JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA
A integração das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no ensino de Matemática ainda é incipiente. Isto se deve, em parte, ao fato de que os professores da Educação Básica pouco conhecem sobre recursos educativos digitais e têm dificuldades com o uso pedagógico das TDIC. Tal realidade é fruto de uma formação inicial de professores que ainda não contempla esse aspecto (MAIA, BARRETO; 2012). De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN – Lei no 9.394/96), o ensino da Matemática pode ser realizado por dois profissionais com formações em nível superior distintas – Pedagogo e Licenciado em Matemática. Apesar de possuírem características específicas, esses professores que ensinam Matemática têm em comum restito espaço curricular em seus cursos para tratar e explorar o potencial das TDIC (GATTI; BARRETO, 2009). Diante disso, considera-se oportuno disponibilizar aos professores experiências de formação continuada para que se apropriem de recursos educativos digitais e possam diversificar suas estratégias de ensino.
Esta realidade ocorre na contramão do processo de integração das TDIC na sociedade. Tais tecnologias estão presentes em nosso cotidiano e cada vez mais ubíquas em razão da popularidade adquirida por dispositivos computacionais móveis como laptops, tablets e, especialmente, os telefones celulares, hoje chamados de smartphones. A partir desses dispositivos as pessoas trocam mensagens, leem notícias, interagem em redes sociais, jogam, ouvem música e, inclusive, falam. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o acesso à internet pelo telefone celular teve o maior aumento (IBGE, 2015).
No contexto educacional, dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.BR) indicam que 88% dos professores da região nordeste acessam internet por meio de smartphones. Entretanto, 39% afirmam nunca ter utilizado o telefone celular para atividades com alunos e 15% utilizam menos de uma vez por mês. Portanto, menos da metade dos professores exploram o potencial dos smartphones em sala de aula. Esse dado é equivalente aos 65% de professores que indicaram não ter passado por curso de formação continuada sobre o uso do computador e da internet em atividades de ensino (CGI.BR, 2016). A motivação para este descompasso pode estar tanto em infraestrutura necessária para essas práticas, em especial, conexão a internet banda larga e acesso aos dispositivos, quanto ao conhecimento do professor acerca dos potenciais pedagógicos dessas TDIC.
Especificamente para o ensino e a aprendizagem da Matemática, Castro-Filho et al (2016) destacam que o acesso a diferentes fontes de informação, as múltiplas formas de representar o pensamento matemático, a manipulação dinâmica de símbolos matemáticos são alguns dos elementos que favorecem o pensamento matemático apoiado por TDIC. Os objetos de aprendizagem (OA), que são recursos digitais com finalidade pedagógica para trabalhar um conteúdo ou conceito disciplinar (WILEY, 2000), podem contribuir para diversificar as situações de ensino e aprendizagem por proporcionam atividades dinâmicas e interativas que, quando bem conjugadas às aulas de Matemática, podem ajudar para atender a demandas de aprendizagem discente e o desenvolvimento de competências e habilidades ligadas ao pensamento lógico-matemático. Para tanto, os professores precisam saber onde conseguir os OA, analisá-los e conhecê-los para então integrá-los em suas práticas de acordo com seus planos de aula.
PROPOSTA DE EXECUÇÃO DA FORMAÇÃO DOCENTE A DISTÂNCIA
De acordo com Behar (2008) os modelos pedagógicos influenciam a arquitetura pedagógica de cursos a distância. Nessa proposta, estão previstos aspectos como concepções de ensino e aprendizagem, apresentação dos conteúdos, atividades desenvolvidas e tecnologias e ferramentas utilizadas para as interações a distância. Assim, o projeto de um curso deve prever quatro aspectos, quais sejam: i) fundamentação do planejamento/proposta pedagógica, em que se levam em conta aspectos da organização como concepções de ensino e aprendizagem e as relações de tempo e espaço; ii) conteúdo, que diz respeito aos materiais e recursos instrucionais e didáticos utilizados; iii) atividades, formas de interação e comunicação e procedimentos de avaliação, portanto os aspectos metodológicos do curso, indicando como serão realizadas as atividades e práticas pedagógicas a distância e, por fim, iv) definição do ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e funcionalidades e ferramentas de comunicação utilizadas, que dão conta dos aspectos das tecnologias adotadas (BEHAR, 2008). Como esses elementos comporão a arquitetura da nossa proposta de formação docente a distância, explicitaremos a seguir.
