14:30 – Abertura
14:35 – Palestra: Trabalho social com famílias
• Professora Solange Maria Teixeira (UFPI)
16:00 – Debate
17:00 – Encerramento.
Estudantes de pós-graduação e de graduação em serviço social e áreas afins interessados na temática
Supervisores de campo de estágio do Curso de Serviço Social, Assistentes Sociais que trabalham no Sistema Único de Assistência Social - SUAS em Natal e na grande Natal
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