A proposta da formação docente para o uso pedagógico de TDIC explorará tais recursos como uma espécie de metaformação, ou seja, os próprios dispositivos computacionais, em especial os móveis, e recursos digitais serão, ao mesmo tempo, objeto de estudo e ferramentas que oportunizarão aos professores a participação na experiência formativa a distância. Podemos elencar, pelo menos, três formas distintas de utilização de TDIC na Educação, quais sejam: i) ferramentas de interação e colaboração com pessoas dentro e até fora da escola; ii)recursos educativos digitais que explorem conceitos escolares das diversas áreas do conhecimento; e iii) funções dos dispositivos que permitem a produção de conteúdos, como câmera para capturar imagens e vídeos, GPS, gravador e reprodutor de áudio. Para exemplificar considerando apenas os smartphones, enquanto a segunda classe trata de apps desenvolvidos com finalidade pedagógica, portanto, educativos, os demais podem se tornar educacionais ao permitir o desenvolvimento de experiências de aprendizagem pela colaboração e interação com outras pessoas dentro e até fora da escola e (co)produção de mídias para representação do conhecimento. É sobre estas três formas de utilização das TDIC que pretendemos explorar na formação continuada de professores que ensinam Matemática. Adicionalmente, poderemos adotar como suporte o AVA Moodle, disponibilizado pela Secretaria de Educação a Distância (SEDIS), para complementar atividades.Sobre a concepção de ensino e aprendizagem nos filiamos mais à concepção sociointeracionista (BEHAR, 2008). Assim, entendemos que uso de TDIC na formação docente, ressignificam o conceito de espaço e tempo e da própria ideia de “curso”. Esta proposta está alinhada ao conceito de formação docente no contexto da Cibercultura, apresentada por Castro-Filho, Freire e Maia (2016). Nela, os conteúdos não seguem uma forma rígida, como na ideia tradicional de curso a ser ministrado, e as TDIC garantem a interação e, portanto, a promoção de aprendizagem entre os envolvidos. Portanto, nossa proposta de formação docente a distância coaduna-se à perspectiva de aprendizagem colaborativa com suporte computacional em que os participantes atuam conjuntamente para aprender e se desenvolverem mediados por TDIC (STAHL, KOSCHMANN, SUTHERS, 2006).
Este modelo formativo mostra-se positivo considerando a pouca disponibilidade de tempo da vida atribulada dos professores. Por isso, está prevista a utilização de AVA e ferramentas de comunicação da internet e apenas dois encontros presenciais – um ao início da formação, para apresentar a proposta e TDIC utilizadas durante a execução e outro ao final. Os encontros serão acordados com o grupo de professores participantes e deverão acontecer, preferencialmente, aos sábados, nas dependências do polo de apoio presencial. Como o público-alvo principal são professores egressos das Licenciaturas em Pedagogia e Matemática a distância da UFRN, acreditamos que haverá maior familiaridade e adaptação à metodologia adotado no curso. Pretendemos contemplar o polo de apoio presencial do município de Martins por ofertar ambos cursos referidos.Ademais, a exploração dos potenciais das TDIC móveis, por exemplo, podem dar novos contornos à própria cultura de formação docente. Sabemos que os professores já fazem uso de smartphones em seu cotidiano e agora aprenderão a utilizar tais equipamentos também para o exercício e desenvolvimento de sua profissão. Considerando a perspectiva que entende a formação docente como um processo continuum (PIMENTA, 2009), as TDIC podem favorecer a criação e ampliação de novos espaços e experiências formativas. As redes e ambientes virtuais de aprendizagem são exemplos da aplicação de TDIC no desenvolvimento de comunidades para aprendizagem colaborativa. Por esta razão, pretendemos então utilizar as TDIC móveis como ferramentas de suporte a formação em que os professores experimentarão sua utilização também como aprendizes.
As atividades desenvolvidas serão pautadas no modelo de espiral proposto por Castro-Filho, Silva e Maia (2015) em que as experiências e atividades da formação são vinculadas com a prática docente. Neste modelo formativo, a prática e a reflexão sobre ela orientam o processo. Dentre as etapas estão: i) familiarização dos professores com os dispositivos computacionais disponíveis aos professores; ii) vivência docente como aprendiz a partir da TDIC; iii) pesquisa e planejamento de atividades com TDIC; iv) realização dessas atividades em contexto real de sala de aula; v) reflexão compartilhada com os demais participantes da formação. Para esta última etapa, os próprios participantes relatarão e registrarão em vídeos produzidos por eles a aplicação das atividades. A partir dessas cinco etapas, o ciclo se amplia para um nível mais elaborado de familiarização, vivência como aprendiz, pesquisa, planejamento e realização de novas atividades e compartilhamento de reflexões. O referido modelo foi adotado durante a formação do Projeto Um Computador por Aluno (UCA), no estado do Ceará, que explorou potencialidades do laptop educacional. Assim como na proposta apresentada, a formação docente tratava de oportunizar aos professores explorar possibilidades pedagógica de um dispositivo móvel, buscando integrá-lo a sua prática docente (CASTRO-FILHO; SILVA; MAIA, 2015). Importa registrar que, embora tenhamos um roteiro a ser seguido, o avanço dos temas abordados será de acordo com as demandas e evolução dos participantes da formação. Este modelo foi utilizado por Maia (2016) em uma formação colaborativa de professores que ensinam Matemática acerca do Campo Conceitual das Estruturas Multiplicativas que teve apoio de TDIC, com destaque para o uso de smartphones na interação dos participantes e produção de conteúdo.
MATERIAL DIDÁTICO ADOTADO
Todo o material didático utilizado na formação será produzido pelos responsáveis pela formação, bem como serão utilizadas referências bibliográficas já existentes, respeitando a lei de Direitos Autorais. Além disso, como o “conteúdo” emerge da prática dos professores, muitos registros das experiências deles serão utilizados e explorados para compor as atividades da formação. Sobre os recursos educativos digitais explorados, será adotado o repositório Objetos de Aprendizagem para Matemática (OBAMA - obama.imd.ufrn.br) que catalogou e classificou mais de 570 OA para trabalhar com conceitos matemáticos da Educação Básica. Os OA listadas atendem tanto desktops e laptops, quanto dispositivos móveis (smartphones e tablets). O OBAMA integra as ações do Grupo de Estudos e Pesquisas em Informática na Educação (GIIfE), do Instituto Metrópole Digital (IMD) e é coordenado também por este proponente. Adicionalmente, vídeo-aulas serão utilizadas para complementar aspectos instrucionais de uso de algumas TDIC, em especial, alguns OA ou softwares que não sejam de simples compreensão.
CV Lattes do coordenador: http://lattes.cnpq.br/4047293288281493
REFERÊNCIAS
BEHAR, P. A. Modelos pedagógicos em educação a distância. Porto Alegre: Artmed, 2009.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – no 9394/1996. Brasília: MEC, 1996.
CASTRO-FILHO, J. A. DE; MAIA, D. L.; CASTRO, J. B. DE; BARRETO, A. L. DE O.; FREIRE, R. S. Das tabuletas aos tablets: tecnologias e aprendizagem Matemática. In: CASTRO-FILHO, J. A. DE; BARRETO, M. C.; BARGUIL. P. M.; MAIA, D. L.; PINHEIRO, J. L. (Orgs.). Matemática, Cultura e Tecnologia: perspectivas internacionais. Curitiba: CRV, 2016, p. 13-34.
CASTRO-FILHO, J. A. de; FREIRE, R. S.; MAIA, D. L. Formação Docente na Era da Cibercultura. Revista Tecnologias na Educação, v.16, p.1-21, 2016.
CASTRO-FILHO, J. A. de; SILVA, M. A. da; MAIA, D. L. Lições do Projeto UCA: aprendizados e desafios (Prefácio). In: CASTRO-FILHO, J. A. de; SILVA, M. A. da; MAIA, D. L. (Orgs.). Lições do Projeto Um Computador por Aluno: estudos e pesquisas no contexto da escola pública. 1.ed. Fortaleza: EdUECE, 2015, p.9-20.
CGI.BR. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas brasileiras: TIC educação 2015. Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (Ed.). São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil. 2016.
GATTI, B. A.; BARRETO, E. S. de S. (Coord.). Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO, 2009.
IBGE. Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio: acesso à internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal - 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.
MAIA, D. L Aprendizagem docente sobre estruturas multiplicativas a partir de uma formação colaborativa apoiada em tecnologias digitais. 2016. 195f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2016.
MAIA, D. L.; BARRETO, M. C. Tecnologias digitais na educação: uma análise das políticas públicas brasileiras. Revista EF&T, v.5, n.2, p.47-61, 2012.
PIMENTA, S. G. Formação de professores: identidade e saberes da docência. In: PIMENTA, S. G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. 7.ed. São Paulo: Cortez, 2009, p.15-34.
STAHL, G.; KOSCHMANN, T.; SUTHERS, D. Computer-supported collaborative learning: an historical perspective. In: SAWYER, R. K. (Ed.). Cambridge handbook of the learning sciences. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2006, p. 409-426.
WILEY, D. A. Learning object design and sequencing theory. Unpublished doctoral dissertation, Brigham Young University, 2000.
O programa da formação será composto por três temas, que comporão 90 horas de formação, distribuídas entre os meses de agosto a dezembro de 2017. Serão realizados dois encontros presenciais, um no início do curso e outro ao final. Para garantir maior adesão dos professores, os encontroes serão realizados, preferencialmente, aos sábados.
Organizamos ações do projeto de extensão em duas etapas: i) planejamento e preparação e ii) execução da formação. A seguir, detalhamos o cronograma básico, considerando que poderá sofrer ajustes. Inclusive, importa registrar que reservamos uma margem de datas para o caso de algum imprevisto.
*Etapa de planejamento e preparação (Maio/Junho/Julho):
O primeiro trimestre do projeto será dedicado a criação, preparação e consolidação do grupo que participará do Projeto de extensão. Além do proponente, estão previstas as participações de estudantes do Bacharelado em Tecnologia da Informação e das Licenciaturas em Pedagogia ou Matemática e membros do GIIfE. A meta desta fase é realizar o planejamento da formação de acordo com o perfil dos professores participantes e a infraestrutura tecnológica que dispõem. Para tanto, este grupo inicialmente fará um levantamento de estudos e pesquisas sobre TDIC em Educação Matemática que levem a práticas efetivamente inovadoras.
Nesta etapa está prevista a avaliação dos recursos e ferramentas para conhecer a viabilidade de adoção como ferramenta pedagógica. A meta desta etapa é identificar possibilidades de uso pedagógicos, sobretudo, de smartphones, a partir das três vertentes indicadas na fundamentação teórica desta proposta, e que nortearão os temas explorados, quais sejam: ferramentas de interação e colaboração; uso de apps educativos que explorem conteúdos da Matemática; e funções do dispositivo para a produção, compartilhamento e reflexão de conceitos matemáticos. Os materiais didáticos e instrucionais utilizados na formação serão preparados durante este período.
Também nesta etapa será feita uma ampla divulgação nas cidades polo da formação para o processo de inscrição no sentido de congregar o maior número de participantes, conforme as condições de formação da equipe. Para tanto, o grupo procurará apoio de SEDIS, polos de apoio presencial dos cursos e, adicionalmente, secretarias de educação.
*Realização da formação (Agosto/Setembro/Outubro/Novembro):
Além dos dois encontros presenciais que comporão 15 horas, para cumprir a carga-horária restante sugeriremos um total de 5 horas semanais para cada atividade a distância. Logo, cada tema terá 25 horas, divididas em cinco semanas. Para efeitos de contagem e organização das atividades, tomaremos os sábados como início da semana. As atividades a do componente virtual e a distância serão mediadas por ferramentas de comunicação e interação e AVA. Conforme a proposta de formação docente, os professores elaborarão e realizarão aulas, com uso dos recursos aprendidos durante formação, para depois discutir em conjunto com os participantes aspectos positivos e negativos. Os planos de aula serão compartilhados em ferramenta apropriada para domínio público.
O primeiro encontro presencial está previsto para o início da formação e será realizado, preferencialmente, em um sábado (possivelmente o primeiro do mês – 05/08) e contará com 8h. Na ocasião faremos: i) apresentação da proposta da formação e das ferramentas de comunicação e interação para que sejam apropriadas pelos participantes; ii) realização dos contratos didáticos e registros das demandas dos professores; e, por fim, iii) introdução ao tema da formação – TDIC na Educação Matemática. O restante da carga-horária será a distância e terá como referência três temas, relacionados com as três vertentes de uso de TDIC e na espiral de formação, mencionados anteriormente. Ao final do processo formativo, será realizado o último encontro presencial. Este encontro, também de 8h, será realizada no sábado no mês de dezembro. A seguir, o detalhamento das ações:
**Agosto/Setembro
**Setembro/Outubro:
**Outubro/Novembro/Dezembro:
**Dezembro:
Além da finalização da formação, o último mês também foi reservado para a elaboração de relatórios sobre o projeto, bem como, textos que relatem a experiência para publicação em espaços de divulgação acadêmica. A meta é submeter e publicar, pelo menos, dois artigos em eventos nacionais e/ou internacionais correlatos à temática do projeto.
Discentes de cursos de graduação interessados pela temática
Egressos das licenciautras em Pedagogia e Matemáitca a distância da UFRN e professores da Educação Básica
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